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Queres ficar no Santuário?

É preciso ter o cuidado de militar de maneira legítima com o objetivo de agradar o Senhor que o alistou dentre tantos para servir no Ministério e ao povo.

EM FOCO

Silvio Vinicius Martins
Silvio Vinicius Martins
Pastor, líder da Assembleia de Deus em Piaçabuçu (AL), graduado em Teologia, articulista, escritor, presidente da Comissão de Apologética da Convenção da Assembleia de Deus no Estado de Alagoas (Comadal)
Queres ficar no Santuário?
A Arca da Aliança | Foto: Ilustrativa/Reprodução

Os sacerdotes e levitas podiam ter enveredado por outros caminhos para aumentar seu meio de vida na sociedade em que trabalhava.

Silvio Martins

Queres ficar no Santuário?

Em meu estudo no Segundo livro de Crônicas deparei-me com esta partícula do texto no qual veio a minha mente algo que quero brevemente compartilhar convosco. Na verdade, relutei para escrever este artigo, todavia, fico com a expressão bíblica oferecida pelo Senhor a Ezequiel: “quer ouçam quer deixem de ouvir” (Ez 2.5), estou expondo meu pensamento sem intenção de maltratar A ou B, mas sim, lutar pelo conservadorismo da exclusividade do ministério a Deus e a seu povo, sem se meter em outras coisas.

Quando lemos este capítulo entendemos que os sacerdotes e levitas estavam desamparados pelo povo que devia assisti-los. Compreendemos isto pelas expressões: “E Josias estabeleceu os sacerdotes nos seus cargos, e os animou ao ministério da Casa do SENHOR”, (35.2); “… e haja para cada um uma porção das casas paternas dos levitas”, (35.5b); “… não necessitaram de se desviarem do seu ministério…”.

Observemos que o rei Josias estabeleceu e animou os sacerdotes a exercerem o ofício sacerdotal dado pelo Senhor determinando que o povo cuidassem deles para não adentrarem em outros negócios e assim abandonassem o ministério sacerdotal. Quando eu tive a certeza de que o Senhor me queria no ministério assentei no meu oração ter uma vida exclusiva para o ministério. Sou cinte de que cada caso é um caso.

Mas, diante do exposto, você pode está pensando que abordarei o assunto bíblico dos dízimos. Até que podíamos escrever sobre esta doutrina bíblica de grande valia para o ministério bíblico, todavia, desejo expressar pela palavra escrita algo totalmente diferente do que você pensa que é. Talvez a curiosidade tenha tomado conta de sua mente. Calma, pois daqui a pouco revelarei o segredo da revelação do texto que me foi dado pelo Senhor.

Quero basear o assunto na primeira parte do versículo 5 e capítulo 35 que diz: “E estai no santuário…”. A verdade é que os sacerdotes e levitas podiam ter enveredado por outros caminhos para aumentar seu meio de vida na sociedade em que trabalhava. Mas a ordem era bem clara que deveriam permanecer servindo exclusivamente ao Senhor e a seu povo. Nas páginas do Novo Testamento vemos que o Ministro do Evangelho é recomendado a não se embaraçar com negócio desta vida conforme a Segunda Carta de Paulo a Timóteo 2.4: “Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes”.

É preciso ter o cuidado de militar de maneira legítima com o objetivo de agradar o Senhor que o alistou dentre tantos para servir no Ministério e ao povo conforme a Segunda Carta de Paulo a Timóteo 2.4,5: “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente”.

Compartilho convosco o interesse de Deus na vida de seus ministros desde a sua instituição por meio de Moisés até a prescrição ordenada por Davi e Salomão conforme vemos em Segundo Crônicas 35.4: “ENTÃO Josias celebrou a páscoa ao SENHOR em Jerusalém; e mataram o cordeiro da páscoa no décimo quarto dia do primeiro mês. E estabeleceu os sacerdotes nos seus cargos, e os animou ao ministério da casa do SENHOR. E disse aos levitas que ensinavam a todo o Israel e estavam consagrados ao SENHOR: Ponde a arca sagrada na casa que edificou Salomão, filho de Davi, rei de Israel; não tereis mais esta carga aos ombros; agora servi ao SENHOR vosso Deus, e ao seu povo Israel. E preparai-vos segundo as vossas casas paternas e segundo as vossas turmas, conforme à prescrição de Davi, rei de Israel, e a de Salomão, seu filho” – grifo meu.

Interessante que este texto diz respeito a dedicação destinada as coisas sagradas, bem como, ao povo eleito pelo Senhor. Consequentemente, vemos nas Epístolas Pastorais tantas prescrições que visam a boa maneira de trabalhar do Ministro e dos Obreiros. Chego a conclusão que a cada dia precisamos reler o texto sagrado para que constantemente façamos uma analise de como precisamos melhorar como líderes escolhidos pelo Senhor.

