Além da voz, caretas, línguas estranhas, contorcionismos e alguma falta de noção…
Nos grupos do Facebook “pipocam” crentes (eles são pentecostais, ou dizem que são) orando, passando revelações, decretando vitórias, apagando o passado de quem sofreu, escrevendo o futuro de quem quer vencer e expulsando o mal de alto à baixo da vida dos “face-expectadores”.
É tanto crente aparecendo na tela e prometendo desvendar o oculto e o escondido que fica difícil até sintonizar numa única live dos “mistérios e mantos”. O que chama a atenção também são as performances e expressões das “figuras” que aparecem no “cardápio da espiritualidade” da dita rede social.
Essa turma comunica utilizando-se muito além da voz. São caretas, línguas estranhas, contorcionismos e alguma falta de noção mesmo, do tipo usar camiseta do capitão América e blazer de ir na igreja tudo junto e misturado (que assassinato ao estilo social caraterístico dos pentecostais!).
Outras irmãs aparecem com decotes indecentes e “autoridade” para expulsar o demônio; e infelizmente, são as mesmas que estão a provocar a ala masculina com visível sensualidade (e disso o demônio também gosta que elas façam – ele pode até sair, mas seus projetos licenciosos ficam em curso).
Na verdade, esse turbilhão de crentes de posse de suas câmeras de celular em transmissões ao vivo – com a questionável afirmação de que estão evangelizando na internet, criaram “supermercados de revelações dirigidas” e estabeleceram uma grande confusão. A revelação não pronunciada por nenhum desses entregadores de promessas e livramentos – é a de que há uma concorrência da parte deles mesmos por atenção e plateia e isso não vai acabar nada bem (alguns desses “ungidos virtuais” já estão pedindo dinheiro e doações no fim das transmissões).
Alguns dirão: “Eles estão evangelizando, estão buscando almas perdidas. É preciso pregar a tempo e fora de tempo”. Desculpe contrariar, mas esse argumento é o suporte perfeito para qualquer heresia (porque afinal, o que importa é pregar o evangelho não é mesmo?). Estamos vivendo um tempo perigoso de gente que não quer nada com igreja séria, mas que adora seguir essa turma que entrega revelação. Não! Não é evangelismo e nem culto – é novidade para gente com comichão nos ouvidos – e que se cansou da Palavra de Deus.
Sempre há exceções (transmissão dos cultos das igrejas são uma bênção, e alguns irmãos realmente evangelizam. Mas, a maioria faz “pirotecnia pseudo-pentecostal”) e, sendo assim – show não é culto e nem evangelismo!