O cenário pós-eleição presidencial no Brasil, para a economia, jornalistas de direita, imprensa conservadora e para a igreja no país não é nada animador de acordo com os últimos acontecimentos, analisa o jornalista e cristão conservador Ricardo JM. Ele também destaca o afastamento de jornalistas influentes no Brasil como Rodrigo Constantino, Paulo Figueiredo e Zoe Martinez “por tempo indeterminado” da programação da JP, por supostas notícias falsas e comentários abusivos pela emissora, sobretudo contra os Poderes constituídos e a organização dos processos democráticos do país.
O jornalista protesta: “Quem pensa diferente e tece comentários contrários disparando críticas em desfavor do novo governo é alvo de censura e tem os seus meios digitais bloqueados e censurados”, e cita Nikolas Ferreira e Bia Kicis entre outros, afirmando que há uma clara intimidação à voz diferente, e uma certa intimidação com a tendência de que essas vozes diferentes se calem com o decorrer do tempo e predomine o pensamento da esquerda no Brasil.
Ricardo JM aponta que, no meio desse caminho, há as igrejas cristãs que não aceitam algumas visões e ideologias que a esquerda tanto prega e trabalha para a implantação de seus dogmas no país. “A igreja no Brasil, assim como está sendo na Nicarágua, poderá caminhar em breve para um cenário de perseguição e contestação de suas mensagens bíblicas, que contrariem o pensamento e viés ideológico da esquerda”, adverte.
Nicarágua
O jornalista diz ainda que na Nicarágua, as ações do Governo contra os cristãos tiveram início com perseguições e posteriormente censura à imprensa tradicional, como já ocorre no Brasil. Logo em seguida, a Nicarágua investiu contra as rádios católicas em uma campanha contra a presença da própria Igreja no país.
De acordo com informações do Portas Abertas, atualmente as igrejas estão sendo chamadas de “inimigas do Estado” e atacadas por líderes do governo.
Os cultos estão sendo monitorados e até mesmo o acesso à saúde foi negado aos cristãos. Além disso, templos foram destruídos e líderes prejudicados psicologicamente por conta das seguidas ameaças.
“As igrejas têm sido fundamentais na crise de direitos humanos na Nicarágua e, por isso, tornaram-se alvo da perseguição indiscriminada de Ortega e seus aliados” disse Patrícia Montenegro, do Observatório Pró-transparência e Anticorrupção.
Reflexos no Brasil
Ricardo JM alerta que o Governo do presidente Lula possui visões similares ao da Nicarágua e que, por essa razão, a Igreja, os cristãos, os conservadores no Brasil podem caminhar para o mesmo rumo, ou seja, serem criminalizados.
O jornalista lembra que o petista Luiz Inácio Lula da Silva, durante um comício realizado em agosto de 2022, no Vale do Anhangabaú (SP), disse que é a favor do Estado Laico e que o país não precisa de pastores e padres. “Quero dizer para vocês: eu, Luis Inácio Lula da Silva, defendo o Estado laico. O Estado não tem que ter religião, todas as religiões têm que ser defendidas pelo Estado. Mas também quero dizer: as igrejas não têm que ter partido político, porque as igrejas têm que cuidar da fé e da espiritualidade das pessoas, e não cuidar de candidatura de falsos profetas ou de fariseus que estão enganando esse povo inteiro”, declarou Lula.