spot_img
spot_img
24.4 C
Vila Velha

Sobre o que divulgamos…

EM FOCO

Roney Cozzer
Roney Cozzer
Roney Cozzer é presbítero vinculado a Assembleia de Deus Central de Porto de Santana, Cariacica, ES (Pr. Evaldo Cassotto), autor, professor de Teologia e palestrante. Possui graduação em Teologia, concluiu o Curso de Extensão Universitária “Iniciação Teológica” da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e possui formação em Psicanálise. É mestre em Teologia pelas Faculdades Batista do Paraná (FABAPAR) na linha de pesquisa Leitura e Ensino da Bíblia. Participou como autor e pesquisador do Projeto Historiográfico do Departamento de Missões das Assembleias de Deus do Vale do Rio Doce e Outros (DEMADVARDO) entre os anos 2016 e 2018. Cursa licenciatura em Letras pela Uninter e atua como coordenador pedagógico do curso de Teologia na modalidade a distância da Faculdade Unilagos (RJ).Contatos e Atividades na Internet: roneyricardoteologia@gmail.com | Blog Fundamentos Inabaláveis

Sobre o que divulgamos...

Por Roney Ricardo Cozzer

Todos sabem que eu desenvolvo várias reflexões de cunho eclesiológico, onde, por vezes, critico fortemente aqueles conceitos e práticas que considero desvios do Evangelho na Igreja Brasileira e procuro sempre, na mesma medida, apresentar as saídas possíveis e refletir sobre elas, sempre à luz das Escrituras. Mas, recentemente, me ocorreu uma preocupação em face da enxurrada de posts que vejo no Facebook sempre realçando coisas ruins na Igreja. É aquele líder evangélico famoso que disse o que não deveria ter dito, casos de bizarrices e loucuras entre evangélicos, escândalos financeiros e morais e a lista prossegue (de fato, é extensa!). De alguma forma, percebo que a nossa insistência em divulgar tanto esse tipo de conteúdo – da maneira exagerada como está – já deixou de ser edificante, reflexiva e até mesmo uma questão de transparência entre nós. Com efeito, o ser humano, por natureza, prefere divulgar mais aquilo que é mal do que aquilo que é bom. É como dizem: “Notícia ruim chega logo”. E com relação à Igreja, afirmo isso pois está claro que nós mais divulgamos coisas ruins do que coisas boas. Mas, será que a Igreja Brasileira só tem mazelas para noticiar? Não temos boas novas para contar à nosso respeito? Afinal, por que continuo na Igreja, mesmo enfrentando ela tantos dilemas?

Pois bem, me proponho aqui a realçar boas notícias e sugerir que você passe a fazer o mesmo. Que tal divulgarmos que há pessoas em nosso meio como a Tia Josi Baptista Drumond que realizam um trabalho relevante com nossas crianças não apenas lhes contando histórias bíblicas, mas mostrando quais as lições podem ser extraídas para a vida delas à partir dessas narrativas? Que tal contar que há pastores, anônimos, sem destaque na mídia, que dedicam sua vida à vida dos outros? Homens e mulheres que não fizeram da obra de Deus um meio de lucro pessoal. Homens e mulheres que gastaram e se deixaram gastar pela Obra de Deus. Eu conheço líderes assim! E você também, muito certamente. Que tal lembrar que há pregadores do Evangelho que possuem uma conduta pessoal e familiar exemplar como o Pr. Rodrigo Souto, que conheço há anos? É bom lembrar disso, já que tantos que passam pelas nossas igrejas estão envolvidos em inúmeros escândalos e mesmo assim continuam ocupando nossos púlpitos. Que tal mencionar que há pessoas como o amigo Rodrigo Chequetto que nos ensinam que indivíduos são mais importantes do que estruturas? Ou ainda, que temos entre nós líderes, comunicadores, entusiastas da Educação Cristã e teólogos como Pr. Nataniron Ribeiro da Cunha, Pr. Jonas Luppi, Pr. Ivan Kleber SantosRoberto Campista, Pr. Paulo PontesUlicelio Valente OliveiraVinicius Couto, Pr. Eduardo S. Silva, Pra. Iara DuqueRonaldo Bezerra Bezerra e tantos… Tantos outros que conhecemos e sabemos que são sinceros e insistem NA e PELA Igreja pura e simplesmente por amarem a Deus, a própria Igreja e a sociedade. Essas pessoas – e eu ouso me incluir entre elas – dedicam seu tempo, sua vida e seus recursos financeiros pelo Reino de Deus. Que tal contar que há pessoas como nosso amigo Contador Prado que atuam entre detentos e enfermos levando a mensagem do Evangelho à essas pessoas que, em geral, são marginalizadas e esquecidas pela sociedade? E que tal lembrar que temos entre nós guerreiras como a amiga Marcia Santana que insiste em trabalhar com adolescentes levando à eles valores bíblicos que lhes servirão por toda a vida? Ou ainda, a amiga Leidiane Matos de Souza que insiste em visitar o asilo de velhinhos e levar banquete para eles, quando em geral até as próprias famílias os esquecem nesse lugar? E por que não contar que temos entre nós instituições que realmente amam a Obra Missionária e não fazem dela lucro, como o Ceifeiros Missionários Da Hora Final? Por que não contar que na nossa Igreja Brasileira conhecemos figuras ímpares como o amigo Glauter Cardoso de Oliveira, cujo coração bate forte pela África?

Enfim, são muitos casos inspiradores para nós. Pessoas simples, como eu e você, alguns sem muitos recursos, outros com muitos, líderes e liderados, todos tendo em comum o amor à Deus, à Igreja, ao próximo e à sociedade. São inúmeros os cristãos e os fatos que merecem ser lembrados e contados, ainda que não desobedecendo ao ensino do Mestre em Mateus 6.3. Precisamos lembrar que há esperança para a Igreja Brasileira. Precisamos parar com esse mau hábito de nos deliciar com os fatos ruins à nosso próprio respeito. No máximo, devemos constatá-los com tristeza na alma e lutar para que sejam corrigidos. Há boas novas a serem compartilhadas! Temos excelência entre nós e não só incompetência. Temos pão e não só fermento. Temos azeite e vinho para as feridas e não apenas lanças pontiagudas. E sim, é verdade: temos muitos Judas entre nós, mas ainda encontramos os nossos “Lucas” que nos acompanham até o fim: “Só Lucas está comigo” (2 Tm 4.11 – NVI). E digo mais: na Igreja temos aqueles obreiros fraudulentos, inescrupulosos; são os “Demas” que amam o presente século (2 Tm 4.10), mas é fato também que ainda encontramos nossos “Epafroditos”, “cooperador e companheiro de lutas” (Fp 2.25), aquela safra de obreiros que arriscam a própria vida pela Causa de Cristo (Fp 2.26-30). Conquanto tenhamos joio no nosso meio, o trigo não desapareceu. Embora haja heresias, os sinceros continuam se manifestando (1 Co 11.19 – ARC).

Assim, cumpre perguntar: Não estaríamos nós, eu e você, cometendo o mesmo erro dos leprosos de 2 Reis 7.9: “Disseram então entre si: Não está certo o que estamos fazendo; hoje é um dia de boas novas e nós estamos calados!”?

Roney Cozzer, apenas um escritor que não deu certo…

- Publicidade -

LEIA MAIS...

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

LEIA TAMBÉM

ARTIGOS E DEVOCIONAIS

- Publicidade -
Suprema Contabilidade
- Publicidade -Anuncie em Seara News
- Publicidade -
Rádio Seara News