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O recurso infalível

Há um recurso sempre presente, com o qual podemos contar, seja qual for a situação.

EM FOCO

Edenin Pontes Neto
Edenin Pontes Neto
Capixaba, natural de Vitória-ES.
O recurso infalível
Foto: Montagem Seara News

Lições da passagem sobre a filha de Jairo e a mulher do fluxo de sangue

Por Edenin Pontes

Que recurso você costuma usar no dia-a-dia diante das adversidades?​ A declaração de Deus, por intermédio do profeta Jeremias é um aviso em alto e bom som: “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor! Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja confiança é o Senhor” (Jeremias 17.5,7).

Existem momentos na vida em que tudo ao nosso redor está simplesmente perfeito: temos um bom emprego, uma condição financeira estável, temos saúde, uma família estruturada, entre outras alegrias. Chegamos ao ponto de nos esquecermos que a nossa vida é feita de momentos bons, onde gozamos das bênçãos do Senhor, mas também de momentos ruins, nos quais passamos por provações.

Quando nos deparamos nesses momentos ruins, muitas vezes achamos que não há mais solução, pois já tentamos resolver a situação de diversas maneiras e em momento algum obtivemos êxito.

Ficamos decepcionados com tudo, pois nada parece cooperar conosco e nos sentimos derrotados.

Todavia, há um recurso sempre presente, com o qual podemos contar, seja qual for a situação. Esse recurso é Jesus!

Mas, muitas vezes nos esquecemos dele, deixando-o em segundo plano em nossas vidas, só o buscando quando todos os meios possíveis se esgotam.

A Bíblia relata nos evangelhos sinóticos, a passagem da filha de Jairo e da mulher que sofria com um fluxo de sangue (Mt 9.18-26; Mc 5.22-43; Lc 8.40-56).

Jairo, tinha uma filha e, era o principal da sinagoga, tendo a seu cargo a administração, conservação e manutenção do edifício, bem como a supervisão da adoração. E, a mulher, cujo nome não é mencionado nas escrituras, tinha um mal incurável que lhe provocava uma hemorragia constante, de maneira que era tida por impura diante da sociedade judaica (Lv 15.25-27), tendo de estar excluída de suas relações sociais.

Enquanto Jairo vivia uma vida abastada e feliz com sua filha, a mulher padecia com médicos vindo a gastar tudo o que tinha em busca de uma solução para o seu mal. E me chama a atenção o período de tempo em que ambos passam por essas experiências: doze anos.

Os doze anos de vida da filha de Jairo, eram os mesmos doze anos de enfermidade da mulher. Por doze anos a menina crescia e ficava cada vez mais forte, enquanto a mulher definhava e ficava cada vez mais fraca.

Observe que, enquanto Jairo gozava de momentos felizes em sua vida, a mulher passava pelas mais difíceis provações. Mas como escrevi acima, a vida é feita de momentos bons e momentos ruins.

A história desses dois personagens vem a se cruzar quando ambos sentem a necessidade de buscar recurso em Jesus.

A filha de Jairo adoece ficando à beira da morte, e ele, então, decide ir ao encontro do Mestre. Ao encontrá-lo, prostra-se aos seus pés rogando-lhe que vá à sua casa e imponha as mãos sobre sua filha para que sare e viva.

Vale atentar para o fato de que Jairo, mesmo sendo o principal da sinagoga, não se importou com a repercussão que sua atitude poderia gerar entre o seu grupo social, mas antes se inclinou diante do Senhor em um ato significativo de respeito e adoração. Prontamente Jesus honrou a confiança, fé e humildade de Jairo, pois o Senhor é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6).

A mulher, por sua vez, ouvindo falar de Jesus, se esforça e também vai ao encontro do Senhor. Ela bem sabia que não poderia estar em meio à multidão, mas também sabia o quanto havia sofrido nesses doze anos de enfermidade e exclusão. Sua fé foi maior que seus medos, tinha convicção que somente em tocar as vestes de Jesus seu sofrimento se extinguiria.

