O Espírito Santo é quem convence o homem a respeito do pecado, da justiça e do juízo.
Bom sabemos que alguém que “blasfemar contra o Espírito Santo” não terá perdão.
“Na verdade vos digo que todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, e toda a sorte de blasfêmias, com que blasfemarem; Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas é culpado do eterno juízo” (Marcos 3:28-29).
1) Como entender esse tema interrogativo?
Jesus estava realizando sinais cujo um deles foi a “expulsão dos demônios”. Um detalhe é que esse sinal só ocorre de maneira explícita no Novo Testamento.
Os fariseus que estavam entre a multidão, ao testemunharem esse “feito” que não era algo comum e notório de acontecer na sua contextualidade, chegaram a conclusão que “só poderia ser a obra de Satanás”.
3) Por que os fariseus pensaram dessa forma?
Embora os fariseus tivessem todos os dados escriturísticos, proféticos e geográficos como provas necessárias para evidenciar Jesus como o “Messias”, eles as fizeram de intempéries para o rejeitar através de intenções políticas do partidarismo sacerdotal.
4) Isso mostra a total descrença a respeito daquele que estava realizando tal feito (Espírito Santo).
Os fariseus não aceitaram a ideia de que Jesus era o Messias e por essa razão não entendiam quais eram as obras do Espírito Santo.
“Eis o meu Servo, que escolhi, o meu amado, em quem tenho alegria. Farei repousar sobre Ele o meu Espírito, e Ele anunciará justiça às nações” (Mateus 12:18).
Esse texto reflete uma profecia de Isaías concernente ao Messias e o Espírito Santo.
O Espírito Santo aparece de maneira explícita apenas no Novo Testamento, até então sua manifestação ocorria esporadicamente.
De onde os fariseus tiraram a ideia de que Jesus era um profanador e imaginar de quem eram aquelas obras? Do próprio Satanás, por isso houve a blasfêmia.
“Mas os fariseus, ao ouvirem isso, murmuraram: ‘Este homem não expulsa demônios senão pelo poder de Belzebu, o príncipe dos demônios’” (Mateus 12:24).
5) A implementação de Jesus a respeito da blasfêmia contra a terceira pessoa da Santíssima Trindade está associada a total descrença no Espírito Santo, ao ponto de os fariseus acharem que as obras realizadas por Jesus eram satânicas.
Então Jesus logo os interrogou dizendo, como poderia o diabo fazer tal feito contra ele mesmo? “E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino?” (Mateus 12:26).
A descrença e a falta de discernimento fizeram com que eles creditassem as obras realizadas pelo Espírito Santo a Satanás.
6) Por que houve a blasfêmia em Mateus 12.24? – Devido a falta de crença e discernimento!
Quem blasfema contra o Espírito Santo, ignora a sua existência e a sua operação; logo, anula completamente a obra dEle em sua própria vida.
O associar as obras do Espírito Santo a Satanás, nesse texto, é só um exemplo do que é a descrença e a ignorância. Porém, existem pessoas que blasfemam sem ao menos correlacionar com as obras diabólicas, como por exemplo, zombar da sua existência ou até mesmo o subestimar.
O termo interativo “blasfemar”, traduzido nos evangelhos, não trata apenas de insultar ao Espírito Santo, mas, sim de rejeitar o Evangelho.
Entenda que para alguém chegar a blasfemar contra o Espírito Santo é porque nitidamente já não crê em seu poder e atuação.
7) Por que não há perdão para quem peca contra o Espírito Santo?
“Portanto, Eu vos assevero: Todos os pecados e blasfêmias serão perdoados às pessoas; a blasfêmia contra o Espírito Santo não será, porém, perdoada!” (Mateus 12:31).
Como alguém pode ser perdoado sem crer no Espírito Santo, se Ele quem convence o ser humano do próprio pecado? (Jo 16.8). Ou, rejeitando aquele que apresenta a pessoa do Pai e do Filho? O Espírito Santo convence da verdade e leva a pessoa ao arrependimento. Logo, essa pessoa não é salva porque não crê no Espírito Santo, anulando assim a operação dEle em sua vida.
Se uma pessoa peca contra Deus e o Filho, o Espírito Santo é quem poderá levá-la ao arrependimento convencendo do contrário. Porém, se ela pecar blasfemando contra o Espírito Santo, quem a convencerá do erro? A falta de perdão é condicionada à apostasia e à descrença no Senhor; logo, se a pessoa não crê não pode ser perdoada (Jo 3.18).
8) Não existe pecado que após confessado Deus não possa perdoar.
Por todo pecado confessado com arrependimento, a pessoa alcança perdão e misericórdia. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar todos os pecados e nos purificar de qualquer injustiça” (1 João 1:9).
Contudo, o pecado contra o Espírito Santo, a “blasfêmia”, só não tem perdão devido a situação condicional da pessoa que anula a operação redentora sobre si mesma.