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Entrevista feita pela CSW explora tensões por trás de demolições de igrejas

EM FOCO

Edenin Pontes Neto
Edenin Pontes Neto
Capixaba, natural de Vitória-ES.

Uma nova entrevista feita pela Christian Solidarity Worldwide (CSW) analisa o contexto e possíveis razões por trás da demolição de igrejas e remoção de símbolos religiosos em Zheijang, China, e recomenda um diálogo consistente entre as autoridades e os líderes religiosos.

Entrevista feita pela CSW explora tensões por trás de demolições de igrejas

A entrevista destaca que ''as demolições em Zheijang e a reação dos cristãos locais enfatizam as tensões entre igreja e Estado, mas também entre autoridades locais e provinciais, e entre discussões inter-religiosas''.

Wenzhou, conhecida como ''Jerusalém chinesa'', possui uma numerosa população cristã e várias igrejas. De abril até maio de 2014, pelo menos 20 igrejas em Wenzhou, e em outras localidades na província de Zheijang, tiveram sua estrutura totalmente ou parcialmente removida ou demolida, e em alguns casos receberam ameaças de demolição. As igrejas afetadas foram tanto católicas como protestantes, registradas ou não. Algumas são igrejas de médio porte, enquanto outras são imensas, possuindo centenas ou milhares de membros.

Mais recentemente, o China Aid reportou a demolição de duas igrejas em Longwan, Wenzhou, nos dias 8 e 9 de maio. Longwan é casa de várias igrejas estabelecidas por missionários há 100 anos; umas das igrejas demolidas, chamada Shangwan, foi construída em 1868.

A demolição mais conhecida ocorreu em 28 de abril, na igreja de Sanjiang, que possui 3000 membros. Semanas mais cedo, os líderes da igreja tinham entrado em negociações com as autoridades locais, em uma tentativa de evitar a demolição da igreja e a remoção de sua cruz. Não é claro se os oficiais ignoraram um acordo possivelmente já fechado ou se esse acordo não chegou a ser concluído.

Alguns cristãos de Zheijang acreditam que a remoção de cruzes e a demolição de algumas igrejas foram desencadeadas por uma queixa por parte de uma secretária de outra província que estava visitando a província de Zheijang. A queixa foi sobre o número de cruzes cristãs na região. As autoridades responsáveis pelas demolições continuam alegando que eles estão somente cumprindo com a campanha contra estruturas ilegais, que tem o nome de Três Retificações e Uma Demolição. É notável, no entanto, que na maioria dos casos, exatamente a cruz ou outros símbolos religiosos é que foram escondidos ou removidos.

Na China, liberdade de religião ou crença é um tema complexo. Segundo a entrevista, ''enquanto tem sido notado um considerável avanço no nível de liberdade religiosa para com igrejas protestantes em áreas urbanas, como Pequim e Xangai, isto não está sendo refletido ou mesmo resultando em avanços na lei''.

O Chefe de Operações da CSW, Andy Dipper, disse: ''Essa oportuna entrevista explora o contexto em que esse incidentes preocupantes acontecem, e contém um bom número de importantes recomendações. Nós exortamos as autoridades chinesas a fazerem consistentes esforços para entrar em diálogo com líderes religiosos em todos os assuntos relacionados às suas atividades, com os objetivos de promover confiança mútua e relações positivas; fornecer instruções claras sobre o processo de aplicação para a construção de estruturas religiosas; e estabelecer um mecanismo de reclamações sobre instituições religiosas que tiveram permissão negada para construir suas instalações''.

Fonte: Assessoria de Imprensa – ANAJURE

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