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Tecnologia 5G gera preocupações de eventuais riscos à saúde

EM FOCO

Edenin Pontes Neto
Edenin Pontes Neto
Capixaba, natural de Vitória-ES.
Tecnologia 5G gera preocupações de eventuais riscos à saúde
A tecnologia 5G ainda está em fase de testes no Brasil. (Foto: Getty Images)

A tecnologia 5G usa ondas de frequência mais altas do que as redes móveis anteriores. A radiação usada levou algumas pessoas a se preocuparem com o eventual aumento dos riscos à saúde.

A tecnologia 5G, quinta geração de internet móvel, já é uma realidade presente em alguns países. Funciona desde abril na Coreia do Sul como também em algumas partes dos Estados Unidos. Recentemente entrou em operação em algumas cidades do Reino Unido.

No Brasil, a nova tecnologia ainda está em fase de testes com previsão de estar disponível por volta de 2023.

Apesar de já estar sendo implantada, a nova tecnologia tem gerado questionamentos sobre eventuais riscos da radiação à saúde.

Mas será que essas preocupações em relação à saúde têm fundamento?

O que tem de diferente no 5G?

Assim como as tecnologias móveis anteriores, as redes 5G dependem de sinais transportados por ondas de rádio. Elas são transmitidas entre uma antena e o seu telefone celular.

Estamos cercados o tempo todo de radiação eletromagnética provenientes de sinais de rádio e televisão. Além de uma série de tecnologias, incluindo smartphones, e de fontes naturais, como a luz solar.

O 5G usa ondas de frequência mais altas do que as redes móveis anteriores. Isso permite que mais dispositivos tenham acesso à internet ao mesmo tempo e numa velocidade mais rápida.

Essas ondas percorrem distâncias mais curtas pelos espaços urbanos, exigindo mais antenas transmissoras do que as tecnologias anteriores. Dessa forma as antenas são posicionadas mais perto do nível do solo.

Quais são as preocupações?

Algumas pessoas se preocupam com o eventual aumento dos riscos à saúde, os quais incluem certos tipos de câncer. Essa preocupação é motivada pela radiação eletromagnética usada por todas as tecnologias de telefonia móvel.

Em 2014, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não constatou efeitos adverso à saúde causado pelo uso de telefones celulares.

Entretanto, a OMS junto à Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer classificou toda radiação de radiofrequência como “possivelmente cancerígena”.

Ela recebeu esta classificação porque há evidências não conclusivas de que sua exposição pode causar câncer em seres humanos.

Comer legumes em conserva e usar talco em pó, por exemplo, é classificado com o mesmo nível de risco. Já a ingestão de bebidas alcoólicas e o consumo de carnes processadas é colocado numa categoria de risco maior.

Relatório de toxicologia

Um relatório de toxicologia divulgado em 2018 pelo Departamento de Saúde dos EUA, citado por aqueles que têm receio em relação à nova tecnologia, mostrou que ratos machos expostos a altas doses de radiação de radiofrequência desenvolveram um tipo de tumor cancerígeno no coração.

Para este estudo, o corpo dos ratos foi exposto à radiação de telefones celulares durante nove horas por dia todos os dias durante dois anos, mesmo antes de nascerem.

Não foi identificada nenhuma associação com o câncer no caso das fêmeas ou camundongos analisados. E foi constatado, inclusive, que os ratos expostos à radiação viveram mais tempo que os do grupo controle.

Um cientista que participou da pesquisa afirmou que “a exposição usada nos estudos não pode ser comparada diretamente à exposição que os seres humanos são submetidos quando usam telefone celular”, mesmo em relação a quem usa muito.

Frank De Vocht, que oferece consultoria ao governo sobre segurança de telefonia celular, diz que “embora algumas pesquisas sugiram uma possibilidade estatística de aumentar os riscos de câncer para quem usa muito (celular), até agora a evidência de uma relação causal não é suficientemente convincente para sugerir a necessidade de uma ação preventiva”.

No entanto, um grupo de médicos e cientistas pediu a suspensão do lançamento da rede 5G para a União Europeia.

As ondas de rádio não são ionizantes

A banda de onda de rádio, usada em redes de telefonia celular, não é ionizante. De acordo com o pesquisador David Robert Grimes, especializado em câncer, isso significa que não há energia suficiente para separar o DNA e causar danos celulares.

Somente nos níveis mais altos do espectro eletromagnético há riscos claros de exposição prolongada à saúde. Ou seja, muito acima das frequências usadas pelos telefones celulares.

Os raios ultravioletas do Sol se enquadram nessa categoria prejudicial à saúde e podem levar ao câncer de pele.

Há limites rigorosos para exposição a níveis de radiação ainda mais altos que podem provocar efeitos nocivos no corpo humano. Alguns exemplos são os exames de raios-X e raios gama.

“As pessoas estão compreensivelmente preocupadas com a possibilidade de elevar o risco de câncer. Mas é crucial observar que as ondas de rádio são muito menos fortes do que a luz a que estamos expostos todos os dias”, diz Grimes.

“Não há evidência confiável”, diz ele, “de que os telefones celulares ou redes sem fio causem problemas de saúde.”

Tecnologia 5G gera preocupações de eventuais riscos à saúde
A tecnologia 5G já é realidade na Coreia do Sul desde abril. (Foto: Getty Images)

Devemos nos preocupar com as antenas?

A tecnologia 5G exige estações-base novas, ou seja, de antenas que transmitem e recebem sinais de telefones celulares.

Mas, com a instalação de mais transmissores, será possível operar com menores níveis de energia do que a tecnologia 4G. Isso significa que o nível de exposição à radiação das antenas de 5G será menor.

As diretrizes do governo do Reino Unido sobre as estações-base de telefonia móvel preveem que os campos de radiofrequência em locais normalmente acessíveis ao público são bem inferiores aos níveis recomendados.

E os riscos de aquecimento?

Parte do espectro 5G permitido pelas diretrizes internacionais está dentro da faixa de micro-ondas. As micro-ondas geram calor nos objetos pelos quais passam.

No entanto, nos níveis utilizados pelo 5G e nas tecnologias móveis anteriores, os efeitos do aquecimento não são prejudiciais. Como explica o professor Rodney Croft, consultor da Comissão Internacional de Proteção contra Radiação Não Ionizante (ICNIRP).

“O nível máximo de radiofrequência que alguém pode ser exposto pelo 5G, ou qualquer outro sinal em áreas comunitárias em geral, é tão pequeno que nenhum aumento de temperatura foi observado até agora”.

Limites à exposição

O governo do Reino Unido diz que “embora seja possível haver um pequeno aumento na exposição geral às ondas de rádio quando o 5G for introduzido à rede existente, a expectativa é que a exposição geral permaneça baixa”.

A faixa de frequência dos sinais 5G que serão introduzidos está dentro da banda não-ionizante do espectro eletromagnético e bem abaixo daqueles considerados prejudiciais pela ICNIRP.

“A exposição que o 5G vai gerar foi analisada em profundidade pela Comissão Internacional de Proteção contra Radiação Não Ionizante, e as restrições foram estabelecidas bem abaixo do menor nível de radiofrequência relacionada ao 5G que demonstrou ser nociva”, destaca Croft.

A Organização Mundial da Saúde afirma que a exposição a frequências eletromagnéticas abaixo dos limites recomendados pelas diretrizes da comissão não parece ter nenhuma consequência conhecida sobre a saúde.

Adaptado da BBC Brasil
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