
Apesar da mensagem positiva de perdão e compreensão de tragédias, outros pontos chamam a atenção no filme.
Robson Aguiar
Não havia assistido ao filme “a cabana”, o longa inspirado no best-seller homônimo de William P. Young, mas ontem tive a oportunidade de assisti-lo.
Em resumo, “A Cabana” aborda a questão recorrente da existência do mal através da história de um homem que vive sob a dura experiência de ter sua filha de seis anos, raptada durante um acampamento. A menina nunca foi encontrada, contudo, sinais de que ela teria sido violentada e assassinada são achados em uma cabana nas montanhas.
Depois de perder a filha que tanto amava, o pai afastou-se da fé, e passou a viver em profunda tristeza, até que um dia foi desafiado ao receber uma carta supostamente “escrita por Deus”, convidando-o para uma visita à cabana. Em seu “encontro com Deus” procura obter respostas para à indagação: “Se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar nosso sofrimento?”
Ressalto que o filme no contexto geral é muito bom. Em particular me arrancou muitas lágrimas.
Mas apesar da mensagem positiva de perdão e compreensão de tragédias, me chamaram a atenção outros pontos em parte velados no filme. Pontuo:
– Embora seja chamado de Papai (gênero masculino), Deus se apresenta como uma mulher negra, o que traz uma mensagem, não de um Deus assexuado, mas de que Deus não tem gênero pode ser uma deusa, e pode ser negra.
– Jesus é um jovem descolado e parece fisicamente com um palestino.
– O Espírito Santo é uma mulher e tem traços orientais.

Mensagens não tão subliminares que atendem a uma agenda globalista, a grupos politicamente corretos, abraçando ideias feministas, anti-racistas e dos que militam contra xenofobia (Não que devamos ser machistas, xenófobos ou racistas).
O segundo ponto que destaco é que o filme traz uma mensagem soteriológica universalista.
Deus se apresenta apenas como o Ágape (amor) enquanto o Jeová-Tsidkenu (justiça) é claramente omitido.
Além disso coloca todos os homens “bons” e “maus” como filhos de Deus, contrariando o texto de João 1.12, que afirma: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome”.
No mais, recomendo o filme para quem tem discernimento espiritual e tem condições de assistir tudo pela película bíblica.
Creio que tirando os espinhos e colocando os óculos “3B” do discernimento, todos serão edificados.
Assista ao clipe
R.A.
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Vi o filme diversas vezes e li o livro. Essa ideia de que o time aborda Deus como uma figura feminina é errônea e precipitada. Deus só se mostra como mulher devido aos problemas com a figura paterna enfrentados pelo protagonista. Ao ser curado de suas dores, Mac passa a ver papai de outra forma. Creio que seja apenas esse o “problema”, já que a questão da justiça é bem esclarecida pelo trecho que trata de Mac julgando e tendo que condenar os filhos por terem errado. Jesus não veio pelos sãos, mas pelos doentes.