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Vila Velha

Quando Deus se Revela ao Homem

Jó ficou perplexo diante da resposta de Deus, percebendo quão pouco os seres humanos, realmente sabem e conhecem a respeito do Todo-poderoso.

EM FOCO

Aniel Ventura
Aniel Ventura
Natural de Afonso Cláudio (ES), casado com Deuzeny Ribeiro, pai de Fellipe, Evangelista da Assembleia de Deus Ministério de Cobilândia, em Vale Encantado, Vila Velha (ES), Bacharel em Teologia pelo Instituto Daniel Berg.
Quando Deus se Revela ao Homem
Capa da Lição 12, do 4º trimestre de 2020 – Quando Deus se Revela ao Homem / CPAD

Escola Dominical – Comentário de apoio da Lição 12, do 4º trimestre de 2020 – Quando Deus se Revela ao Homem

Aniel Ventura

O livro de Jó, do capítulo 38 ao 42, traz a resposta mais esperada em questão, pois, por muito tempo ele desejava a presença de Deus, parece até que exigia dele uma resposta, finalmente então ouve sua voz (30.20; 38.1). A manifestação divina nestes capítulos é incisiva, aqui acontece a revelação de Deus diante do sofrimento de Jó e sua resposta às afirmações de seus amigos acerca da retribuição. As palavras divinas definem as questões de modo bastante surpreendente. A resposta de Deus a Jó, vem na forma de perguntas, visando colocar a situação em seu contexto adequado: Deus, o questionador; o homem, o questionado! Tais perguntas começam com a indagação sobre seu paradeiro quando da criação do mundo. Em outras palavras, Deus estaria perguntando: “quem você pensa que é”?

I – A REVELAÇÃO DE UM DEUS PESSOAL

Deus revelou a ignorância de Jó quanto ao propósito divino em tudo quanto estava acontecendo. A resposta do Senhor a Jó mostra que chegará o dia em que Deus responderá a todos quantos o invocam com sinceridade e perseverança, pois o aspecto mais importante em nossa comunhão com Deus não é a compreensão racional de todos os seus caminhos, mas, a experiência e realidade da sua divina presença. Estando nós em plena comunhão com Deus, poderemos suportar todas as provações que tivermos que enfrentar e permaneceremos firmes e inabaláveis (Sl 125.1).

Jó ficou perplexo diante da resposta de Deus, percebendo quão pouco os seres humanos, realmente sabem e conhecem a respeito do Todo-poderoso. Por outro lado, vemos primeiramente na resposta de Deus a Jó, sua presença, misericórdia e amor para com ele. A sua oração, e o seu profundo anseio para achar a Deus, foram por fim atendidos (Jó 23.3; 29.2), confirmando assim que tudo continuava bem entre ele e seu amado Senhor.

O silêncio de Deus em questão, mostra que a razão do sofrimento de Jó não era o assunto mais importante em jogo, tampouco fez menção das suas impensadas e extremadas palavras, muito menos o repreendeu duramente, nem levou em conta a sua precipitação. Deus compreendia o sofrimento de Jó, pois ele está sempre presente, assim usou de compaixão, quanto às suas palavras e sentimentos.

II – A REVELAÇÃO DE UM DEUS SÁBIO

As perguntas feitas a Jó, sobre a criação e as leis que a sustentam, mostram que Jó, mesmo sendo um sábio, pois era temente a Deus, não sabia definir essas coisas (Pv 9.10). Ao falar da criação, Deus mostra como ele a preserva de uma forma amorosa. Assim ele estava dizendo, acima de tudo, que Jó estava inserido e fazia parte também da criação. Ao fazer parte dela, recebia igualmente de Deus seu cuidado paternal.

“Quem prepara para os corvos o seu alimento (Jó 38.41).

Se Deus alimenta os corvos que gritam por socorro, muito mais e melhor ele ouvirá e alimentará as pessoas (criadas à sua imagem e semelhança, a coroa da criação) quando clamarem genuinamente por ajuda. É Deus, que providencia as presas para os predadores, também cuida da presa, como as cabras monteses e as cervas (Jó 38.39-41). Assistindo-lhes em seu momento mais vulnerável, o de dar à luz, assim o Senhor promove a ordem e o equilíbrio em todo o universo.

Jó era íntegro, isso foi reconhecido pelo próprio Deus? Sim, podemos dizer que Jó era um homem perfeito. No entanto, diante de Deus, quão imperfeitas são as nossas perfeições. Diante daquele que é infinito em suas perfeições, o que é perfeito sempre poderá se aperfeiçoar; o bom sempre poderá e precisará melhorar (Fp 3.12; Cl 1.28).

III – A REVELAÇÃO DE UM DEUS PODEROSO E JUSTO

Beemote é entendido como um hipopótamo. Tsur-Sinai considera-o como um “animal imaginário” que representa todos os grandes animais herbívoros criados por Deus. A referência, tanto de Beemote quanto Leviatã é simplesmente para mostrar a Jó, que estes animais indomáveis estavam sob a tutela de Deus e servem para contrastar o poder de Deus com o poder do homem. Entretanto, estes animais podem ter tido nuanças místicas para o autor. Se realmente é assim, ele pode estar se referindo ao mundo espiritual, da sua época, o qual, para a mente popular era povoado por criaturas grandes e amedrontadoras. De todas as hipóteses, assim diz o poeta, essas criaturas estão sujeitas a Deus e foram criadas por ele.

Jó foi um dos três homens mais perfeitos de todos os tempos (Noé, Daniel e Jó), no entanto, confessa sua falta, e reconhece a sua pequenez diante da imensidade de Deus: “Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza” (Ez 14.14; Jó 42.6). Ao submeter-se totalmente a Deus com fé, esperança e amor, mesmo ainda sofrendo, sem saber o porquê de tudo, ficou comprovado que a acusação de Satanás era falsa e assim vindicou o poder de Deus para redimir a raça humana e reconciliá-la consigo mesmo (Jó 1.8-12).

CONCLUSÃO

“Bem sei que tudo podes…” (Jó 42.2). Jó por fim está impressionado com o incomparável poder de Deus. Nenhum dos teus pensamentos podem ser impedidos, significa que Deus pode fazer qualquer coisa que Ele planeja fazer. Jó reconhece que falou acerca de coisas que estão muito além do seu conhecimento e experiência. “Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito” (Jó 42.5) o conhecimento de Jó acerca de Deus era limitado demais. Agora ele mudou — “Agora te veem os meus olhos…”. Jó não confia mais em uma verdade baseada em boatos. Ele foi confrontado pessoalmente por Deus. “Por isso, me abomino…” (Jó 42.6). Jó está dizendo: Não sou nada (SI 58.8). Ao ver Deus, percebe quão insignificante ele realmente é (Is 6.5). O livro de Jó não diz, de fato, por que os justos sofrem em nosso mundo.  Porém, pode ajudar aqueles que sofrem a suportar o sofrimento com paciência, e a manter a fé de acordo com os caminhos de Deus, mesmo quando esses caminhos são obscuros.

Bibliografia
– O Novo Comentário Bíblico A.T. Earl D. Radmacher, Ronald B. Allen e H

– Jó – O Problema do Sofrimento do Justo e o seu Propósito – Claudionor de Andrade
– Comentário Bíblico Beacon – vol 3 – Jó a Cantares – CPAD
– Perguntas de quem Sofre – João Leonel – Ultimato
– Comentário Bíblico de Matthew Henry – CPAD
– Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

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