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Vila Velha

O Ministério de Apóstolo

EM FOCO

Aniel Ventura
Aniel Ventura
Natural de Afonso Cláudio (ES), casado com Deuzeny Ribeiro, pai de Fellipe, Evangelista da Assembleia de Deus Ministério de Cobilândia, em Vale Encantado, Vila Velha (ES), Bacharel em Teologia pelo Instituto Daniel Berg.

O Ministério de Apóstolo

Em seu lugar de exaltação como Senhor e Cristo (At 2.36), Jesus encontra-se entronizado sobre todo o universo (Ef 1.10, 20-30). “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”, como líderes competentes para sua Igreja (Ef 4.10,11). O apóstolo Paulo escreveu aos Efésios, oferecendo um quadro sobre a organização e administração da Igreja do primeiro século.

No capítulo 4 há uma lista das funções dos líderes da Igreja no tempo de Paulo. O ministério de muitos não era confinado a um lugar específico, entretanto era desempenhado de forma itinerante, indo de um lugar para outro, onde o Espírito os impulsionava e aonde Deus os enviava. Outros tinham um ministério local confinado a uma igreja, atuando como pastores e líderes do povo de Deus.

I. O COLÉGIO APOSTÓLICO

Resumidamente, a palavra “apóstolos” (“enviados”) refere-se àqueles indivíduos especificamente chamados, comissionados e autorizados pelo próprio Senhor Jesus Cristo para serem seus representantes na proclamação do evangelho e no estabelecimento da Igreja (Ef 2.20; 3.5).

Segundo escreveu Lucas, Jesus depois de ter passado uma noite em oração, chamou a si os seus discípulos (Lc 6.12,13). Entre os muitos que o seguia nesta ocasião, ele escolheu doze, a quem deu o nome de apóstolos. Jesus não chamou voluntários, escolheu os apóstolos sob a orientação do Pai.

A escolha dos doze homens é de certa forma simbólica, o número doze corresponde às doze tribos de Israel (Mt 19.28), isso mostra a continuidade entre o antigo sistema religioso e o novo, baseado na mensagem de Cristo. Jesus considerou esta escolha como uma reunião do verdadeiro povo de Deus. Tais homens eram os que continuariam o trabalho que as doze tribos não realizaram, isto é, o de edificar a comunidade de Deus (Lc 22.28- 30).

Os apóstolos foram testemunhas oculares das atividades de Jesus na terra e consequentemente foram os que testificaram que Jesus era o Senhor ressurreto (Lc 24.45-48; 1 Jo 1.1­3).

II. O APÓSTOLO PAULO

O livro Atos registra, no capítulo 9, um evento monumental na história da igreja: a conversão de Saulo de Tarso (Saulo é a versão grega do nome Chaul, ou Saul, de origem hebraica. Paulo, deriva do sobrenome romano Paulus ou Paullus, do adjetivo latino que significa “pequeno” ou “humilde”.) Depois de sua conversão, foi o apóstolo de Deus para os gentios (Gl 2.8; Ef 3.8). Ele conduziu a igreja na divulgação do cristianismo “até os confins da terra” (At 1.8). Portanto, Paulo, mais do que qualquer outra pessoa, figura de forma proeminente no restante do livro de Atos dos apóstolos.

Lucas passa o foco da história da igreja para a disseminação do evangelho pelo mundo. Ele mostra a escolha, pelo Espírito Santo, de Paulo e Barnabé para serem missionários especiais, à medida em que a igreja, guiada pelo Espírito, continua a penetrar cada vez mais no mundo além de Jerusalém (At 13).

O objetivo de Paulo e seu grupo, era alcançar a população gentílica da Ásia menor. Eles seguiram as rotas de ligação do império romano, isto tornou a viagem de certa forma mais fácil. Visitaram a terra natal de Barnabé, em seguida, visitaram centros culturais importantes e lugares de grande população, para atingir o maior número possível de pessoas.

Paulo era um fariseu zeloso, inimigo da igreja cristã, a qual perseguiu e capturou os cristãos (At 9.1-3). Ao se intitular como o menor dos apóstolos, ele não estava se desmerecendo (2 Co 11.5; Gl 2.11), antes, compreendia que, enquanto os apóstolos levavam pessoas a serem libertas do pecado, ele intencionalmente perseguia a igreja de Deus. Mas agora tinha plena consciência da profundidade do engano e do pecado dos quais havia sido salvo, dessa forma dizia: “não sou digno de ser chamado apóstolo”. Reconhecia que somente a graça de Deus foi capaz de lhe oferecer tão grande privilégio e responsabilidade.

III. APOSTOLICIDADE ATUAL (Ef 4.11)

Os apóstolos eram emissários, ou embaixadores, em seu sentido mais estrito, referindo-se àqueles que viram a Cristo ressurreto, realizaram milagres e foram especialmente escolhidos por Ele para anunciar as boas novas a todos, como testemunhas oculares de Cristo e “plantadores” de igrejas. Nesse sentido específico, não existem apóstolos hoje, isto é, como aqueles que Cristo escolheu.

“Apóstolos” eram os doze homens que Jesus chamou, porém, outros eram também chamados apóstolos como Paulo (Rm 1.1), Matias (At 1.26), Barnabé (At 14.14), Tiago, irmão de Jesus (G11.19), Silas (1 Ts 2.6), Andrônico, e Júnia (Rm 16.7).

O título de apóstolo, além dos doze parece ser, simplesmente o fato de trabalhar em prol do Reino, edificando os seus alicerces como está em (Ef 2.20). Paulo menciona as características do seu apostolado, tais como “sinais, prodígios e maravilhas” como marcas de um verdadeiro apóstolo (2 Co 12.12).

O posicionamento da ortodoxia cristã defende a tese de que o ministério de apóstolo cessou com a morte dos apóstolos no primeiro século. Sem sombra de dúvidas, a utilização do título “apóstolo” por parte dos pastores é uma apropriação indevida de um ministério, o qual não existe mais nos moldes do Novo Testamento. As igrejas hodiernas precisam ser apostólicas, isto é, fundamentadas na doutrina dos apóstolos, e não simplesmente dar a seus líderes o título de apóstolos (At 2.42).

CONCLUSÃO

Paulo, quando escreveu (Ef 4.11,12), com certeza, tinha em mente a lista dos ministérios relacionados em (1 Co 12.28). A passagem de Coríntios mostra uma lista mais longa de dons espirituais (charismata). Mas em Efésios, Paulo apresenta os ofícios necessários para a expansão e sustento da igreja. Cristo deu os apóstolos à igreja: os ministros supremos, os doze que haviam visto o Senhor ressurreto e recebido suas tarefas diretamente dele. A proposta aqui era preparar o povo de Deus para o serviço cristão, a fim de edificar o corpo de Cristo.

O objetivo destes serviços especiais é ocasionar um aperfeiçoamento para a obra do ministério (Ef 4.12). A expectativa é que haverá um trabalho ativo e frutífero para o Senhor, na certeza de que a igreja será edificada. À medida que as almas são ganhas, a vida da comunidade se fortalece através do Espírito Santo, pelo serviço unificador da Igreja.

Leia também:
Existem apóstolos nos dias de hoje?

Bibliografia
– Efésios – William Barclay – The Letter to the Ephesians – Tradução – Carlos Biagini

– O Novo Comentário Bíblico N.T. Earl D. Radmacher, Ronald B. Allen e H
– Comentário Bíblico Beacon – Gálatas a Filemom – Vol lX – CPAD
– Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento – CPAD
– Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal – Vol l
– Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal – Vol ll
– voltemosaoevangelho.com

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