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Vila Velha

O Novo Homem em Jesus Cristo

EM FOCO

Aniel Ventura
Aniel Ventura
Natural de Afonso Cláudio (ES), casado com Deuzeny Ribeiro, pai de Fellipe, Evangelista da Assembleia de Deus Ministério de Cobilândia, em Vale Encantado, Vila Velha (ES), Bacharel em Teologia pelo Instituto Daniel Berg.
O Novo Homem em Jesus Cristo
Novo convertido | Foto: Shutterstock Images

Escola Dominical – Comentário de apoio da Lição 13, do 1º trimestre de 2020 – O Novo Homem em Jesus Cristo.

Por Aniel Ventura

Necessário vos é nascer de novo” (Jo 3.7). Jesus mostrou a Nicodemos a necessidade de nascer de novo, expondo a última esperança para a humanidade.

Essa entrevista noturna é a primeira de uma série de encontros individuais entre Jesus e as pessoas que se aproximavam dele com uma fé descabida. Nicodemos, a mulher samaritana e o nobre de Cafarnaum (Jo 3.1-15; 4.1-42; 4.43-54), são exemplos de diferentes opiniões sobre quem era Jesus, e do que Ele podia fazer.

Porém, o fato de encontrá-lo pessoalmente mudou essas convicções, dando um novo norte a vida de tais pessoas.

I – O Nascimento do Novo Homem

O que motivou Nicodemos a procurar Jesus à noite? Talvez para evitar ser visto em sua companhia, em plena luz do dia, por temer a censura de seus companheiros fariseus, que não criam que Jesus era o Messias.

Nesse encontro Jesus desconstruiu o conceito de Nicodemos dizendo: (Jo 3.6,7) “O que é nascido da carne é carne” (gr. sarx – σαρξ). A carne não pode tornar-se espírito. E por isso a necessidade de nascer de novo, isto é, nascer do alto.

O grande amor de Deus nos proporciona a regeneração, ou seja, o nascer do Espírito (Tt 3.5), é o ato pelo qual Deus concede uma vida vitoriosa àqueles que confiam em Cristo. Sem esse nascimento espiritual, ninguém pode ver, ou conhecer as coisas espirituais (1 Co 2.10,11,13-16) nem entrar no Reino de Deus (Jo 3.5).

Parece confuso quando Jesus fala do nascer da água (gr. Ydatos – ὕδατος) e do Espírito (gr. Pneuma – Πνεύμα). No entanto o “nascer da água” tem sido interpretado como batismo nas águas, embora o Novo Testamento defende que alguém nasce de novo pela fé, não pelo batismo (At 10.43-47).

Quando Jesus falou a Nicodemos, sobre o “nascer de novo” (Jo 3.3), ele certamente referia-se à obra purificadora do Espírito Santo no pecador arrependido, é aí que o novo nascimento acontece.

Em Tito 3.5, Paulo fala da “lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”. É como o vento, que embora invisível, é identificado por sua atividade e pelo seu som, assim o Espírito Santo é observado pela sua atividade sobre os nascidos de novo e pelo seu efeito sobre eles, isto é, o Espírito Santo proporciona mudanças radicais na vida daqueles que se entregam a Cristo (Gl 5.22).

II – A Justificação do Novo Homem

A salvação não é um crédito que alguém possa receber (Ef 2.8,9), também ela não é um pagamento pelas obras ou algo de bom que fizemos. Afinal, as pessoas nada podem fazer para angariar a salvação; e, a fé de uma pessoa não pode ser considerada uma “obra” ou base sobre a qual alguém deva se gloriar. A salvação é pela graça de Deus e é aceita através da fé, então “não pode ser uma recompensa”.

Se a salvação pudesse ser conseguida através de boas obras, as pessoas, por natureza, “se gloriariam” quanto às suas boas obras, comparariam a boa qualidade das suas obras com as dos demais, e fariam o bem só para se vangloriarem (Ef 2.9,10).

