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Vila Velha

Posso julgar?

EM FOCO

Robson Aguiar
Robson Aguiar
Teólogo, articulista, comentarista cristão, e pastor presidente da Assembléia de Deus, em Caetés III, Abreu e Lima-PE,
“Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mateus 7:1)

Com base no texto acima muitos neófitos na fé e sem conhecimento teológico dizem que não podemos julgar.

Outro versículo que também é usado para esse falso ensino é o texto que está em Lucas: “Não julguem, e vocês não serão julgados. Não condenem, e não serão condenados. Perdoem, e serão perdoados” (Lucas 6:37).

Ora, se fomos entender o texto literalmente e fora do contexto, então bastava não julgar ninguém e também não seríamos julgados pelo Senhor, mas não é isso que encontramos quando estudamos a Bíblia com profundidade.

Tal interpretação cai por terra quando lemos os textos abaixo:

“Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2 Coríntios 5:10);

“E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras” (Apocalipse 20:11,12).

Todos nós, julgando ou não, seja crente ou incrédulo passaremos por um julgamento celeste ou do Tribunal de Cristo, para recompensa ou do Trono Branco para punição. Mas, então, porque tem tantos textos que repreende julgamentos?

“Há só um legislador que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” (Tiago 4:12)

“Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, façamos o propósito de não colocar pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão” (Romanos 14:13)

“Mas eu lhes digo que, no dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado. Pois por suas palavras você será absolvido, e por suas palavras será condenado” (Mateus 12:36,37).

A resposta está na própria Bíblia, e reside nos critérios que usamos para julgar:

“Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1 Samuel 16:7);

“Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão” (Mateus 7:3-5);

“Portanto, você, que julga, os outros é indesculpável; pois está condenando a si mesmo naquilo em que julga, visto que você, que julga, pratica as mesmas coisas” (Romanos 2:1).

Observou o contexto? O problema não é julgar, mas como julgamos:

“Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça” (João 7:24). Se julgamos a luz da Bíblia não há nada de errado nisso.

Veja que Paulo nos ensina:

“E não vos associeis às obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, condenai-as. Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz” (Efésios 5:11).

Podemos julgar sim, inclusive pastores, profetas e igreja.

Podemos julgar a mensagem:

“Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (Atos 17:11);

“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gálatas 1:8).

Podemos julgar as profecias:

“E falem dois ou três profetas, e os outros julguem” (1 Coríntios 14:29).

Podemos julgar os espíritos:

“Amados, não creiam em qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo” (1 João 4:1)

Ainda tem mais, podemos julgar a todos:

“Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas? Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons” (Mateus 7:16-18)

Perceberam que podemos e devemos fazer juízo das coisas que estão ao nosso redor?

O que não podemos é ser maldizentes, fofoqueiros, caluniadores, tóxicos, rebeldes, problemáticos, difamadores ou algo dessa natureza, mas julgar segundo a Bíblia, nós podemos e temos respaldo pra isso.

Portanto, parem de dizer tolices os que acham que condenar heresias e pecados é julgamento antibíblico.

R.A

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