A hipocrisia do falso moralista e ladrão Judas, não é diferente de muitos humanistas de hoje.
Maria pegou uma libra de bálsamo de nardo puro, um óleo perfumado muito caro, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com seus cabelos. E a casa encheu-se com a fragrância daquele bálsamo. Mas um de seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, que mais tarde iria traí-lo, objetou: “Por que este bálsamo perfumado não foi vendido por trezentos denários e dado aos pobres? Ele não disse isso por se importar com os pobres, mas porque era ladrão; sendo responsável pela bolsa de dinheiro, frequentemente tirava o que nela era depositado” (Jo 12.3-6).
Judas parecia não se enquadrar no capitalismo judaico-cristão. Ele expressava uma preocupação com o social típico de quem odeia a burguesia, mas as suas ações acabariam o desmascarando.
Jesus ainda deu a esse militante a tesouraria do ministério. (Não é irônico?) Judas era responsável pela arrecadação e administração das ofertas (v. 6).
Entretanto, apesar dele ser “discípulo” não havia deixado o hábito de roubar (v. 6). Roubava tanto que, em certa ocasião, Pedro falou com Jesus sobre pagamento de imposto e a tesouraria não tinha nem 4 dracmas.
Jesus mandou Pedro pescar e tirar da boca do peixe uma moeda, estáter de prata, ou uma tetracma (equivalente a duas didracmas, mais ou menos R$ 125,00 hoje). “Mas, para não os escandalizar, vá ao mar e jogue o anzol. Tire o primeiro peixe que você pegar, abra-lhe a boca, e você encontrará uma moeda de quatro dracmas. Pegue-a e entregue-a a eles, para pagar o meu imposto e o seu” (Mt 17.27).
Judas era dissimulado, um infiltrado entre os apóstolos. Teve todas as oportunidades que os demais tiveram. Estudou com o mesmo professor, frequentou os mesmos púlpitos, teve os mesmos privilégios e oportunidades. Andava com Cristo e gozava de crédito na comunidade cristã, mas nunca foi convertido de verdade. Era apenas um teórico. Hoje não é diferente, tem muitos pastores discípulos de Judas.
Jesus não concordou com Judas, e valorizou a liberdade e o investimento da mulher. Mas Jesus respondeu: “Deixa-a em paz; pois para o dia da minha sepultura foi que ela guardou isso. Quanto aos pobres, vós sempre os tereis convosco, mas a mim vós nem sempre tereis” (Jo 12. 7-8).
Não é que não se deva dar atenção aos pobres, mas é falacioso querer impedir as pessoas de terem liberdade de administrarem seus bens porque existem pessoas carentes.
A hipocrisia do falso moralista e ladrão Judas, não é diferente de muitos humanistas de hoje. Alguns já até ascenderam ao poder com esse discurso de ajudar aos pobres e diminuir a desigualdade, mas quando estavam lá, não mudaram muita coisa, e ainda usaram do mesmo expediente que o traidor de Cristo…
Roubaram os cofres públicos.
R.A