Se Deus nos oferece salvação, é porque sabe da nossa condição de pecadores, e isso nos separa dele, um Deus Santo (Rm 3.23).

No entanto, Cristo Jesus, nos redimiu, tirou os nossos pecados é por isso que nossa justiça diante de Deus depende inteiramente dele, e só pode ser aceita como um presente que, pela sua graça, nos dá a certeza de aceitação e nos convida a servi-lo da melhor forma possível demonstrando nosso sincero amor por Ele (Rm 3.24).

Quando os nossos pecados são perdoados, nosso registro torna-se limpo e é como se nunca tivéssemos pecado. Deus nos justifica e nos declara livres dos nossos pecados, isto é, o novo homem em Cristo torna-se justo (Rm 3.24).

III – A Santificação do Novo Homem

Como servos de Cristo, estamos mortos para o pecado. Assim como um cadáver não responde às tentações e seduções, nós também não podemos responder a elas.

Somos capazes de viver para a glória de Deus através de Cristo Jesus, porque nos foi dada uma nova vida, um novo modo de viver, e uma promessa segura de vida eterna (Ef 2.5; Cl 2.13).

Se estamos mortos para o pecado, como ele pode ainda reinar em nós? Sim, mas enquanto vivermos em nossos corpos mortais teremos a compulsão para o pecado. No entanto em Cristo temos o poder de não mais deixar que o pecado reine em nossa vida. Nós estamos, de fato, livres da escravidão, porém, a cada dia temos que rejeitar os antigos hábitos que tínhamos quando estávamos escravizados.

Paulo escreveu à Igreja de Corinto, aos chamados por Deus para serem santos, pois nenhum ser humano tem condições próprias para livrar-se da sua culpa. Adão e Eva fizeram vestes de folhas de figueira, contudo, isso não resolveu o problema diante de Deus (Gn 3.7-10).

Boas obras não justificam o homem diante de Deus (Gn 12.16; Ef 2.8,9). Jesus disse que “se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus” (Mt 5.20). E qual era a justiça dos fariseus? Uma justiça fundamentada em boas obras (Lc 18.14).

A frase “esta é a vontade de Deus, a vossa santificação” (1 Ts 4.3) refere-se a um processo que prossegue durante o período de vida de cada crente na terra. Os que aceitaram Cristo como Salvador estão permitindo que o Espírito Santo trabalhe em suas vidas, tornando-os cada vez mais parecidos com Cristo.

O desejo de Deus é que o seu povo seja santificado, por isso os cristãos observam determinados padrões aqui na terra. O cristianismo não é uma lista de “faça isto, ou não faça aquilo”, mas sim um relacionamento no qual os filhos desejam agradar o seu Pai celestial (1 Ts 2.4; 4.1).

Conclusão

O apóstolo João nos mostra em seu Evangelho, Jesus como “o Verbo” (gr. λόγος) “de Deus”. O relacionamento entre o Verbo e o mundo aconteceu através de Cristo; e através dEle, Deus Pai criou o mundo e o sustenta (Jo 1.3; Cl 1.17; Hb 1.2; 1 Co 8.6). “E o Verbo se fez carne” (Jo 1.14).

Em Cristo, Deus fez-se humano com a mesma natureza do homem, porém sem pecado. Este é o postulado básico da encarnação: Cristo deixou o céu, sua glória, experimentou a condição de vida e do ambiente humanos ao entrar no mundo pela porta do nascimento humano (Mt 1.23).

Bibliografia
– Comentário Bíblico do N.T. Aplicação Pessoal – Vol 1 – CPAD

– Comentário Bíblico do N.T. aplicação pessoal – vol 2- CPAD
– O Novo Comentário Bíblico N.T. Earl D. Radmacher, Ronald B. Allen e H.
– Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
– Teologia para Pentecostais – Soteriologia – vol.3
– Teologia Sistemática – Eurico Bergsten – CPAD

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