


Estima-se que 1,85 milhão de pessoas tenham sentido o efeito do ciclone Idai em Moçambique, Zimbabwe e Malawi.
Moçambique foi atingido pelo ciclone tropical Idai, o mais forte desde o ‘Jokwe’ em 2008. Segundo a Nasa, a maior parte da atividade de ciclones tropicais no sudoeste do Oceano Índico ocorre entre outubro e maio, com pico em meados de janeiro e fevereiro, até o início de março.
Ciclone
O Idai é o sétimo ciclone tropical intenso da temporada 2018-2019, e originou-se de uma depressão tropical que se formou na costa leste de Moçambique em 4 de março.
Com ventos de mais de 170 km/h, acompanhados de violentas tempestades, o ciclone Idai atingiu Moçambique deixando um rastro de desolação.
O Idai se tornou sinônimo de destruição, inundação e morte. Por onde passou derrubou casas, provocou enchentes, carregou pontes, e interrompeu estradas. Depois de destruir a cidade portuária de Beira, a segunda maior do país no dia 14 de março, o ciclone continuou sua devastação seguindo para o Zimbabwe e o Malawi, que fazem fronteira com Moçambique.
Leia também: As inundações em Moçambique deixaram vários mortos
Estima-se que aproximadamente 1,85 milhão de pessoas tenham sentido o efeito do ciclone Idai, além de cerca de 700 mortes nos três países. Moçambique foi o mais assolado. Dezenas de milhares de casas foram destruídas e centenas de milhares de pessoas foram deslocadas ao longo de uma área de cerca de 3 mil quilômetros quadrados.
Alerta
De acordo com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, aproximadamente um milhão de crianças estão precisando de assistência urgente. Mas, este número pode crescer, porque é possível que vilarejos inteiros em locais ainda não alcançados, tenham sido devastados pelo ciclone.
Diante dessa catástrofe, a ONU alerta que este pode ser mais um alarme sobre os perigos da mudança do clima. Não obstante, os cientistas observam que eventos climáticos isolados não possam ser atribuídos à mudança climática, também dizem que o aquecimento global está causando episódios mais extremos de chuvas e tempestades, ondas de calor sufocantes, colheitas cada vez menores e uma escassez de água cada vez maior em todo o mundo.