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Camelô de Cachoeiro de Itapemirim-ES se forma em Direito e quer ser delegado

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Vendedor já trabalhava no mercado popular de Cachoeiro quando se formou no curso superior, em 2012

Por: Beatriz Caliman

Adriano Miranda Curcio - Camelô se forma em Direito e quer ser delegadoAdriano Miranda Curcio busca seu credenciamento junto a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

Há 19 anos um centro comercial, no bairro Guandu, em Cachoeiro de Itapemirim, se mantém vivo no coração do maior pólo econômico no Sul do Estado . É o Shopping Popular. No local, em meio à concorrência das lojas, os comerciantes não dividem apenas espaço, mas também histórias de sucesso pessoal e profissional. Um deles é o cachoeirense Adriano Miranda Curcio, de 40 anos. Há cerca de 20 anos, ele tira o sustento da família atrás de uma das bancas. Mas, está em rumo a um novo horizonte, o Direito.

Hoje, Adriano Miranda Curcio busca seu credenciamento junto a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para trilhar uma vaga em concurso público e quem sabe se tornar um delegado.

Curcio lembra da luta para chegar e concluir o ensino médio. Desempregado e com três filhos pequenos, trabalhou como ajudante de pedreiro, motorista, cobrador e até vendedor de porta em porta. “Havia estudado apenas até a 7ª série e passei por dificuldades financeiras no início do casamento. Minha mulher conseguiu um espaço aqui, no Shopping Popular, e viemos trabalhar. Mas queria dar uma vida melhor à família e voltar a estudar. Era meu objetivo”, lembra o vendedor.

O ensino médio foi conquistado por meio de prova de supletivo. A faculdade veio anos depois, em instituição particular. “Estudava entre uma venda e outra, e à noite. No intervalo da faculdade ficava refletindo onde eu havia chegado: uma coisa simples para outras pessoas, mas que representava muito para mim”, relembra Curcio.

Por meio dos estudos, concluídos em 2012, o vendedor saiu da informalidade e se tornou um microempreendedor individual. “Procuro ser o mais correto possível. Compro mercadorias com nota fiscal e até assinei a carteira da minha mulher”, conta o vendedor, que orienta o mesmo aos demais colegas do shopping.

Orgulhosos, filhos seguem passos do pai

O incentivo ao estudo, que não foi lhe dado quando era jovem, hoje é fundamento praticado entre os três filhos, que são orgulhosos do pai batalhador. Por meio do seu bom exemplo, o vendedor agora já colhe frutos.

Um de seus três filhos, Douglas da Costa Curcio, de apenas 21 anos, segue seus passos pelo mundo das leis. “Ele irá se formar no ano que vem em Direito e já estagia no Fórum Municipal. Já minha filha mais velha, Michele, 22, termina neste ano o curso de Pedagogia. A mais nova, Débora, de 17 anos, ainda não decidiu que profissão vai seguir”, comenta o vendedor.

Shopping Popular abriga 40 camelôs

Atualmente, cerca de 40 camelôs dividem o pequeno espaço do Shopping Popular, que foi criado, na época, para tirar das calçadas os vendedores ambulantes. A atitude pouco resolveu, uma vez que os comerciantes informais hoje tomam os espaços públicos das calçadas, em frente às lojas.

Muito procurado pelos cachoeirenses pelo preço baixo dos produtos, o local concentra grande variedade de ítens, alguns, quase extintos no mercado convencional, a exemplo das fitas cassete e VHS.

Fonte: Gazeta Online

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