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Vila Velha

Santificação: Comprometidos com a Ética do Espírito

EM FOCO

Aniel Ventura
Aniel Ventura
Natural de Afonso Cláudio (ES), casado com Deuzeny Ribeiro, pai de Fellipe, Evangelista da Assembleia de Deus Ministério de Cobilândia, em Vale Encantado, Vila Velha (ES), Bacharel em Teologia pelo Instituto Daniel Berg.
Santificação: Comprometidos com a Ética do Espírito
Cristãos orando juntos | Foto: Freepik

Escola Dominical – Comentário de apoio da Lição 6, do 1º trimestre de 2021 – Santificação: Comprometidos com a Ética do Espírito – O Verdadeiro Pentecostalismo.

Aniel Ventura

A Bíblia atribui a Deus o título de “Deus Santo”. A ideia principal de santidade é a separação dos modos ímpios do mundo e a dedicação exclusiva a Deus, por amor, para o seu serviço e adoração (Lv 11.44). A santidade é o alvo e o propósito da nossa eleição em Cristo (Ef 1.4); significa ser semelhante a Cristo, ser dedicado e viver para agradar a ele (Rm 12.1; Ef 1.4; Hb 12.14). É o Espírito Santo de Deus que realiza em nós a santificação, que purifica do pecado nossa alma e nosso espírito, que renova em nós a imagem de Cristo e que nos capacita, pela comunicação da graça, a obedecer a Deus segundo a sua Palavra.

I – A SANTIFICAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO

As palavras hebraicas “qadosh” (heb. קָד֛וֹשׁ); “santo” e “qodesh” (heb. קֹ֖דֶשׁ), “santidade”, significa separação do comum ou impuro, e a consagração a Deus (Lv 20.24-26; At 6.13; 21.28). A ideia básica da separação do profano, derivam três aspectos de santidade encontrados nas Escrituras:

1). Divindade. Como Deus é transcendente e independente do universo que criou (1 Rs 8.27), Ele está separado dos seus habitantes e é temido por eles (Êx 19.10- 25; 20.18-21). Assim, a santidade torna-se equivalente à verdadeira Divindade (Ex 15.11; 1Sm 2.2).

2). Santidade cerimonial. Deus, como “o Alto e o Sublime” habita “em um alto e santo lugar”, no entanto está com “o contrito e humilde de espírito” (Is 57.15).

3). Pureza moral. Tem o sentido de comunhão através da aliança e está relacionada ao Deus que é justo e completamente isento de peca­do, essa pureza é a separação do pecado (Is 52.11; 2 Cr 6.17) revela os altos padrões morais de Deus (Lv 20.7,8; Mt 5.48; 1 Pe 1.15,16).

A palavra “qadash” no hebraico (heb. קַדָּשׁ) é usada no Antigo Testamento com o sentido de ser consagrado, santificado no sentido cultual, concernente à pureza das pessoas ou algo usado no culto formal. Entretanto, ser consagrado é a marca característica do cristão, do Antigo e do Novo Testamento, isto é, o adorador no lugar santo deve ter mãos limpas e coração puro, e sem juramento enganoso (Sl 24.3,4).

A palavra hebraica “tãhēr” (heb. טָהֵר), vem de uma raiz primitiva que significa brilhante, puro, não contaminado, não adulterado ou santo.   Essa palavra ocorre com mais frequência em levítico onde foi usada para limpeza ritual tanto de coisas quanto de pessoas (Lv 14.48; 16.19; 22.7).

+ O novo homem em Jesus Cristo

II – A SANTIFICAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO

O pastor Myer Pearlman em “Conhecendo as Doutrinas da Bíblia” diz que Deus nunca esteve só. No entanto não são três Deuses, mas três pessoas independentes e de existência própria. Os três cooperam unidos em um mesmo propósito, de maneira que no pleno sentido da palavra, são “um”. O Pai cria, o Filho redime, e o Espírito Santo santifica; mas, em cada uma dessas operações divinas, os Três estão presentes.

A santificação de pessoas quanto à vida cristã abrange três tempos:

1) Santificação Passada e Instantânea (1 Co 6.11; Hb 10.10,14). É aspectual e posicional, isto é, o crente estando “em Cristo” (Cl 1.20; Fp 1.1). Na Igreja Romana, alguns são “canonizados” (feitos santos) depois de mortos, mas no Reino de Deus é diferente: os salvos são santos aqui, enquanto estão vivos, uma referência a igreja de Cristo (1 Co 1.1,2).

