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O Povo de Deus deve Separar-se do Mal

Benção e maldição são coisas reais que também têm efeitos reais.

EM FOCO

Aniel Ventura
Aniel Ventura
Natural de Afonso Cláudio (ES), casado com Deuzeny Ribeiro, pai de Fellipe, Evangelista da Assembleia de Deus Ministério de Cobilândia, em Vale Encantado, Vila Velha (ES), Bacharel em Teologia pelo Instituto Daniel Berg.
O Povo de Deus deve Separar-se do Mal
Grupo de estudo da Bíblia | Foto: Reprodução/Internet

Escola Dominical – Comentário de apoio da Lição 7, do 3º trimestre de 2020 – O Povo de Deus deve separar-se do mal.

Aniel Ventura

O retorno do povo judeu à sua pátria e a reedificação do templo mostram que Deus sempre deseja abençoar o seu povo. Porém os seus métodos não incluem somente o castigo pela apostasia, incluem também a restauração e a esperança para o remanescente fiel, onde Ele dirige o curso da redenção. Isso pode ser visto no Novo Testamento, em que um remanescente dentre os judeus creu em Cristo como o seu Messias, porém o fluxo principal da redenção passou dos judeus incrédulos para os gentios, iniciando na igreja primitiva.

I – SOMENTE OS JUDEUS RETORNARIAM A JUDÁ

Zorobabel e Jesua recusaram-se a associar-se ao “povo misto da terra”, pois o padrão dos israelitas era viver segundo os princípios bíblicos de separação da idolatria, separados das nações ao redor deles. Essa atitude de recusar aceitar uma religião mista levou à oposição e perseguição contra os fiéis de Deus, em que conseguiram até mesmo desanimar o povo fiel, por meio de intimidação, ameaça e deturpação das intenções dos fiéis. (Ed 4.4-24; 2 Tm 3.12). No entanto as Escrituras advertem que Satanás procurará perverter a mensagem de Deus e arruinar o santo remanescente, através de ofertas de cooperação da parte de falsos crentes que não se comprometem com à inspirada revelação da Palavra de Deus (Mt 24.24; At 20.27-31; 2 Co 11.13-15; Ap 2-3). Estejamos cientes de que a adoração ao Senhor traz um importante ensino na Bíblia sagrada. Essa unidade deve basear-se na fé sincera, na justiça e obediência e na verdade revelada por Deus (Ef 4.3-13).

II – OS JUDEUS NÃO ACEITARAM A AJUDA DOS SAMARITANOS

Os inimigos de Deus (os samaritanos (2 Rs 17.24,34) procuraram se infiltrar entre os judeus tentando interromper a construção do templo.

1. Quem eram os samaritanos

Samaritano, significa num habitante da cidade de Samaria, capital do reino de Israel, as dez tribos. Passaram a chamar samaritanos todo o povo desta nação, 2 Rs 17.29. Quando as dez tribos foram transpor­tadas para o cativeiro na Assíria, milhares dos pobres ficaram na terra. Sargom II, rei da Assíria, trouxe gente da Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e de Sefarvaim, para colonizar o país, (2 Rs 17.24). Isso resultou numa raça mestiça, Ed 4.2, 9,10. Assim houve grande conflito entre este povo e os judeus ortodoxos, que tinham sua capital em Jerusalém (Ne 6).

2. Os samaritanos ofereceram cooperação aos judeus

A população mista dese­jou ajudar Zorobabel na construção do Templo, afirmando que adoravam ao mesmo Deus. Mas, quando tiveram seu pedido negado, eles opuseram-se e atrasaram a construção (Ed 4.2­-5).

3. Os samaritanos procuraram aparentar-se com os judeus

Os judeus aparentaram com os Samaritanos através dos casamentos mistos o que, gradualmente, ganhou espaço. Entretanto alguns dos sacerdo­tes deportados foram enviados de volta a Betel para que pudessem lhes ensinar “o cos­tume do Deus da terra” (2 Rs 17.25-28). O texto de Esdras 4.2,10 indica que a prática assíria de miscigenação dos povos teve continuidade no governo do neto e Sargão (Esar-Hadom), e também de seu bisneto (Assurbanipal, chamado Osnapar).

4. Os samaritanos tornaram-se inimigos dos judeus

Os Samaritanos afirmavam que adoravam ao Senhor Deus e que sacrificavam a Ele, igualmente como os judeus. No entanto, tinham seus próprios deuses, e não aceitavam a Palavra de Deus escrita como a autoridade suprema (2 Rs 17.24).  Fizeram uma oferta enganosa de ajuda, na verdade era um sinistro complô para subverter a fé e a dedicação do remanescente que voltara. Por não ser aceitos pelos líderes tornaram-se inimigos declarados do povo de Israel.

III – DEUS EXIGE SANTIDADE DO SEU POVO

O objetivo da purificação é aperfeiçoar a santificação. Isso implica dedicar-se a Cristo e viver uma vida de retidão (Hb 6.1).

1. Retornando do cativeiro, Israel separou-se do mal (2 Co 6.17; 7.1)

Paulo escrevendo aos Coríntios exortou a respeito da influência que os ímpios podem exercer em nossa vida, levando-nos a afastar de Deus.

Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis” (2 Co 6.14). O que significa “não se prender a um jugo desigual”? A ilustração é ligar dois animais diferentes, como um boi e uma mula, para arar um campo. Da mesma maneira, um crente e um não-crente pertencem a categorias diferentes. Ligar-se com pessoas não cristãs poderá ser uma tragédia. O Salmo primeiro orienta: “Bem-Aventurado o varão que não anda”. O paralelismo deste versículo fala de um envolvimento cada vez maior com a perversidade: “andar, deter, assentar”. Da mesma forma, os termos dos ímpios são pro­gressivos: “ímpios, pecadores e escarnecedores”. As figuras deste versículo apresentam o justo ideal, mostra alguém que está no mundo, porém separando dele com suas atitudes.

3. Quando Josué se preparou para passar o Jordão, ele disse ao povo: Santificai-vos

O livro de Josué dá ênfase à ideia de santidade, por isso Josué disse ao povo: santificai-vos. O significado fundamental de santidade é a separação das coisas que são impuras e comuns. Essa atitude traria um resultado positivo, que era a realização de maravilhas. O termo maravilhas é o que hoje corresponde ao que chamamos de milagres. Estas poderosas ações de Deus impressionaram o povo e levaram os isra­elitas a louvá-lo (SI 9.1; 96.3).

3. O anjo do Senhor visita o acampamento israelita

O homem que apareceu a Josué era o próprio Deus, ou Cristo (teofania). A ordem dada a Josué de descalçar os sapatos dos pés é idêntica àquela dada a Moisés na sarça flamejante (Ex 3.5).

Cumpre aqui Josué 1.5 “… como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te desampararei…”. Quando separamos do que é impuro, ou seja, do mundo, Deus manifesta a sua presença.

4. Israel é derrotado pela pequena cidade de Aí

A desobediência trouxe maldição e consequentemente frustração para todos os israelitas. A relação entre obediência e bênção, e desobediência e maldição, é bem ilustrada aqui. Israel não teria mais futuros sucessos até que o pecado fosse descoberto e punido. O hebraico traz várias palavras para pecado. Dentre elas, temos a palavra ‘pecar’, (heb. חָטָא), que neste versículo quer dizer errar o alvo estabelecido por Deus. Já (Peshá – heb. פָּשַׁע) transgredir significa passar dos limites instituídos pelo Senhor.

IV – DEVEMOS MANTER UMA VIDA DE SEPARAÇÃO DO MAL

1. Os judeus mantiveram-se separados dos samaritanos

O povo se obrigou por juramento a guardar a lei de Deus que fora dada por Moisés, para se separar dos povos vizinhos. Dois preceitos foram estabelecidos: casamentos mistos com os pagãos e a observância do sábado. Esse último preceito não somente excluía o comercialismo no sábado, quanto incluía a observância dos demais dias de festa e a promessa de descansar a terra a cada sete anos.

2. A Bíblia mostra exemplos de servos de Deus que duvidaram se valia a pena manter a linha de separação do mal

O salmo 37 é uma série de expressões e instruções em forma de provérbios sobre a sabedoria segundo Deus. Seu tema concerne a atitude do crente ante o aparente sucesso dos ímpios e das aflições dos justos (Sl 49; 73). Os ímpios serão abatidos e perderão tudo que conseguiram na terra, enquanto os justos, fiéis a Deus, desfrutarão da sua presença, ajuda e direção na terra e herdarão a salvação no céu. O Novo Testamento, destaca que a herança do crente é o novo céu e… nova terra (Ap 21.1).

3. Devemos viver conforme a vontade do Senhor

Aqueles que deleitam no Senhor, terão os desejos de seus corações atendidos, se tal desejo estiver em conformidade com a sua vontade (Jo 15.7). Quando temos prazer em Deus e na sua vontade, o próprio Deus põe em cada coração desejos que ele se propõe a cumprir (Fp 2.13).

4. Bênçãos acompanham os que vivem conforme a vontade de Deus!

Benção e maldição, são coisas reais que também têm efeitos reais. Na Bíblia as bênçãos são mencionadas antes das maldições (Dt 28). Entretanto Deus é tardio em irar-se; porém pronto em mostrar misericórdia, Ele tem prazer em abençoar (Ne 9.17). Por isso é melhor sermos atraídos por suas promessas, como crianças aguardando presentes, a vivermos atemorizados por causa da sua ira.

Conclusão

A edificação do templo esteve parada por cerca de quinze anos. Deus então levantou Esdras e Neemias, que instaram com eles para que continuassem a obra. É um sinal de que existe misericórdia reservada para um povo quando Deus levanta profetas para que ajudem no caminho e obra de Deus, como guias, juízes e reis. Em Ageu, vemos que Deus faz coisas grandiosas por sua Palavra, a qual magnifica acima de tudo o seu santo nome.

Comentário de apoio da Lição 6, do 2º trimestre de 2020 – Carta aos Efésios – CRISTO É A NOSSA RECONCILIAÇÃO COM DEUS.

Bibliografia
A história de Israel no Antigo Testamento – Samuel J. Schultz – S.R. Edições Vida Nova

O Novo Comentário Bíblico A.T. Earl D. Radmacher, Ronald B. Allen e H
O Novo Comentário Bíblico N.T. Earl D. Radmacher, Ronald B. Allen e H
Comentário Bíblico de Matthew Henry – Deuteronômio
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

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