Onde está o cerne do problema?
Por Robson Aguiar
O “desigrejado” é o membro de uma igreja inexistente. Ele não comunga, não ceia, não tem pastor, nem sequer deveria se sujeitar ao batismo que é um ato dependente de testemunho público de outro membro da igreja.
O “desigrejado” confunde denominação com igreja.
São inúmeras as opções de servir a Deus participando de uma igreja, e todas elas terão problemas. Se não fosse assim, não seria igreja.
Observe a igreja de Corinto: era cheia de poder, entretanto, cheia de problemas. Da mesma forma as igrejas da Ásia menor: Éfeso, Tiatira, Sarde, Pérgamo, Laodicéia, Filadélfia e Esmirna, todas tinham problemas.
Basta olhar os discípulos: Pedro, impulsivo e violento; Felipe, questionador e inseguro; Tomé, incrédulo; Judas, ladrão; João, ambicioso; e, segue-se os demais.
Portanto, considero o “desigrejado” como um revoltado de telhado de vidro. Alguém que se sente acima da média espiritual dos demais irmãos de fé. Contudo, a arrogância de seu próprio monastério o denuncia e desconstrói todos os seus argumentos.
Por isso, talvez o problema não seja a igreja, e sim ele mesmo.