Assembleia de Deus, usos e costumes
Por Robson Aguiar
“Buscando as diversas culturas do mundo, vemos que cada povo tem sua própria ideia a respeito de um assunto qualquer. Cada povo considera sua ideia como universal e a única correta. Tomemos como exemplo a maneira de se vestir. Muitas vezes uma determinada vestimenta que, para um povo, encaixa-se totalmente nos seus conceitos de modéstia, para outro povo é totalmente escandalosa”.[1]
Toda sociedade tem seus usos e costumes e a igreja como grupo social não seria diferente. Por mais que hajam críticas sobre alguns hábitos praticados atualmente pelas Assembleias de Deus e também algumas tradições em nosso meio, por acharmos que estão em desuso, não podemos exigir o divórcio total de todas as nossas práticas, pois de qualquer forma sempre teremos algum tipo de modelo social a ser seguido.
Para entendermos com mais profundidade os nossos usos e costumes, seria necessário fazermos um estudo sociológico e até antropológico do nosso povo. Contudo não temos essa pretensão em tão pouco espaço.
De forma geral podemos afirmar que costumes são ações tidas como regras sociais a partir do processo repetitivo de suas práticas. O prolongamento dos costumes podem transformá-los em obrigação.
Também precisamos compreender que é da nossa relação com os valores que nascem nossos costumes. Por sua vez os valores são produzidos pelo nosso conhecimento e percepção que temos das coisas que estão ao nosso redor. Essa análise pode ser executada pelo filtro empírico ou pela peneira de nossas pesquisas tendo por referência a Bíblia.
Já saliento que não sou favorável a total abolição dos nossos usos e costumes, mas questiono sua observância e finalidade nos dias atuais.
É buscando o porquê disso tudo, que procuraremos entender a razão dessa nossa cultura.
Entendemos que a igreja faz parte de uma sociedade diferenciada das demais, pois já no seus nascedouro é uma instituição divina, e representa uma espécie de protótipo dos futuros cidadãos celestes. A igreja tem a responsabilidade de ser um modelo ético-moral para três grupos sociais; os judeus, os gentios(não cristãos), e o nosso próprio grupo.
Observem o texto
“Assim, seja comendo, seja bebendo, seja fazendo qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus. Não vos torneis motivo de tropeço nem para judeus, nem para gregos, nem para a Igreja de Deus” (1 Corintios 10.32).
Por essa razão que dentro do contexto social em que vivemos, temos que procurar expressar em toda a nossa maneira de viver o que é tido como mais respeitável entre os homens, sem que os diversos segmentos sociais que nos cercam vejam em nós uma conduta anticristã e contraditória à nossa filosofia de vida
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Filipenses 4:8).
Isso não quer dizer que vamos viver de acordo com os princípios do estoicismo[2], nossa missão é outra, as virtudes devem nos seguir como frutos do nosso novo modelo de vida em Cristo.
“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei” (Gálatas 5:22,23).
Fica claro que a maneira como nos apresentamos e o nosso comportamento determinam a que grupo social pertencemos. Isso não é uma peculiaridade nossa, afinal qualquer outro grupo pode também ser identificado a partir dos seus princípios.
Reflita sobre esse texto
“Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos. Mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras” (1 Timóteo 2:9,10).
Sobre isso, vale salientar que temos hoje uma infinidade de grupos sociais vivendo em sociedade com características bem distintas uns dos outros. São denominados de tribos, possuem linguagem próprias e um estilo de vida diferente dos considerados formais, sendo que alguns desses grupos chegam a chocar os diferentes, pelo estereótipo quase mutante com que se apresentam.
Isso nos leva a considerar que como igreja precisamos ter uma identidade que nos distingua dos demais, sem contudo parecermos alienígenas entre os homens.
Temos que avaliar o que é interessante preservarmos como parte de nossa cultura e o que embora guardamos, não acrescenta nada, antes afasta as pessoas de nossa igreja.
Numa próxima postagem vamos falar sobre vestes, bebidas, músicas, diversão e outras coisas baseados em textos bíblicos que nos forneça subsídios para concluirmos essa reflexão.
R.A.
a paz, meus amados! muito bom essa serie do irmao, algum tempo me fiz essa pergunta, pq a assembleia A, pode isso e a minha nao? nao sao mesma “igreja ” e convenções. dai comecei a pergunta vários irmãos sobre o do porque dos usos e costumes das AD’s, nao achei resposta neles . fui então pergunta ao o “irmao” Google e achei uma bom material a respeito do assunto. e vi que nao tinha um regimento maior que no caso deveria vim da CGADB, uma declaração ou artigos sobre os usos e costumes para as suas convencionadas. dai que veem essa “confusão” e atritos entre as denominações, campos ou regional e ate convenções, sobre de como agir nestes casos. e por isso vimos sugir em cada igreja um tipo de “doutrina” concernente ao uso e costume e isso fica cargo de cada pastor decidir sobre a vida dos seu “rebanho” . por nosso país ser grande territorial e na suas diversividade cultural. vemos como exemplos desses aqui no sudeste em algumas igreja pode anda de moto outras nao libera essa pratica para o uso feminino. no norte do país na região ribeirinhas, tinha lugar que irmas nao podia rema as canos que é um meio de transportes daquela localidade. nordeste vamos ter a influencia das biatas do catolicismo no uso e costumes das irmas assebleianas na questao das suas vestimentas. e por ai vai.
josimar marcelino.
AD campo de jacaraipe serra-ES cadeeso.