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Sri Lanka teve Domingo de Páscoa marcado pelo extremismo religioso

EM FOCO

Edenin Pontes Neto
Edenin Pontes Neto
Capixaba, natural de Vitória-ES.
Sri Lanka teve Domingo de Páscoa marcado pelo extremismo religioso
Igreja de São Sebastião, atingida por explosões em Negombo, no norte de Colombo, no Sri Lanka. (Foto: Chamila Karunarathne/AP)

Ataques a bomba em igrejas e hotéis no Sri Lanka deixaram 290 mortos e 500 feridos neste Domingo de Páscoa.

Nesta Páscoa, o Sri Lanka foi atingido por um dos ataques mais mortais a cristãos da história. Inicialmente, três igrejas e dois hotéis foram bombardeados.

Houve uma primeira explosão e depois outros cinco ataques ocorreram quase que simultaneamente, entre 8h30 e 9h30, no horário local.

Duas outras explosões aconteceram à tarde: uma em uma casa onde a polícia tentava prender suspeitos, outra em uma pousada, de acordo com as últimas informações disponíveis.

Sabe-se agora que sete explosões foram realizadas por homens-bomba, todos do Sri Lanka.

As primeiras explosões aconteceram na Igreja Santo Antônio, em Kochcikade, Colombo, na Igreja São Sebastião, em Negombo, na Igreja Sião, em Batticaloa, no Hotel Kingsbury e no Cinnamon Grand Hotel, em Colombo.

Os hotéis eram de cinco estrelas e ofereciam café da manhã especial de Páscoa. Todas as igrejas celebravam a ressurreição de Jesus Cristo no culto de Páscoa.

As outras duas explosões ocorreram no distrito residencial de Dematagoda e em um hotel perto do zoológico de Dehiwala. Entre os mortos, há algumas dezenas de estrangeiros.

A polícia decretou toque de recolher e todas as redes sociais foram bloqueadas para evitar a circulação de notícias falsas.

Autoria dos ataques

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques ainda, mas a polícia reportou a prisão de 24 suspeitos de participação.

O governo do Sri Lanka pede que a mídia não publique os nomes dos suspeitos. Isso daria a outros grupos extremistas a chance de explorar a situação e criar tensão entre as comunidades.

O governo culpa o pouco conhecido grupo jihadista National Thoweed Jamath pelos bombardeios e acredita que recebeu ajuda de uma rede internacional.

Outras bombas foram encontradas pela polícia na manhã desta segunda-feira. Somente na igreja de Batticaloa, 28 mortos foram confirmados, mas há ainda muitas pessoas desaparecidas, principalmente crianças.

O colaborador da Portas Abertas Sunil (pseudônimo) tentou chegar às áreas dos desastres, mas foi impedido no meio do caminho por causa do toque de recolher imposto pelo governo. Ele está indo para Batticaloa, onde uma explosão atingiu a Igreja Sião, para ouvir dos irmãos quais são suas necessidades.

A Aliança Cristã Evangélica Nacional do Sri Lanka (NCEASL, sigla em inglês) publicou uma declaração, na qual pede que o governo e as forças de segurança tomem todos os passos necessários para resolver a situação rapidamente e fazer justiça aos terroristas.

“Finalmente, enquanto oferecemos nossas orações e apoio a todos os afetados, a NCEASL convoca a igreja nacional e global a orar pelos enlutados que perderam seus entes amados e pelos feridos nessa desafortunada série de ataques”, diz a declaração.

Contexto de conflitos étnico-religiosos no Sri Lanka

O Sri Lanka é um país predominantemente budista e cerca de 80% da população é da etnia cingalesa. O país tem uma longa e violenta história devido a razões religiosas e étnicas e passou por uma guerra civil de 1983 a 2009.

A maioria cingalesa budista, lutava contra a minoria tâmil hindu. Muitas pessoas morreram de ambos os lados nos 26 anos de guerra, até que os tâmeis foram finalmente derrotados.

Com esse histórico, o nacionalismo religioso prosperou no Sri Lanka. Grupos radicais budistas surgiram em todo o país e foram usados pelo governo anterior como um meio de manter as minorias religiosas sob controle.

A principal vítima é a minoria muçulmana, que sofreu grandes ataques em 2014 e março de 2018. Mas os cristãos também têm enfrentado ataques de grupos locais, frequentemente liderados por monges de mantos laranja.

No período de apuração da Lista Mundial da Perseguição 2019 (01 de novembro de 2017 a 31 de outubro de 2018), foram registrados 60 ataques e incidentes contra cristãos em diferentes níveis.

As tendências descritas acima não explicam os ataques de Páscoa de ontem. Explosões de bombas não são o estilo dos extremistas budistas nacionalistas.

Considerando-se a sofisticada coordenação dos ataques, o estilo é mais de grupos afiliados ao Estado Islâmico. Ataques de Páscoa foram realizados por eles em anos anteriores em outros países, como Egito e Paquistão.

Em muitos países, os cristãos correm um risco maior durante feriados cristãos, como Natal e Páscoa.

Orações para o Sri Lanka

O pedido do correspondente local da Portas Abertas no Sri Lanka é para que oremos por todos os afetados pelos ataques, pois muitos ficaram feridos e outros sofrem pela perda de familiares.

Ore para que a força, conforto e cura do Senhor seja sobre eles. Já sabemos que cristãos de todo o mundo estão intercedendo em favor das igrejas do Sri Lanka. Como por exemplo nossos irmãos do Sul da Ásia.

Nosso correspondente local da região escreveu: “Nossos grupos de oração estão motivados a orar e mais de 6 mil pessoas estão orando”.

O Sri Lanka é o 46º país na Lista Mundial da Perseguição, que classifica os 50 países mais perseguidos no mundo.

Informações de Assessoria de Imprensa Portas Abertas.
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