![Distraídos](https://i0.wp.com/www.searanews.com.br/wp-content/uploads/2020/04/dreamland-417830_1024-pixabay.jpg?resize=696%2C464&ssl=1)
A única certeza que devemos ter em nosso coração é a de que nos encontraremos com Cristo
Por Thiago Pina
Se tem uma coisa que ficou clara nessas últimas semanas em que temos ficado em casa, com medo, temerosos e aflitos com a expectativa do amanhã, é como temos estado distraídos em nossa relação com o Criador.
“E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram. Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro” (Mateus 25.5,6).
Distraídos e vulneráveis
Nós seres humanos buscamos naturalmente a segurança, o bem-estar, a tal zona de conforto, o lugar onde temos o controle de tudo e podemos confiar que seguiremos assim por muito tempo, se possível, sem precisar empreender esforço para manter o que foi conquistado, porém esse é um lugar muito perigoso, é nele que dormimos na cama da confiança de nós mesmos, é o tal berço esplêndido onde repousamos serenos, não percebendo o quanto somos frágeis, vulneráveis e limitados.
Esse sono distrai, nos leva a uma vida de inércia, nos torna insensíveis ao que realmente importa.
Há quanto tempo muitos não oravam como agora? Há quanto tempo não se pensava de forma tão séria na possibilidade de a qualquer momento enfermar gravemente, até mesmo morrer? Isso nos trouxe a atenção, tirou o nosso sono, a distração, nos despertou para uma realidade que para muitos já era ignorada ou estava em algum canto do coração como uma verdade que talvez não fosse para esse tempo, quem sabe para as próximas gerações, vamos trabalhar mais, ganhar mais, juntar mais, trabalhar mais, ganhar mais, juntar mais… é o que na ciência da computação chamamos de loop, um ciclo que às vezes parece não ter fim, mas um dia acaba.
Numa conversa com colegas de trabalho há alguns dias, um deles comentou: “Se o mundo acabasse hoje, eu estaria ferrado”; E eu respondi: “Se o mundo acabasse hoje, eu seria a pessoa mais feliz do universo”.
Não distraídos, mas vigilantes
Não, não estou em depressão ou pensando em tirar minha própria vida, nunca pensei nisso, aliás esse pode ser o primeiro pensamento de quem ouve ou lê um comentário como esse fora de contexto. O que está dito ali é que não ando distraído em minha relação com o Criador, dormindo em minha cama confortável da confiança nas coisas dessa vida, vivo hoje como Jó, sabendo que “meu Redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25).
Como cristãos precisamos viver sabendo que a única certeza que devemos ter em nosso coração é a de que nos encontraremos com Cristo, de forma gloriosa, um dia, não sabemos quando e nem como será, apenas o encontraremos e será glorioso, por isso não podemos deixar jamais que as distrações dessa vida nos façam desviar o nosso olhar do que realmente importa. Nossa vida, nosso caminho e tudo o mais é Cristo!
“Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Romanos 8.18).
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