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Escola Dominical: Relembrar, refletir e recriar (Parte 1)

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Escola Dominical

Por Geremias do Couto

Inicio uma série de postagens, já programadas, que compõem o texto de uma conferência que venho ministrando há alguns anos em diferentes congressos de Escola Dominical. Minha intenção, ao disponibilizá-la "in totum", é contribuir para que seja uma ferramenta aos que buscam aprimorar a EBD como a melhor estratégia de ensino a igreja.

Introdução

Pensar a Escola Dominical é de extrema importância para que se perceba a sua atualidade face aos projetos alternativos que, hoje, são oferecidos às igrejas como se fossem a descoberta da pólvora e aquela estivesse já ultrapassada. De uns tempos para cá, o que mais se destaca no ambiente evangélico, como método eficiente de evangelização, ensino e comunhão, são os chamados “pequenos grupos”, não importa o nome que tenham, enquanto a Escola Dominical é desprezada e até mesmo suprimida da estrutura da igreja.

Mas seria a Escola Dominical, de fato, um instrumento já arcaico? Estaria ela esgotada como modelo para o crescimento integral da Igreja? Estaria ela fadada a ser apenas um apêndice, e não parte vital do dia-a-dia da fé? Que falhas estariam sendo cometidas, produzindo essa visão distorcida a respeito, que colocam a Escola Dominical  no “museu” das tradições evangélicas? Se existem falhas, como corrigi-las? É através de perguntas como as que acabam de ser feitas, que poderemos chegar a uma boa conclusão acerca do tema que me foi proposto.

O que motivou a criação da Escola Dominical – relembrando os seus passos

Todos os que lidam com o ensino na Igreja conhecem as origens da Escola Dominical, lá atrás, com Robert Raikes. Como nossa intenção, aqui, não é histórica, quero apenas ressaltar o que o motivou a lançar mão deste projeto que se tornou o maior programa de ensino da Igreja através dos tempos. Seu alvo era alcançar as crianças marginalizadas e lhes oferecer ensino que, ao mesmo tempo, proporcionasse a elas uma boa formação e também as retirasse das ruas, onde acabariam sendo transformadas em perigosos bandidos.

Com o passar do tempo, algo que se iniciou de maneira espontânea e até sob certa oposição de segmentos da Igreja, tomou vulto e passou a ser parte da estratégia evangélica para alcançar todas as faixas etárias, inclusive os adultos, com a disseminação do ensino bíblico. Muitos pastores de nossas igrejas tiveram o seu alicerce bíblico nas classes de Escola Dominical que frequentaram desde quando eram crianças. Eles ainda hoje se lembram de suas professoras e de quanto elas foram importantes para o seu crescimento espiritual.

Hoje, à exceção de boa parte das igrejas neopentecostais e de algumas outras históricas que estão em busca de novas alternativas, a Escola Dominical é ferramenta indispensável para que os princípios imutáveis da Palavra de Deus sejam difundidos, alcancem todos os membros, contribuam para dar uma sólida formação espiritual, moral e social aos alunos e criem profundos alicerces doutrinários à prova de todo vento de doutrina. Ela já deu mostras de sua robustez, seus propósitos e resultados ao longo da história. A Escola Dominical não precisa provar nada. Ela, em si, já é um testemunho de sua importância.

A Escola Dominical sob ataque – uma reflexão sobre o seu “modus operandi”

Nos últimos anos, todavia, o ataque à Escola Dominical como ferramenta indispensável à Igreja tem aumentado gradativamente à medida que novos modelos surgem no meio evangélico, sobretudo aqueles que valorizam os chamados “grupos pequenos”.  Diz-se que a Escola Dominical é um modelo arcaico, esgotado, que não supre as necessidades do homem pós-moderno. Afirma-se que é preciso substituí-la por um programa mais eficiente e dinâmico, que preencha também outras áreas nas quais ela não estaria sendo eficaz. Argumenta-se que a Igreja precisa estar aberta ao novo e reciclar sempre a sua metodologia para continuar sendo vanguarda no mundo de hoje. Quanto a este último argumento, diga-se de antemão, é óbvio que não se pode desprezar o novo pelo simples fato de representar uma novidade, mas nem tudo o que é novo tem legitimidade ou representa, de fato, uma opção válida. É preciso ter senso crítico para discernir o bom do ruim.

No entanto, em que pesem essas afirmações, elas ocorrem não porque a Escola Dominical tenha perdido o seu potencial como agência de ensino da Igreja ou não seja mais adequada para atender as demandas da atual conjuntura. O que produz então esse tipo de rejeição, apesar de todos os avanços?  É o modo como se presume a Escola Dominical, a forma como é tratada na vida de muitas igrejas locais, a negligência em perceber o quanto ela é o melhor instrumento da Igreja para chegar-se aos membros e a falta de investimento maciço em sua estrutura. Veremos, na próxima postagem, alguns fatores de desestimulo para uma boa Escola Bíblica Dominical.

Geremias do CoutoGeremias do Couto
Pastor evangélico vinculado ao My Hope Project da Associação Evangelística Billy Graham, filiado a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), é teólogo, conferencista, escritor e jornalista.

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