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Israel acelera plano de construção de mil casas em Jerusalém Oriental

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Edenin Pontes Neto
Edenin Pontes Neto
Capixaba, natural de Vitória-ES.

Anúncio de plano ocorre apesar de os EUA alertarem que construção pode ‘envenenar atmosfera’ entre Israel e aliados.

Israel acelera plano de construção de mil casas em Jerusalém Oriental
Palestinos trabalham em um canteiro de obras de um novo projeto de habitação em Jerusalém Oriental (Gali Tibbon / AFP).

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, decidiu acelerar o planejamento de mil novas casas de colonos em Jerusalém Oriental, informou um funcionário do governo nesta segunda-feira. O anúncio da construção na área que os palestinos desejam ver como sua futura capital ocorre apesar de os Estados Unidos ressaltarem que a medida poderia “envenenar a atmosfera” na cidade — cenário de confrontos diários depois que um palestino matou duas pessoas em um atropelamento —, além de distanciar Israel de aliados próximos.

“O governo decidiu antecipar o planejamento de mais de mil unidades em Jerusalém: cerca de 400 em Har Homa e cerca de 600 em Ramat Shlomo”, afirmou um funcionário do gabinete de Netanyahu, referindo-se a dois assentamentos já existentes no local.

Logo após o anúncio, o ministro das Finanças, Yair Lapid, do partido centrista Yesh Atid, condenou a medida. Lapid ressaltou que a ação iria prejudicar as relações entre Israel e os EUA, que já passam por um momento de turbulência. Na semana passada, a Casa Branca negou pedidos do ministro da Defesa israelense de reunião com assessores de segurança nacional.

Autoridades palestinas também rejeitaram o plano e consideraram a medida como um obstáculo à criação do Estado independente que buscam na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com Jerusalém Oriental como sua capital. Em contrapartida, Israel considera a cidade como sua capital “indivisível e eterna”.

“Condenamos fortemente o mais recente anúncio de Israel de expandir seus assentamentos ilegais e em torno de Jerusalém Oriental ocupada, a capital do Estado da Palestina”, afirmou o negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, em um comunicado.

O anúncio, que segundo um integrante do partido palestino Fatah provocará “uma explosão”, provoca temores de uma onda de violência generalizada. Jerusalém tem sido cenário de confrontos diários nos últimos dias, após o assassinato de um bebê israelense de 3 meses e de uma mulher atropelados por um carro. O motorista, um jovem palestino, avançou em uma multidão que desembarcava em uma estação de trem.

No domingo, durante o enterro do motorista, acusado de atentado terrorista, foram registrados novos confrontos. Vinte pessoas ficaram feridas nos distúrbios, segundo o Crescente Vermelho palestino, e a polícia israelense anunciou a detenção de oito pessoas.

A decisão do governo israelense também deve provocar rejeição da comunidade internacional, que considera a colonização como um entrave para resolver o conflito na região. Outra medida adotada no domingo pelo gabinete de Netanyahu foi criticada por defensores dos direitos humanos. Agora, os trabalhadores palestinos em Israel não poderão entrar nos mesmos ônibus que os colonos para retornar à Cisjordânia.

Fonte: O Globo

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