Ignorando completamente o Irã e outros países, que descaradamente violam os direitos das mulheres, ONU condena apenas Israel. Somente Estados Unidos e Canadá foram contra a resolução da Organização das Nações Unidas.
O Conselho Econômico e Social da ONU aprovou duas resoluções declarando Israel o único violador das mulheres e dos direitos humanos no mundo.
O órgão de 54 membros, votou para nomear apenas Israel como um violador dos direitos das mulheres. Entre os membros estão países como Irã, Índia, Paquistão, Sudão, Iêmen, Arábia Saudita e Venezuela, contrários a Israel.
Quarenta nações apoiaram a resolução que afirmava que a ocupação israelense continua a ser um grande obstáculo para as mulheres e meninas palestinas no que diz respeito ao cumprimento de seus direitos.
O corpo exorta Israel a cessar imediatamente todas as medidas que violam os direitos humanos do povo palestino. E enfatiza que os civis palestinos, particularmente mulheres e crianças, respondem pela grande maioria daqueles afetados o conflito.
A ONU Watch é uma organização não-governamental que documenta o viés anti-Israel da ONU. Segundo ela, os Estados Unidos e o Canadá foram os únicos países a votar contra a resolução. Outros nove países se abstiveram.
Pouco depois de aprovar essa medida, os membros do conselho da ONU ainda aprovaram outra resolução. Esta última culpa Israel pelos problemas sociais e econômicos dos palestinos.
Manifestação contra a decisão do conselho
Nikki Haley, ex-embaixadora dos EUA na ONU, usou o twittou para condenar a resolução.
“Me espanta como a ONU tolera votos como esses. É uma completa zombaria dos direitos humanos permitir que Arábia Saudita, Irã, Paquistão e Iêmen citem Israel como o único violador do mundo dos direitos das mulheres. #Embaraçoso”.
It amazes me how the U.N. condones votes like these. It is a total mockery of human rights to allow Saudi Arabia, Iran, Pakistan, and Yemen to name Israel as the world’s only violator of women’s rights. #Embarrassing https://t.co/VOr20Ma9Po
— Nikki Haley (@NikkiHaley) July 25, 2019
Hillel Neuer, diretor executivo da UN Watch, também condenou o conselho.
“A ONU alcançou novos patamares de absurdo isolando Israel sozinho nos direitos das mulheres. Mas não dizendo nada sobre o Irã segurando Nasrin Sotoudeh atrás da prisão. Arábia Saudita encarcerando e torturando ativistas dos direitos das mulheres, e subjugando as mulheres sob severas leis de tutela masculina. Ou no Iêmen negando tratamento hospitalar às mulheres sem a permissão de um parente do sexo masculino”, disse Neuer.
“Quando você tem o Irã, a Arábia Saudita e o Iêmen entre os membros do conselho da ONU acusando Israel de violar os direitos das mulheres, você está no teatro do absurdo”.
A Holanda é um dos países que votaram para condenar Israel. Legisladores holandeses de seis partidos discordaram da votação e submeteram uma consulta parlamentar oficial ao Ministério das Relações Exteriores, perguntando: “Você considera isso proporcional?”. O ministério tem menos de um mês para responder.