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Dinheiro não compra o poder de Deus

EM FOCO

Robson Aguiar
Robson Aguiar
Teólogo, articulista, comentarista cristão, e pastor presidente da Assembléia de Deus, em Caetés III, Abreu e Lima-PE,

 

A síndrome de Simão

Vendo Simão que o Espírito era dado com a imposição das mãos dos apóstolos, ofereceu-lhes dinheiro e disse: “Deem-me também este poder, para que a pessoa sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo” (At 8.18,19).

Quando lemos o texto a partir do versículo 1, do capítulo 8 de Atos, descobrimos que Simão tinha um passado envolvido com feitiçarias.

Ele enganava o povo, tanto os ricos como os pobres e tinha muito seguidores. Ao ouvir Filipe, ele se converteu e foi batizado, mas tudo indica que não se desfez totalmente da bagagem do mundo, pois vendo Deus operar através dos apóstolos Pedro e João, achou que poderia comprar o Dom do Espírito Santo.

Eu fico observando a semelhança com os dias de hoje. Existem muitos Simões entre nós. Se converteram ontem, e já acham que podem ser pastores do dia pra noite.

Se encantam com mensagens e unção de Deus na vida de alguns pregadores e o local de destaque que às vezes têm os mesmos entre os crentes, recebendo convites para pregarem em congressos com passagens aéreas e hospedagens pagas, além de ajuda monetária.

Na visão de Simão, que estava acostumado a ganhar dinheiro com ilusionismo, aquilo parecia ser um promissor e sem trocadilhos, “negócio do céu”

É nessa visão distorcida do evangelho que alguns novos convertidos compram livros na área de coaching, marketing gospel, teologia da prosperidade, entram pra seminários e passam a participar de algumas reuniões “espirituais”.

O intuito não é de se doar, cumprir o Ide de Cristo e participar da Grande Comissão, mas de conquistar projeção social e sucesso pessoal. E ainda chamam isso de benção de Deus. Foi nessa esteira que Simão quis investir e ser um empreendedor gospel.

Pobre Simão, mal chegou na igreja, ainda nem aprendeu a andar, e já quer correr. Só que ele ofereceu dinheiro aos pastores errados. Pedro e João não eram coaches, não se diziam profetas, não vendiam visões e nem tinham amor ao vil metal.

Colocaram o ex-mago no lugar dele. Pedro respondeu: “Pereça com você o seu dinheiro! Você pensa que pode comprar o dom de Deus com dinheiro?  Você não tem parte nem direito algum neste ministério, porque o seu coração não é reto diante de Deus. Arrependa-se dessa maldade e ore ao Senhor. Talvez ele lhe perdoe tal pensamento do seu coração, pois vejo que você está cheio de amargura e preso pelo pecado” (At 8. 20-23).

Já o que vemos nos dias de hoje por motivos diversos são obreiros imaturos ascendendo ao púlpito, sem experiência e nem conhecimento teológico suficiente para ministrar a Palavra.

Geralmente gostam de roupas chamativas e extravagantes, adoram contorcionismo, chavões e palavras de efeitos durante a mensagem. Apelam constantemente para o emocional.

A impressão que tenho ao vê-los no altar da Palavra é que não vieram de um seminário, mas de uma escola teatral e que não pregam, mas atuam.

Ainda bem que Simão se arrependeu da proposta indecente e pediu aos discípulos que orassem por sua vida.

Ele aprendeu cedo que Igreja não é negócio.

R.A

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1 COMENTÁRIO

  1. Infelizmente, a “síndrome de Simão”, é uma realidade no arraial dos crentes. A promessa do milagre fácil atrai milhões de adeptos. Tanto pra receber, como pra fazer. Jesus lhe dirá naquele dia: “não vos conheço”. Muitos vão dizer: “eu curei em teu nome”!…

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