Essa mulher atentou para suas necessidades e deixou para trás as frustrações, manteve sua esperança e se esforçou para alcançar o Senhor. Ela tocou as vestes de Jesus e no mesmo instante sentiu que fora curada de seu mal. Jesus então parou e questionou acerca de quem havia lhe tocado. A mulher, ainda que temorosa, prostrou-se diante do Senhor que lhe disse: “Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vá em paz” (Lc 8.48).

Jesus corresponde à confiança do necessitado, logo a mulher obteve a cura que tanto almejava e que nem mesmo todos os seus recursos financeiros foram capazes de lhe proporcionar.

Note que mais uma vez os altos e baixos da vida se contrapõem. Aquela que antes estava infeliz, passando por provações, agora estava gozando da bênção do Senhor, enquanto aquele que antes gozava das bênçãos, agora estava em provação, tendo o ápice desta, no momento e que lhe chega a notícia de que sua filha já havia falecido.

Neste momento, o desespero bate a porta. Jairo poderia pensar que se o Senhor não tivesse sido interrompido pela mulher doente, sua filha ainda poderia estar viva. Mas, na verdade, essa interrupção era mais uma prova de fé que Jairo precisava passar e o Senhor Jesus, que é perfeito e conhece o íntimo do coração do homem, não permite que no momento mais extremo da provação o desespero tome conta da situação, por isso disse-lhe: “Não temas, crê somente, e tua filha será salva” (Lc 8.50).

Mais uma vez confronto a história destes personagens. É visível que ambos optaram por buscar ao Senhor depois que a situação já se fazia crítica e não podiam, por meios médicos ou financeiros, sanarem seus problemas.

Veja que a filha de Jairo estava à beira da morte, vindo a falecer e a mulher do fluxo de sangue já havia investido tudo o que tinha e não obteve a cura. Entretanto, nos momentos de maior aperto, há recurso em Jesus Cristo.

Para muitos já era tarde para que algo fosse feito em favor da filha de Jairo, mas Jesus simplesmente aproximou-se dela e a ressuscitou.

A mulher doente era considerada imunda e por doze anos não pôde levar uma vida normal. Mas Jesus operou a mudança e a restaurou.

É bem certo que nessa vida passamos por momentos bons e momentos ruins, porém, bem mais certo é, que o Senhor Jesus está sempre pronto a nos ajudar.

Ainda que pareça não haver mais esperança e que sejamos tentados a nos render diante das circunstâncias, o Senhor Jesus pode fazer o impossível, transformar a nossa vida e mudar situações.

Tão somente creia, pois Jesus é e sempre será um recurso suficiente!

“Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente!” (Hb 13.8).


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4 COMENTÁRIOS

  1. Para uma pessoa de fé, encarar as dificuldades percebendo que elas superam as possibilidades não significa rendição ou fracasso. Ao contrário, leva-nos ao reconhecimento da falibilidade humana e seus recursos, e revela como somos dependentes da Graça de Deus. Por isso, meu caro Ed Pontes, seu texto é excelente! Uma edificante mensagem de fé, coragem e ânimo, que motiva a persistência na busca do “impossível”.

  2. Belíssima convicção de que nosso Senhor Jesus Cristo é o único recurso genuíno de resgate em meio às lutas e os bons frutos. Caiba refletirmos sobre o que apóstolo Paulo diz em 1Tessalonicenses 5.18 e ficarmos preparados de sermos comprometidos com Cristo. Parabéns meu amigo, louvo a Deus por pessoas comprometidas com o Evangelho. Que Deus continue te abençoando.

  3. Esse é um dos textos mais impressionante dos sinóticos, duas histórias diferentes que se cruzam em busca de um último recurso!
    Parabens pela reflexão, que Senhor continue te usando..

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