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Um olhar sobre a Assembléia de Deus no Brasil

EM FOCO

Paulo Pontes
Paulo Ponteshttps://www.searanews.com.br
Fundador e CEO da Seara News Comunicação, jornalista, cidadão vilavelhense, natural de Magé (RJ), pastor, teólogo (Teologia Pastoral e Catequética), presidente do Diretório da SBB-ES, autor do livro Você Tem Valor.

Um olhar sobre a Assembléia de Deus no Brasil

É tempo de jejum e de oração. Tempo de dar a Deus o que é de Deus. Tempo de humilhação e de devolver a igreja ao seu verdadeiro dono.

Por Paulo Pontes

Não se pode negar que a Assembléia de Deus, um movimento pentecostal iniciado na capital paraense pelos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, espalhou-se pelas terras brasileiras de tal modo, mudando a tradição religiosa e fortalecendo a fé do povo através da doutrina bíblica pentecostal, tornando-se a maior denominação do país.

Não se pode negar o esforço, a dedicação e o trabalho dos pioneiros. O legado deles deve ser conservado com muito garbo e de modo honroso.

Não se pode negar que em quase 103 anos de história a Assembléia de Deus cresceu numérica e geograficamente, formou inúmeros obreiros e líderes, incentivou a educação e a cultura social e cristã dos brasileiros, organizou-se como instituição, enviou missionários aos países mais longínquos, estabeleceu-se tanto interior e nas periferias como nos grandes centros.

Também não se pode negar existência de divergências de idéias e de comportamentos, comuns em qualquer instituição, principalmente quanto a aplicação da doutrina bíblica e aos usos e costumes. A Assembléia de Deus no Brasil também experimentou e sofreu o impacto das divisões, da denominação em 1989, das convenções regionais, e dos ministérios locais que infelizmente continuam acontecendo. A antiga estratégia de crescimento adotada no princípio, uma conta que deveria ter apenas duas operações, somar e multiplicar; ganhou nova e estranha fórmula: dividir para multiplicar.

O assunto do momento, no entanto, é a eleição do novo presidente e da mesa diretora da CGADB, que se dará no próximo dia 11 de abril. É grande a repercussão do evento que terá lugar na capital do país. Na mídia online é fácil encontrar notícias, artigos e comentários. De um lado temos a equipe “Os amigos do presidente” liderada pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa. Do outro, a equipe “CGADB para todos” liderada pelo pastor Samuel Câmara. Cada equipe com seu discurso e argumentações procura conquistar mais aliados.

Sem desmerecer os demais sites e blogs que apresentam notícias sobre os preparativos da próxima AGO da CGADB, particularmente, recomendo o blog http://geremiasdocouto.blogspot.com.br/ do pastor Geremias do Couto, que é escritor e jornalista, vem prestando um serviço aos pastores e evangelistas filiados a CGADB, mostrando os fatos, esclarecendo dúvidas, informando sobre os direitos e deveres da instituição e filiados.

A cada dia que passa a ficamos mais perto da 41ª AGO da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. As disputas pelos cargos parecem ficar mais acentuadas, as expectativas e especulações crescem. Quem será eleito para presidir a CGADB? Como se dará o processo eleitoral, pacífico ou tumultuado? Dependendo do resultado haverá uma nova divisão? O que será da Assembléia de Deus após o dia 11 de abril de 2013? São temas dos debates e discussões entre os eleitores dos candidatos das suas equipes.

Para muitos, candidatos ou não à Mesa Diretora da CGADB, o tempo parece ser só de articulações, projeções, liminares, etc. Lembro que a obra é de Deus, Igreja é do Senhor, que o rebanho é dEle, e é Ele quem dá pastores à sua igreja. O livro histórico do Novo Testamento conta sobre a reunião dos obreiros da Igreja Primitiva, que os obreiros tinham por hábito orar e jejuar (At 13.1-3), e então acontecia o sobrenatural de Deus. Estes dias tem sido de muita inquietação, apreensão e questionamento. Cada vez mais existem pessoas no ministério pastoral eclesiástico cuja visão é o “poder” e não o compromisso com a verdadeira obra de Deus. Hoje em dia, o jejum e a oração parecem coisas do passado, obsoletos, ultrapassados, e recorrer à letra da lei, à justiça terrena parece, supostamente ser o método mais eficaz.

Nos púlpitos das igrejas, nas convenções, nas escolas teologia, ensinam sobre a teocracia, mas a democracia é que se destaca. A verdadeira obra de Deus só pode ser feita através do poder e da unção dEle, e pela graça dEle. Este é um tempo de jejum e de oração. Tempo de dar a Deus o que é de Deus. Tempo de humilhação e de devolver a igreja ao seu verdadeiro dono.

