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Educando o sentido do bom humor

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Educando o sentido do bom humor

por Carmen Herrera García

O riso e o bom humor são os melhores e mais baratos dos remédios e combatem, no mínimo, o mal humor. As crianças descobrem isso de forma espontânea poucas semanas depois de terem nascido. Esse primeiro sorriso desperta em nós a maior das ternuras e os melhores sentimentos.

Durante toda a infância, o riso as acompanhará e encherão nosso lar com um dos mais belos sons. Cabe perguntar se, como pais, cuidamos que nossos filhos cultivem esse maravilhoso sentido que é o humor.

Procuramos que aprendam a rir sem molestar os outros? Cuidamos de que possam ver em seus erros e nos nossos uma oportunidade de olhar as coisas com perspectiva? Passamos tempo com eles divertindo-nos?

"Só há um recanto do universo que você pode estar seguro de melhorar: você mesmo". (Aldous Huxley)

O sentido do humor é necessário na vida familiar tanto como a disciplina, a educação ou os valores.

As relações entre pais e filhos que permitem e dedicam tempo às diversões com os filhos, o bom humor e o sorriso são mais sadios, menos tensos e mais cordiais.

O sentido do humor é algo eminentemente humano.

Permite-nos ver os problemas em sua dimensão correta, nem superestimados nem subestimados. Saber rir-nos de nossos erros e asperezas facilita reconduzir situações que, de outro modo, aumentariam as tensões e os conflitos.

O riso é uma das expressões que mais benefícios trás às pessoas:

– É a expressão da alegria;

– Ativa a produção de endorfinas, transmissores químicos que levam alívio e bem-estar ao cérebro;

– Libera tensões;

– Provoca uma resposta emocional única orientada à alegria e ao bem-estar;

– Aumenta a captação de oxigênio;

– Cria um ambiente positivo e cordial;

– Ajuda-nos a ver os problemas em perspectiva.

As crianças se encantam de rir, gostam de brincadeiras, de expressões de bom humor e de alegria.

A nós, pais, é bastante fácil fazê-las rir quando são bebês, porém à medida que crescem e começamos a sentir a responsabilidade pela sua educação e podemos, sem perceber, afastar-nos das expressões diárias de alegria com que nos dirigimos a eles quando eram pequenos.

Tornamos-nos perfeccionistas e, sujeitos à tensão e ao stress, passamos a maior parte do tempo corrigindo-os de forma reativa ou dando ênfase aos erros, aos conflitos e às dificuldades que, por outro lado, são características de seres em contínua aprendizagem e crescimento.

E nos esquecemos de passar o tempo com eles divertindo-nos. Deixamos de lado a alegria e o bom humor que tanto podem ajudar em sua educação. E deixamos, por fim, de sermos modelos de pessoas alegres e divertidas, dignas de serem imitadas por nosso alto sentido do humor. Convém recordar que as crianças aprendem, sobretudo, por imitação, e quanto mais dignos de crédito são os modelos a imitar, melhor e mais duradoura será a aprendizagem.

Sejamos conscientes de que a alegria e o bom humor também devem ser educados.

As crianças se encantam de rir e gostam de brincadeiras. As famílias que conseguem passar tempo divertindo-se juntas criam vínculos de relações mais estreitos e duradouros. É conveniente, portanto, passar tempo juntos em atividades lúdicas ou recreativas com bastante frequência.

Lembro-me de uma menina de sete anos que, após um passeio pela praia com seu pai e irmãos, no qual brincaram e correram todo o tempo, ao regressar ao lar fez um desenho que transmitia com enorme força, os intensos momentos de diversão que acabava de viver.

Os pais podem ensinar aos nossos filhos a não fazerem tempestades em copos d'água através do bom humor e da alegria.

Certa vez, após uma longa viagem, um pacote de chocolate em pó se abriu dentro da mala de viagem manchando tudo. No instante em que o vimos poderíamos ter-nos queixado e lamentado pelos estragos, etc. Em vez disso, começamos a rir e a ver o lado divertido do episódio, comentando que teríamos que por as calças compridas no leite para aproveitar o chocolate. Ou talvez esvaziar o leito dentro da mala e ter uma porção de leite achocolatado!! Nossos filhos ainda recordam o incidente com bom humor e comentam com seus amigos como aquilo foi algo tão divertido.

Ao longo do dia temos muitas oportunidades de viver nossa relação com as crianças de forma divertida e alegre, porém temos que ser capazes de reconhecer essas oportunidades e vivê-los sem medo de que as normas de disciplina se vejam afetadas.

Um pai ou uma mãe divertidos e alegres são tão ou mais dignos de crédito e respeito que aqueles pais ásperos e condenatórios.

De fato, a nós mesmos é muito mais gostoso passar o tempo com pessoas de trato alegre e cordial que com aquelas que sempre se queixam ou protestam por tudo.

Devemos evitar rir das crianças.

Se rirmos de seus erros, podemos diminuir sua autoestima, pois ainda se encontram em uma etapa imatura na qual necessitam ganhar confiança em si mesmos. Diante de um erro devemos primeiro saber o que nosso filho pensa do episódio e depois poderemos ajudá-lo a ver o lado divertido do caso, porque já conhecemos seus sentimentos.

É recomendável também verificar que tipo de humor nossos filhos estão vendo em programas de televisão ou na internet.

Com frequência é utilizado um humor que atinge aos demais para fazer rir. É necessário que mostremos aos nossos filhos que, ainda que seja divertido, nunca podemos rir-nos dos outros à custa da dor feita a eles.

Será necessário fazer-lhes compreender que a eles mesmos não lhes parece bom serem alvo de brincadeiras de mau gosto, por mais divertido que possa ser.

Esta aprendizagem elementar os ajudará a aprender como ser divertidos e simpáticos sem ofender ninguém, sem perder a empatia (capacidade que nos permite saber como se sente o outro e agir de acordo).

Por último, vamos recordar alguns jogos e atividades para fazer com nossos filhos e que permitem educa-los o sentido do humor:

– Guerra de cócegas;

– Luta de travesseiros;

– Esconde-esconde dentro de casa;

– Ginástica juntos;

– Esperar o pai ou a mãe escondidos em casa e dar-lhes um susto;

– Ver juntos filmes divertidos;

– Fazer comentários divertidos mantendo nossa expressão séria;

– Sair para passear e brincar;

– Contar piadas;

– Fazer perguntas aparentemente absurdas: quem quer um sorvete de sardinha, etc;

– Vestir-nos intencionalmente com uma roupa do avesso ou sapatos trocados;

– Ler juntos gibis;

– Contar episódios divertidos de nossa infância (mesmo já sabidos);

– Recordar as coisas divertidas que nossos filhos faziam quando eram de colo;

São apenas algumas ideias que nos ajudam a fazer frente à grande necessidade de alegria que nossos filhos e nós mesmos temos.

Sejamos conscientes de que o sentido do humor nos permitirá ser uma família que aceita a vida tal e como ela é (ainda que não nos conformemos com ela!), dando soluções criativas às situações que de outro modo enfraqueceriam nossas relações ou nosso estado de ânimo.

Atrevamo-nos a sermos divertidos, sejamos capazes de rir de nossos próprios erros e de nossas próprias incapacidades, mostrando aos nossos filhos como crescer e melhorar como pessoas sem perder o sentido do humor.

Carmen Herrera García
professora de Educação Infantil e Primária

Fonte: Portal da Família

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