O apologeta cristão Gratia Pello foi preso em dezembro e perdeu o recurso para que o caso de blasfêmia fosse retirado no tribunal na Indonésia. Durante a audiência em janeiro, o juiz rejeitou as alegações de que o líder cristão foi preso fora dos padrões do país.
Mesmo com a confissão da polícia de Java Oriental de negligência e quebra de protocolos na prisão de Pello, o magistrado decidiu que esses erros de processo não descartam as acusações de blasfêmia contra o islã.
Em circunstâncias normais, o líder cristão deveria ser intimado a comparecer na delegacia de polícia para iniciar o inquérito formal. O mandado de prisão só seria emitido se Pello não comparecesse em nenhuma das três notificações consecutivas. Mas nada disso aconteceu, houve uma denúncia e o cristão foi preso sem aviso prévio.
Acusação de blasfêmia
O apologeta indonésio, Gratia Pello foi preso sob suspeita de blasfêmia ao islamismo em seu canal no Youtube no dia 7 de dezembro. Ele tem sido alvo da Comunidade Indonésia Mualaf desde que apareceu no Youtube, há nove meses. O conteúdo foi considerado uma interpretação falsa de um tema do Alcorão.
Gratia foi detido sem os procedimentos necessários. Além disso, um muçulmano radical também ameaçou a família do cristão, o que os deixou assustados. Um parceiro local disse: “Estamos em parceria com advogados locais para auxiliá-lo”. Enquanto ele está detido, a esposa e os filhos dele precisaram ser retirados de onde estavam a fim de evitar situações inesperadas, além de oferecer a eles maior segurança.
A última gota
Pello acredita que se tornou alvo de convertidos ao islamismo, conhecidos por mualafs, desde que seus vídeos apologéticos no Youtube começaram a ganhar força. A acusação que o cristão enfrenta é resultado de uma resposta que ele deu a um muçulmano chamado Hasan, que disse que Jesus era uma criança impura, um homem sujo e filho ilegítimo.
Além disso, Hasan também afirmou que o cristianismo justificou o adultério entre Judá e Tamar. Pello explicou o contexto da época e comparou a história bíblica com uma de Maomé ter se casado com a esposa de um filho adotivo. Apesar dos mualafs já perseguirem o cristão indonésio, esse vídeo foi a prova para acusá-lo de blasfêmia.
Em uma tentativa de tentar amenizar a situação de Pello, sua equipe jurídica pediu desculpas ao reclamante. “Estamos fazendo parceria com advogados locais para ajudá-lo e estamos fazendo o possível para apoiá-lo. Por favor, ore por nós”, testemunha o advogado.
A esposa e os filhos de Pello também foram ameaçados pelos extremistas e seguem escondidos com o apoio da Portas Abertas na Indonésia.