Decisão envolve também golfinhos, mas não peças de marfim.
Trabalhadores açougueiro uma baleia bicuda de Baird no porto de Wada em Minamiboso, ao sudeste de Tóquio – Reuters
O varejista online Rakuten afirmou que vai abandonar até o final de abril todas as vendas de carne de baleia e golfinho, depois de esta semana a Corte Internacional de Justiça de Haia ter ordenado que o Japão pare imediatamente de caçar baleias no Oceano Sul.
O veredito de segunda-feira (31/03), no entanto, não cobre a venda de carne de baleia no país, que é legal, ou a caça a um número delas no noroeste do Pacífico e em suas águas costeiras.
As aquisições da Rakuten incluem a Buy.com (agora Rakuten Shopping) nos EUA e a Play.com no Reino Unido. Ela é dona da empresa de leitores de e-books Kobo e importante acionista do Pinterest. “A Rakuten, que expandiu sua presença global em anos recentes, também pediu a suas subsidiárias que removam todos os itens relacionados de suas vendas”, disse uma fonte do varejista.
Até recentemente, o site da companhia tinha mais de 28.000 anúncios de produtos derivados de presas de elefantes e 1200 de baleias, de acordo com a Agência de Investigação Ambiental e a Humane Society International. As vendas cobriam não apenas carne, mas ainda pele, ossos, e outros produtos.
“Há no Japão um enorme comércio ilegal de marfim e os milhares de anúncios na Rakuten ajudam a fomentar a matança em massa de elefantes em toda a África”, disse Allan Thornton, presidente da agência. “Estamos pedindo à empresa que pare imediatamente a venda de produtos de marfim”.
Clare Perry, também da agência, afirmou que “a remoção dos produtos das baleias são um passo bem-vindo e um reconhecimento claro da empresa que as vendas são perigosas tanto para sua reputação internacional como para a saúde dos consumidores”. Eles contêm até 20 vezes o nível de mercúrio recomendado pela agência de regulamentação japonesa de alimentos, informa o International Business Times.
Fonte: Planeta Sustentável