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Vila Velha

São todos filhos de Deus?

O “conceito” de que todos são filhos de Deus, admitido e pregado por muitos que desconhecem a doutrina bíblica, conflita com as Escrituras.

EM FOCO

Kemuel Sotero Pinheiro
Kemuel Sotero Pinheiro
Pastor, teólogo, líder da Assembleia de Deus em Aribiri, Vila Velha (ES), e vice-presidente do Conselho Administrativo da CPAD.
São todos filhos de Deus?
São todos filhos de Deus? | Foto: Getty Images

É sempre oportuno refletir sobre esse assunto pois a expressão “Deus é pai de todos” se tornou um adágio popular que é contrário as santas Escrituras.

Kemuel Sotero Pinheiro

Esse “conceito” de que todos são filhos de Deus, admitido e pregado por muitos que desconhecem a doutrina bíblica que trata da filiação por adoção, em Cristo, conflita com as Escrituras e está contraditado pelo apóstolo Paulo na exposição contida nos Capítulos 3 e 4 da epístola aos Gálatas. Argumentando sobre o mesmo assunto, o apóstolo João registrou que “a todos quanto o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creram no seu nome” (Jo 1.12), isto é, os que receberam o Senhor Jesus como salvador, unicamente crendo no seu nome quando foram convencidos pelo Espírito Santo, do pecado, da justiça e do juízo, nasceram de novo e doravante se tornaram “participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo” (2 Pe 1.4).

Nessa mesma linha de argumentação o apóstolo Paulo ao escrever o oitavo Capítulo da carta aos Romanos, tratando sobre a nova condição de vida dos salvos (crentes convertidos a Cristo, não apenas evangélicos como marca de religião), assegurou que os mesmos estão livres da condenação do pecado, enfatizando que “todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus”, e continua o texto: “Porque não recebeste o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai”, ou seja, os que outrora viviam praticando pecados e eram tratados apenas como criaturas de Deus, ao nascerem de novo foram feitos seus filhos, por adoção, ao mesmo tempo que se tornaram morada do Espírito Santo, quem “testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (vide Rm 8. 14-16).

Para não haver dúvidas sobre essa doutrina, está escrito no terceiro Capítulo da primeira epístola do apóstolo João: “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele. Amados, agora (note o advérbio de tempo que distingue período anterior) somos filhos de Deus…” (1 Jo 3.1,2), significando que “antes” de alguns aceitarem a Jesus como salvador, havia outra filiação que os identificavam, por natureza, como “filhos da ira” (Ef 2.3).

Como é clara a linguagem bíblica reconhecendo a diferença entre criaturas e filhos de Deus, como declarou Jesus aos religiosos de sua época: “Se Deus fosse o vosso Pai, certamente, me amarias…”, completando no mesmo texto: “Vós tendes por pai o diabo…” (vide Jo 8.42-44). Ser filho de Deus é ser “nascido de novo”. Tal realidade posicional está bem definida na epistola de João: “Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: qualquer que não pratica a justiça e não ama a seu irmão não é de Deus” (1 Jo 3.10).

É sempre oportuno refletir sobre esse assunto pois a expressão “Deus é pai de todos” se tornou um adágio popular que é contrário as santas Escrituras. Se alguém quer ser Seu filho só há uma maneira e não outra hipótese: aceitar a Jesus como salvador, para que se cumpra em sua vida o que está escrito: “Ele nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor, em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados” (Cl 1.13,14).

Não há outra condição para alguém ser chamado “filho de Deus”, além de se arrepender dos pecados e aceitar a Jesus como salvador, como está escrito: “mas vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gl 4.4,5).


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