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Quem não gosta de polêmica, não deve abrir a porta da discussão!

EM FOCO

Robson Aguiar
Robson Aguiar
Teólogo, articulista, comentarista cristão, e pastor presidente da Assembléia de Deus, em Caetés III, Abreu e Lima-PE,

Quem não gosta de polêmica, não deve abrir a porta da discussão!


Quem não quer ouvir, não fala!

Por Robson Aguiar

A palavra é uma via de mão dupla

As mídias sociais não são bons palcos para quem quer discrição e não gostam de críticas. Expor um pensamento, uma ideia, uma opinião, uma postura sobre qualquer tema, vai sim, gerar algum tipo de comentário, seja positivo ou negativo.

A grande questão é se estou pronto para ouvir, assistir ou ler os contrários, se a censura não vai me fazer mal, me adoecer ou coisa do tipo. Tenho que pesar bem na balança se vale ou não a pena entrar nessa seara.

Tem ocasião que não se faz necessário alguém exprimir o que pensa, mesmo assim, tem pessoas que não conseguem ficar caladas, observem o conselho de Salomão quando diz que há tempo pra tudo; tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar, (Eclesiastes 3.7).

Por mais falante que eu seja, ou mais comunicador que queira ser, eu não posso sair por ai falando tudo que me vier à mente.

A Bíblia diz: “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo” (Provérbios 25.11).

Até para falar, eu tenho que ter bom senso, se cabe ou não no contexto o meu parecer, pois, posso causar algum tipo de alvoroço ao me expressar.

Na hora de discordar, também tenho que ser prudente ou não alcançarei meu objetivo, respeitar os mais velhos, saber como dirigir a palavra, esperar a oportunidade, tudo isso é importante para que eu tenha a atenção dos que me ouvem.

Veja o que diz a Bíblia sobre a pressa da palavra: “Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tiago 1.19).

S e o assunto não te diz respeito então não aborde, deixa passar: “O que, passando, se põe em questão alheia, é como aquele que pega um cão pelas orelhas” (Provérbios 26.17).

É possível que um bom teólogo esteja com a língua coçando para dizer que os textos que citei estão fora do contexto, e nisso, eles tem razão, mas, apesar da minha pobre hermenêutica aplicada nessas linhas, invoco aqui a inteligência dos desprovidos de vaidades para que se entenda pelo perímetro contextual a mensagem.

Quem não quer se molhar, diz o ditado, não sai na chuva.

Vez por outra vejo pessoas se tornando centro das atenções por uma pregação, entrevista ou por algo que escreveu, seja em periódicos, livros, revistas ou mídias sociais. Deveriam estar acostumados que nem todos ficam estáticos diante do que leem, assistem ou escutam.

Que há também na comunicação o fenômeno da ação que gera reação, logo, é preciso ter certeza que a saúde não será abalada quando ouvir o que não gosta, não aceita, ou não compartilha.

Seja na área política ou religiosa, ou em qualquer outra área, temos que aceitar o direito legal da discordância.

Liberdade de pensamentos. Isso não deveria acabar amizades, não deveria causar ódio, ressentimentos, deveria ser algo natural, mas, não é o que acontece, principalmente quando o meio é ministerial, discordar pode refletir futuras represálias.

Experimente discordar de renomados teólogos, experimente ser contrário a grupos que se dizem de direitos humanos, experimente ser defensor de algum tema polêmico.

Sou pastor evangélico e tenho amigos gays, ateus, feministas, de religiões afro, calvinistas, sabatistas, evangélicos tradicionais, neopentecostais, e judeus. Também tenho amigos liberais e ortodoxos, católicos e espíritas, e com todos eles convivo pacificamente, divergindo das ideias, mas, preservando os laços de amizade.

Concordar ou não comigo, não torna essas pessoas minhas inimigas, tenho que separar as coisas, e quando alguém de mim discorda, não recorrerei ao clichê que não estudam ou não estudaram o tema, não sabem do que falam por não ter essa ou aquela formação, ou até mesmo por serem neófitos na fé, não tento desqualificar o debatedor, simplesmente contra-argumento baseado no que busquei e aprendi.

Está na hora de decidirmos o que queremos! Se estamos preparados para o debate ou não! Se não gostamos de polêmica, então não abramos a porta da discussão!

Falemos em off, no reservado, in box, na bolha, aí não teremos problemas, pois, do outro lado estará alguém do nosso grupo que comunga as mesmas ideias.

Do contrário, saibamos ouvir, tenhamos equilíbrio nas respostas, sejamos racionais, educados, honestos e simplesmente cristãos.

Fonte: Bíblia Sagrada

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