O diácono precisa compreender a doutrina cristã, crer na doutrina cristã e viver a doutrina cristã. Sua vida, sua família e seu ministério precisam ser pautadas pela palavra de Deus.
Pr. Hernandes Dias Lopes
Depois de elencar as virtudes que devem ornar a vida do presbítero, o apóstolo Paulo passa a falar dos atributos do diácono (1Tm 3.8-13).
Muitas das qualificações do diácono são as mesmas do presbítero. O diácono, diákonos, é o servo que coopera com aqueles que se dedicam à oração e ao ministério da palavra.
Os primeiros diáconos foram nomeados assistentes dos apóstolos. Há dois ministérios na igreja: a diaconia das mesas (At 6.2,3) e a diaconia da palavra (At 6.4); a ação social e a pregação do evangelho.
O ministério das mesas não substitui o ministério da palavra, nem o ministério da palavra dispensa o ministério das mesas. Nenhum dos dois ministérios é superior ao outro. Ambos são ministérios cristãos que exigem pessoas espirituais, cheias do Espírito Santo para exercê-los.
A única diferença está na forma que cada ministério assume, exigindo dons e chamados diferentes. Que são as qualificações do diácono?
1 – O diácono precisam ser um homem respeitável
“Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis…” (1Tm 3.8a). O diácono precisa ser um homem digno de respeito, de caráter impoluto, de vida irrepreensível, de conduta ilibada.
2 – O diácono precisa ser um homem de uma só palavra
“… de uma só palavra…” (1Tm 3.8b). O diácono precisa ser um homem verdadeiro, íntegro em suas palavras e consistente em sua vida. Não é um boateiro, dado a mexericos. Não diz uma coisa aqui e outra acolá. Não é maledicente nem joga uma pessoa contra a outra. Tem peso em suas palavras. É absolutamente confiável no que diz.
3 – O diácono não pode ser um homem inclinado a muito vinho
“… não inclinados a muito vinho…” (1Tm 3.8c).
O diácono deve ser cheio do Espírito (At 6.3) e não cheio de vinho (Ef 5.18). Quem é governado pelo álcool não pode administrar a casa de Deus. A embriaguez e o serviço sagrado não podem caminhar juntos.
4 – O diácono não pode ser um homem cobiçoso de sórdida ganância
“… não cobiçosos de sórdida ganância” (1Tm 3.8d).
O diácono lida com as ofertas do povo de Deus e administra os recursos financeiros da igreja na assistência aos necessitados. Não pode cobiçar o que deve repartir. Não pode desejar para si o que deve entregar para os outros.
5 – O diácono precisa ser um homem íntegro na doutrina e na vida
“Conservando o mistério da fé com consciência limpa” (1Tm 3.9).
O termo “mistério” significa “verdades outrora ocultas, mas agora reveladas por Deus”.
O diácono precisa compreender a doutrina cristã, crer na doutrina cristã e viver a doutrina cristã. Sua vida, sua família e seu ministério precisam ser pautadas pela palavra de Deus.
6 – O diácono precisa ser um homem provado e experimentado
“Também sejam experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato” (1Tm 3.10).
Os candidatos ao diaconato precisam ser primeiramente experimentados, passando por tempo probatório. O treinamento precede à escolha e à ordenação. Primeiro a prova, depois o exercício do ministério.
7 – O diácono é um homem recompensado por Deus
“Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos, justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus” (1Tm 3.13).
Jesus foi o diácono por excelência. Ele não veio para ser servido, mas para servir. Nunca somos tão grandes como quando servimos. No reino de Deus maior é o que serve. No reino de Deus quem tem preeminência não são aqueles que os homens exaltam, mas aqueles a quem Deus enaltece.