Pastor Romerito Oliveira diz que já converteu mais de 100 jovens: "O importante é louvar a Deus".
O pastor Romerito de Oliveira diz que já usou o ritmo, aplicado a letras que falam de fé e perdão, até para convencer traficantes a mudar de vida.
Certo de que todo estilo de música é aceito no paraíso celestial, o pastor Romerito de Oliveira, 36 anos, promove uma verdadeira revolução em sua igreja, no Bairro da Penha, em Vitória-ES: lá tem louvores em ritmo de funk.
Ele, que está à frente da igreja Assembleia de Deus Ministério Atos há 9 anos, coordena grupos musicais de forró, pagode e tudo mais que os fiéis desejam ouvir. Além disso, há dança e teatro na igreja como missão para evangelizar os usuários de drogas. O pastor se orgulha ao dizer que converteu mais de 100 jovens.
“Já chegou todo tipo de gente aqui e sei que foi porque eles se identificaram com as músicas. Alguns traficantes deixaram o crime para servirem a Deus e eu me alegro com isso”, revelou.
O pastor Romerito também disse que prefere deixar os músicos mais talentosos cantarem os louvores em ritmos diferentes e garante que o segredo para a evangelização é fazer com que o novo convertido se sinta em casa, por meio dos ritmos musicais e letras que falam de fé e perdão. Para ele, todo ritmo é divino.
“Somos uma igreja de jovens. Se ele quer ouvir funk, que seja com louvores. Se quer ouvir pagode, que seja com louvores. O importante é louvar a Deus, essa é nossa missão, independente do ritmo”, afirmou.
Quanto às críticas, o pastor ressaltou que não dá ouvidos. “É claro que ouvi muitas coisas nesses anos, mas não podemos confundir música do mundo com o louvor, nem ter preconceito com o ritmo.”
Para o pastor Enoque de Castro essa é uma Boa ferramenta para atrair jovens. “A visão do que é sagrado, antigamente, estava sobre a igreja. Hoje, sabemos que nós somos o templo de Deus e que o ritmo para adorar, independente do que for não interfere nesse ato. Essa é uma boa ferramenta para atrair jovens e tem dado certo, pois eles se sentem em casa com os ritmos de todos os tipos e sons. Não existe ritmo satânico e as pessoas devem entender isso antes de julgar os que louvam de formas diferentes”.
A Tribuna