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Liderados por estudantes, protestos contra mudanças climáticas ganham o mundo

EM FOCO

Edenin Pontes Neto
Edenin Pontes Neto
Capixaba, natural de Vitória-ES.
Liderados por estudantes, protestos contra mudanças climáticas ganham o mundo
Manifestantes contra a mudança climática, nesta sexta-feira em Sydney. (Foto: Paul Braven / EFE)

Milhões de pessoas no mundo, lideradas por estudantes, saem às ruas reivindicando medidas eficazes em defesa do meio ambiente. Greve desta sexta-feira culmina com uma manifestação em Nova York encabeçada pela ativista Greta Thunberg.

“Menos discursos e mais ação para deter o aquecimento global”. Esta mensagem foi reiterada pela Organização das Nações Unidas (ONU) nos últimos dias aos líderes mundiais. Nesta sexta-feira (20), às vésperas da cúpula da ONU, milhões de pessoas, lideradas por estudantes, gritaram o mesmo nas ruas.

Dezenas de milhares fizeram isso na Austrália e outros países do Pacífico. Foi o início de uma mobilização escolar global para exigir medidas urgentes contra a catástrofe ambiental.

De Sydney a São Paulo, passando por Berlim, Bruxelas, Washington e a Cidade do México. Alunos fecharam seus cadernos e participam dos protestos, que já surgem como gigantescos em cidades como Nova York.

À frente desta marcha está a ativista sueca Greta Thunberg, de apenas 16 anos. Ela é impulsionadora do movimento Fridays for Future (“sextas-feiras pelo futuro”).

Ao todo, estão programados mais de 5.000 atos em 156 países ao longo da semana. Seu auge será na próxima sexta-feira, dia 27, em uma greve climática mundial. Nela participarão não só estudantes, mas também de milhares de entidades da sociedade civil.

“Deixem de negar que a Terra está morrendo”, dizia um cartaz levado por um estudante no protesto de Sydney. “Não começamos isso, mas estamos tentando combater”, dizia outro.

As redes sociais mostram estudantes reunidos nas capitais de vários Estados australianos, como também em do interior, como Alice Springs.

Nos protestos desta sexta-feira, inspirados por Greta Thunberg, os estudantes falam a uma só voz sobre os efeitos da mudança climática no planeta, que não são coisa do futuro, mas sim do presente.

Na próxima segunda-feira, 23 de setembro, os líderes mundiais se reunirão na Cúpula do Clima em Nova York.

Acordo de Paris

O Acordo de Paris, foi selado em 2015 para conter o aumento de temperatura em dois graus Celsius. Além de tentar, na medida do possível, deixá-lo em 1,5.

Mas com respeito aos níveis pré-industriais, o acordo não impediu que as emissões e as temperaturas atingissem níveis recordes recentemente. Como também que fenômenos meteorológicos extremos, como o furacão Dorian, sejam cada vez mais frequentes.

O Covering Climate Now é um consórcio global de mais de 250 meios de comunicação, que inclui o EL PAÍS. Nesta semana, o secretário-geral da ONU, António Guterres, foi enfático numa entrevista ao consórcio.

“É preciso fazer as pessoas entenderem que há uma emergência climática hoje. Que o problema da mudança climática é de hoje. A saúde pública está ameaçada hoje. Que o mar está subindo hoje e que as temperaturas já estão provocando problemas muito graves”.

O Covering Climate Now é voltado para fortalecer a cobertura informativa sobre a luta contra a mudança climática. Esta terá, já na próxima segunda-feira (23), seu novo capítulo na cúpula da ONU.

Nesse dia, a organização reunirá os líderes mundiais para pressioná-los. Também apresentará planos mais exigentes para a redução das emissões de forma a permitir o cumprimento da meta de Paris. Este processo continuará na cúpula climática de dezembro em Santiago (Chile).

Autorização para mobilizações

A ONU exige mais ambição dos Governos para combater a crise climática, mas medidas concretas demoram para chegar. E, pelo caminhar, a emissão de gases do efeito estufa aumentará em 10% ao invés de ser reduzido em 45%.

Enquanto isso, os jovens abraçaram a causa defendida por Greta Thunberg e estão mostrando o caminho.

E há quem não esteja gostando. O ministro das Finanças da Austrália, Mathias Cormann, afirmou ao Parlamento que estudantes não deveriam participar do movimento de protesto. “Os estudantes precisam ir para a escola”, afirmou.

Mas não é o que acham as autoridades de Nova York. Elas facilitaram a mobilização desta sexta-feira: 1,1 milhão de alunos de escolas públicas têm autorização para faltar às aulas.

Também o secretário-geral da Anistia Internacional, Kumi Naidoo, dirigiu uma carta a 30.000 colégios do mundo pedindo a seus responsáveis que permitam aos alunos participarem das mobilizações desta semana.

A campanha está a caminho de se tornar a maior mobilização climática da história. O Fridays for Future é a organização que canalizou os protestos ambientais dos estudantes em todo o mundo. Ela já conta com uma lista de mais de 5.225 eventos em 156 países. A previsão é de que os eventos ocorram entre 20 e 27 de setembro. Além destes, outros eventos se somam a cada dia.

Os adultos também se unirão aos jovens. A plataforma 350.org estima que mais de 73 sindicatos, 820 organizações e 2.500 empresas já manifestaram seu apoio às greves.

Com informações do EL PAÍS
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