Entendemos que a ampliação do assunto merece ser destacado também para os modos de vida e comportamental do ministro chamado pelo Senhor para ser um exemplo no meio do povo no qual habita. Ora, isto certamente devia ser contemplado pelas pessoas de todas as classes sociais e políticas a semelhança da mulher de Suném ao proferir a declaração sobre o profeta Eliseu: “… eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus” (2 Rs 4.9). Que Deus se compadeça de nós, Ministros do Senhor, e nos ajude a ter um padrão coerente com as Escrituras de tal maneira que, a semelhança da rainha de Sabá, fiquem pasmados com a nossa maneira de vida geral.

O pensamento que quero abordar neste momento é algo que vai contrariar a muitos e provavelmente desgostar a outro tanto que pensam, logicamente, diferente de mim. Diante disto, vejo como algo normal tais situações. Quando li o texto sagrado de Crônicas veio a mente de que o ministro de Deus deveria deixar de lado e não envolver-se 100%, ou, numa expressão citada: não ficar “junto e misturado”, a política. O ministro do Senhor que foi chamado, escolhido e consagrado para servir a Deus e a seu povo devia (e porque não dizer deve) deixar de se envolver com a política, ou seja, misturar-se 100%, pois muitas das vezes compromete o bom nome do Evangelho e o da denominação que faz parte.

Meu pensamento é que o ministro deve se envolver 100% com as coisas de Deus e deixar com a membresia a oportunidade de entrar na área política. Tenho comigo alguns conceitos a mais, são eles: Primeiro, se o ministro não dirige congregação ou campo eclesiástico a meu ver estaria livre para palmilhar a política, sem a possibilidade de dirigir igreja ao exercer seu mandato político. Segundo, se tem compromisso com congregação ou campo eclesiástico estaria impossibilitado de galgar qualquer cargo público e se quisesse entregasse a igreja.

Aproveito aqui para expor alguns pensamentos que certamente será de grande valia para a igreja e o ministro, a saber:

– Primeiro: O ministro não deve fomentar divisão na igreja por causa de política.

– Segundo: O ministro não deve andar em carreatas ou comícios não importando se tem reuniões cristãs ou não em tais dias.

– Terceiro: o ministro deve sim orientar o povo de maneira correta a escolher os candidatos que tenham o que oferecer a sociedade.

– Quarto: É bom convocar a igreja para buscar ao Senhor com o objetivo de ter um período político com paz e sem desordens, seja fora ou dentro de nosso povo.

– Quinto: Tendo a igreja candidatos o melhor será a conservação em segredo de quem é o candidato do pastor, para que assim não venha entristecer as outras ovelhas que galgam o mesmo cargo.

– Sexto: Não fazer da igreja curral eleitoral.

– Sétimo: Não querer impor a venda de votos dos fiéis em troca de benefícios pessoais ou até mesmo da igreja.

Afinal de contas, sabemos pelas Escrituras Sagradas que o Ministro do Senhor deve ser exemplo para os fiéis (1 Tm 4.12; Tt 2.7; 1 Pe 5.3). O Ministro do Senhor creio que deve induzir o povo a paz, a ordem e não a situações que possam ter confusões, brigas, contendas, inimizades, agressões verbais ou físicas e outras mazelas que infelizmente maculam o bom nome de cristãos e até da denominação que faz parte. Deus não nos chamou para isto! Fomos chamados para propagar a paz, a união, a salvação de Cristo, a amizade e tantas coisas que servem para a edificação do povo de Deus.

O Santo Espírito de Deus iluminou o apóstolo dos gentios, Paulo, na Carta destinada aos cristãos em Roma o seguinte: “Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros” (Rm 14.19). Vejamos que pesa sobre nossos ombros, quer Ministros do Senhor ou não, a responsabilidade de sermos promovedores de coisas boas tanto no convívio cristão como fora. Para ser um obreiro o indivíduo deve ter bom testemunho “dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo” (1 Tm 3.7). E aí? Dá pra perceber que o ministério bíblico é forte e requer muitas coisas que nos diferenciem para que sejamos “irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo” (Fp 2.15).

Meus irmãos, precisamos admitir que o povo está de olhos bem abertos no tocante aos nossos passos para seguir ou não. Lembro que Gideão disse: “E disse-lhes: Olhai para mim, e fazei como eu fizer” (Jz 7.17). Se nossos passos forem de maneira correta o povo seguirá. Mas, se forem desandados o que pode acontecer? Pensemos nisto seriamente! Foste chamado para servir a Deus e seu povo? Então, pra quê enveredar por outro caminho?

Há. Talvez você diga que corre sangue político nas veias. Então, porque aceitou ser Ministro? Observemos: Certa vez perguntaram ao pastor Billy Graham: “Por que o senhor não se candidata a presidente dos Estados Unidos? Teria grande chance de ser eleito!” – Ele respondeu: “Não posso baixar meu nível. Já sou embaixador de Jesus Cristo aqui na terra”. Quantos que já tem perdido este conceito real do pastor Billy. Deus tenha misericórdia de muitos Ministros do Senhor.


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