Israel parou por dois minutos nesta quinta-feira (02) para homenagear os seis milhões de judeus assassinados no Holocausto.
No Dia do Memorial do Holocausto a nação inteira uniu-se com um coração de tristeza. Todas as pessoas pararam por um período de dois minutos em homenagem aos heróis e mártires.
Pessoas de outras partes do mundo e que estavam em Israel também homenagearam as vítimas do Holocausto.
“É a primeira vez que estamos aqui durante o memorial do Holocausto e foi muito poderoso. Foi algo que nunca vimos, todos se agrupam como país, isso foi incrível”, disse Robert Dunn, da Filadélfia.
Até mesmo os mais jovens aproveitaram o momento para homenagear as vítimas. Dois irmãos da Califórnia disseram que não estudaram o Holocausto na escola, mas sabiam do que se tratava.
“Nós congelamos, porque nos lembramos dos judeus que estavam na guerra e morreram. Que isso não aconteça novamente”, disse Benjamin Weiss, de 6 anos.
“Meu pai acabou de me contar sobre isso e também penso em minha bisavó Bubbe Ida, que sobreviveu ao Holocausto”, acrescentou Aviv Weiss, de 8 anos.

Cerimônia do Dia do Memorial do Holocausto
Os eventos começaram na noite anterior, quando a bandeira de Israel foi rebaixada a meio mastro no Memorial do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente Reuven Rivlin discursaram na cerimônia de abertura do Dia da Memória dos Yom HaShoah – Os Mártires e Heróis do Holocausto.
Ambos falaram sobre o crescente antissemitismo e a necessidade de combatê-lo.
“Vivemos hoje em um paradoxo, a admiração mundial pelo Estado judaico é acompanhada em certos círculos pelo surgimento do ódio aos judeus”, disse Netanyahu.
“A direita radical, a esquerda radical e os grupos islâmicos radicais concordam apenas em uma coisa: ódio aos judeus… Esta não é uma crítica legítima a Israel… mas um ódio sistemático, venenoso e superficial que constantemente mina a legitimidade do Estado-nação judeu e apenas do Estado-nação judeu”, completou.

“Forças políticas onde antissemitismo e racismo são parte de sua língua, de seu legado ou de sua ideologia, nunca podem ser nossos aliados… não existe tal coisa como amar Israel e odiar os judeus, assim como não existe amor aos judeus odiando Israel”, disse Rivlin.
Israel se lembra do holocausto todos os anos. Baseiam-se de acordo com o calendário hebraico no aniversário da Revolta do Gueto de Varsóvia de 1943.
Embora os combatentes judeus tenham sido quase todos mortos, isso marcou uma mudança de pensamento. Mais tarde, ajudou a moldar a identidade nacional de Israel, simbolizando a luta pela sobrevivência contra probabilidades impossíveis.