Com projetos de “tornar as famílias grandes novamente”, a Hungria quer mais bebês, e menos abortos por meio de políticas pró-família.
“Tornar as famílias grandes novamente” foi o tema de uma conferência sobre política familiar foi realizada na última quinta-feira (14), na Biblioteca do Congresso em Washington, DC.
Organizada pela Embaixada da Hungria nos EUA, pelo presidente do Conselho de Pesquisa da Família, Tony Perkins, e pela assistente especial da Casa Branca, Kathryn Talento, a conferência reuniu funcionários da Casa Branca, membros republicanos do Congresso e líderes evangélicos.
A ministra de Estado da Hungria para família, juventude e assuntos internacionais, Katalin Novák falou que se sente muito honrada em ser ministra e ouvir dos amigos americanos o quanto eles admiram as políticas familiares húngaras.
De acordo com Novák, os americanos olham para a Hungria como um modelo nessa questão. “Eles disseram que podemos ser exemplo para o resto do mundo nas questões pró-família”, disse a ministra em uma entrevista.
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Políticas pró-família
Liderada pelo Partido Fidesz, do presidente Viktor Orbán, a Hungria tornou-se um exemplo para a aprovação de políticas nacionalistas pró-família nos últimos anos.
Autoridades húngaras afirmaram que as políticas instituídas nas últimas décadas que incentivaram o casamento e o parto ajudaram a impulsionar as taxas de casamento e natalidade na Hungria, em um momento em que muitos países enfrentam essas questões.
A taxa de natalidade da Hungria caiu abaixo do nível de reposição décadas atrás e a nação tem lutado para repovoar. Ao contrário de algumas de suas contrapartes europeias que confiaram na imigração para aumentar o total da população, o governo de Orbán deixou claro que não vê a imigração em massa como a resposta.
Em vez disso, a administração acredita que a resposta é garantir que os cidadãos húngaros tenham todos os incentivos necessários para construir famílias grandes e felizes.
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Incentivos às famílias
Hoje, o governo húngaro gasta quase 5% de seu PIB em incentivos para os que se encontram no país predominantemente cristão para se casar e ter filhos – muitos deles.
A lista de incentivos e benefícios para as famílias na Hungria é bastante extensa e inclui coisas como uma creche financiada pelo estado, três anos de licença parental remunerada, creche gratuita, férias subsidiadas, assistência para pagar empréstimos estudantis, benefícios de férias e isenção de imposto de renda para mães com quatro ou mais filhos.
De 2010 a 2018, as taxas de casamento na Hungria aumentaram 43% (o maior número em 20 anos), as taxas de divórcio diminuíram 22,5%, a fertilidade aumentou 21% (a maior em 20 anos) e o aborto diminuiu em 33,5 por cento.
“Estamos trabalhando de perto com a administração dos EUA em questões familiares. Eles também gostariam de obter alguns detalhes sobre nossas políticas pró-família e as medidas que introduzimos nos últimos nove anos”, explicou Novák.