No início desta semana, em meio à celebração do 45º aniversário da República do Irã em 1º de abril, uma notícia sombria abalou a comunidade internacional. Houssein Sha’bani, conhecido como Youhana, líder cristão, foi preso sob a acusação de “atividades de ensino contrárias à santa religião do islã ao compartilhar falsas doutrinas religiosas”, enquanto liderava uma igreja cristã no Irã.
Aos 47 anos, Houssein, casado e pai de dois filhos pequenos, foi informado das acusações pelo promotor da delegacia em Karaj, cidade próxima à capital, Teerã. Sua detenção ocorreu após um interrogatório de três horas por agentes da Inteligência Iraniana semanas antes da condenação.
Fiança não inocenta
Apesar de ter sido liberado mediante o pagamento de uma fiança no valor de 300 milhões de tomãs (aproximadamente 3.500 dólares), a condição de Houssein permanece incerta. As acusações não foram retiradas, deixando-o sujeito a futuros interrogatórios ou até mesmo reclusão por motivos semelhantes. Esta situação não é única para Houssein, mas reflete o desafio enfrentado por muitos líderes cristãos no Irã atualmente.
Condenados
No último ano, pelo menos 166 cristãos foram detidos e 21 condenados a penas significativas no Irã por sua participação em atividades religiosas no país. Neste contexto, a comunidade internacional é convocada a continuar em oração pelos seguidores de Jesus que permanecem detidos, e pela garantia da liberdade de culto, oração e serviço a Deus em uma nação que figura entre os dez países mais perigosos para os cristãos, conforme apontado pela Lista Mundial da Perseguição de 2024.