“Oh! Como é bom dos tempos primitivos lembrar, e dos avivamentos de que ouvimos falar. Deus quer nos dar mais fervor espiritual. Ao seu povo mandar o poder pentecostal. Oh! Como é bom dos crentes primitivos lembrar, as ferventes orações, o seu alegre cantar, Deus os ouviu e sempre os livrou do mal… Alguns dizem: ‘mudado tudo hoje está’. Mas eu sei que meu Deus nunca jamais mudará. Deus permanecerá qual farol eternal, enviando ao seu povo poder pentecostal! Nosso Deus é o mesmo hoje como então, Ele cura, batiza, e nos dá salvação… ” (453 HC).

Que o Senhor nos ajude!

Pr. Paulo Pontes

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6 COMENTÁRIOS

  1. Caro Pr Paulo Pontes, felicito-o pelo escrito e complementado pelo Pr. Geremias do Couto. Observo que este artigo é anterior à Assembéia passado que elegeu a a tual diretoria e vejo a sua preocupação á situação da denominação A.D. Muito bem aconteceu a assembléia, foi eleita a atual diretoria e até os meios de mídia seculares noticiaram tál acontecimento. No entanto logo em seguida ocorreram atitudes, e de tal maneira, que logo surgiram comentários em nosso meio de notícias e aí eu entro… certamente que os inimigos da obra de Cristo olharam um para o outro, para não dizer dando gargalhadas como que a dizer – “tá vendo…depois falam de nós”.

  2. continuando… nesses dias, eu escrevia um texto em que o título era “dá até medo” sobre a maneira como as coisas caminham, em breve sairão às ruas em passeata homens carregando ao ombro um altar com um homem entronizado. Bem, deixe-me voltar ao ponto em que seus escritos me chamaram a atenção e após termino.

  3. “Para muitos, candidatos ou não à Mesa Diretora da CGADB, o tempo parece ser só de articulações, projeções, liminares, etc. Lembro que a obra é de Deus, Igreja é do Senhor, que o rebanho é dEle, e é Ele quem dá pastores à sua igreja. O livro histórico do Novo Testamento conta sobre a reunião dos obreiros da Igreja Primitiva, que os obreiros tinham por hábito orar e jejuar (At 13.1-3), e então acontecia o sobrenatural de Deus. Estes dias tem sido de muita inquietação, apreensão e questionamento. Cada vez mais existem pessoas no ministério pastoral eclesiástico cuja visão é o “poder” e não o compromisso com a verdadeira obra de Deus. Hoje em dia, o jejum e a oração parecem coisas do passado, obsoletos, ultrapassados, e recorrer à letra da lei, à justiça terrena parece, supostamente ser o método mais eficaz.

  4. Nos púlpitos das igrejas, nas convenções, nas escolas teologia, ensinam sobre a teocracia, mas a democracia é que se destaca. A verdadeira obra de Deus só pode ser feita através do poder e da unção dEle, e pela graça dEle. Este é um tempo de jejum e de oração. Tempo de dar a Deus o que é de Deus. Tempo de humilhação e de devolver a igreja ao seu verdadeiro dono.
    “Oh! Como é bom dos tempos primitivos lembrar, e dos avivamentos de que ouvimos falar. Deus quer nos dar mais fervor espiritual. Ao seu povo mandar o poder pentecostal. Oh! Como é bom dos crentes primitivos lembrar, as ferventes orações, o seu alegre cantar, Deus os ouviu e sempre os livrou do mal… Alguns dizem: ‘mudado tudo hoje está’. Mas eu sei que meu Deus nunca jamais mudará. Deus permanecerá qual farol eternal, enviando ao seu povo poder pentecostal! Nosso Deus é o mesmo hoje como então, Ele cura, batiza, e nos dá salvação… ” (453 HC).
    Meu abraço em oração, pois a Igreja e a obra nela exercida é de Cristo e do Espírito Santo, pela graça de Deus nós trabalhamos nela por um chamado, tal como aconteceu com Neemias. Que outros se levantem despertados nessa unção e somente glorifiquem ao Altíssimo.

  5. É, meu amigo pastor Orlando Souza Cirqueira, gostaria que fosse diferente. A unidade da liderança da AD e o retorno à genuína e legítima razão da existência da Igreja é uma necessidade, da qual depende o futuro desta gigantesca denominação evangélica.

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