2) Santificação Presente e Progressiva (2 Co 7.1). É temporal e vivencial. É a santificação experimental, ou seja, na experiência humana, no dia-a-dia do crente aqui na terra (1 Ts 5.23; Hb 13.12).

3) Santificação Futura e completa (Ef 5.27; I Ts 3.13). É a santificação final do crente. Ela ocorrerá na Segunda Vinda de Cristo, para levar os seus (1 Jo 3.2; Ef 5.26,27). Seremos então mudados: “num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1 Co 15.52).

Os crentes são santificados (separados ou consagrados) pela obra de Cristo e isto inicia-se através do Espírito Santo no momento que eles creem. É o processo que conduz o crente a ser semelhante a Cristo. Para ser santificado “em tudo”, Deus precisará operar em todas as áreas da vida de uma pessoa; “todo o espírito, alma e corpo” (1Ts 5.23). Esta expressão é a maneira de Paulo dizer que Deus deve estar envolvido em todos os aspectos da vida do crente, assim os conservará irrepreensíveis até a sua volta.

III – A SANTIFICAÇÃO APLICADA AO CRENTE

Os crentes do primeiro século foram incentivados a enfrentar provações e perseguições oriundas dos imperadores. No entanto, nesse tempo, os cristãos não foram perseguidos nem mortos no império romano. mas, eles esperavam também a perseguição social e econômica a partir de três origens principais: os romanos, os judeus, e suas próprias famílias. Para levar vidas santas em um mundo iníquo, os crentes precisavam, “ser sóbrios”, esse termo é traduzido como “ser disciplinados”.

Eles deveriam também “ser santos em toda a maneira de viver” – isto é, ser totalmente devotados e dedicados a Deus (1Pe 1.15,16). A santidade é o desejo e o dever de todo cristão. Devemos vigiar e orar especialmente contra os pecados a que nos inclinamos. A Palavra escrita de Deus é a regra mais segura da vida do cristão; e por esta regra ele nos ordena ser santos em tudo. Como o viajante, o atleta, o guerreiro e o trabalhador, que preparam vestes largas e soltas para estarem preparados para suas atividades, assim devem fazer os cristãos com suas mentes e afetos. Sede sóbrios na opinião e na conduta e humildes em vossos juízos sobre vós mesmos.

A palavra “ética” possui origem no vocábulo grego “ethos” (ήθος), que significa “costumes” ou “hábitos”. No latim, o termo usado corresponde a mós (moral), de “normas” ou “regras”. A ética cristã, objetiva a conduta ideal e a retidão do comportamento cristão. O fundamento moral da Ética Cristã são as Escrituras Sagradas. Entretanto, sua natureza não se altera nem se relativiza. Assim, a Ética Cristã não se desassocia da moral e dos bons costumes derivados das doutrinas bíblicas.

CONCLUSÃO

A fé e a paciência capacitam os crentes a seguirem a paz e a santificação, como quem segue a sua vocação constante, diligentemente e com prazer. A paz com todos será favorável para a busca da nossa santificação. Porém, a paz e a santidade andam juntas; não poderá haver paz justa sem santidade. O apóstolo Paulo ora para que os tessalonicenses pudessem ser santificados com mais perfeição, pois os melhores são aqueles que estão santificados; porém, o estarão somente em parte, enquanto estiverem neste mundo. Portanto, devemos orar pela nossa santificação completa, enquanto prosseguimos adiante, em direção a nossa glorificação (1Ts 5.23).

Bibliografia
– Enfrentando as questões morais de nosso tempo – Douglas Batista – CPAD

– Bíblia Hebraica Stuttgartensia – A.T. Interlinear Hebraico-Português
– Comentário do Novo Testamento Aplicação pessoal Vol.2 – CPAD
– Bíblia de Estudo Palavra Chave – Hebraico e Grego – CPAD
– Teologia Sistemática Pentecostal – Antônio Gilberto – CPAD
– Dicionário Bíblico Wycliffe Charles F. Pfeiffer – CPAD
– Dicionário Vine Completo A.T e N.T. – CPAD
– Comentário Bíblico Matthew Henry – CPAD

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