Por Robson Aguiar
Voto de cabresto, ja ouviu falar?
Segundo o dicionário online, cabresto é um arreio de corda ou couro, sem freio ou embocadura e que serve para prender o animal ou para controlar sua marcha.
É ainda… algo que controla, subjuga, reprimindo, contendo ou prendendo boi ou vaca mansa, que vai à frente da boiada ou servindo como guia.
No Nordeste, o cabresto é bastante usado, mas também se diz no sentido figurado que existe o “voto de cabresto”, expressão que fala do voto dado por orientação imposta, geralmente com interesses particular do que lidera.
As armas do convencimento são muitas, desde o constrangimento na frente dos pares até as transferências de congregações “por necessidade” ou “revelação repentina” e isso, quando não deixa o cidadão na geladeira. Também se comenta que poderá haver contenção de gastos (mexer no salário do subordinado), isso de forma velada, mas o que se verbaliza diante do povo, ou ministério é que aquele candidato é o melhor para “convenção” ou para “igreja”.
Com o apoio dos subservientes mais chegados e dos que são revestidos de covardia, o cabeça começa a propagar que quem não apoiar o fulano indicado pelo por ele, o guru, é desunido e está em pecado.
A doutrina do livre-arbítrio nessa hora tão pregada entre eles é brutalmente assassinada a luz do dia. A liberdade promovida por Cristo e amparada na Constituição Brasileira é tolhida dos pobres dependentes. Acuados e sem forças, acabam obedecendo sem questionamentos.
Então para justificar tamanha covardia dos que se submetem ao capricho dos caciques do alto clero, invoca-se a união entre os irmãos, a “humildade” e a sujeição à autoridade, uma das mas belas virtudes cristã.
Como se pode ver, o cabresto aqui na minha terrinha é muito forte, mas sei que existe também esse abuso lá para as bandas de Manaus, Belém do Pará, São Paulo, Rio de Janeiro e até no Estado do Espírito Santo.
Lamentável.