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A doutrina pré-tribulacionista do arrebatamento

EM FOCO

Silvio Costa
Silvio Costa
Silvio mora na belíssima cidade de Guarapari no ES; estudou teologia no Seminário SEET e SEIFA, é professor de matérias teológicas na FATEG, membro do conselho editorial da revista Seara News. Também contribui como colunista em outros portais evangélicos do país, além de palestrante em escolas bíblicas e conferências teológicas. Mantém também o blog Cristão Capixaba.

Escatologia

Respeito às opiniões divergentes, mas apresento as razões bíblicas e interpretativas de nossa corrente. A grande tribulação deverá se iniciar com a manifestação do Anticristo (ou de seu governo) e provocar o consequente arrebatamento da igreja (2 Ts 2:3, 4).

Sugiro que você pesquise sobre o termo “dispensacionalismo” afim de entender minha linha de interpretação. De fato, a interpretação dispensacionalista no que diz respeito ao arrebatamento da igreja é aparentemente a mais complexa e ao mesmo tempo a mais literal; mas nem por isso, desconexa e infundada (1 Ts 4.13-18). Pra começar, parece existir um objetivo bem claro de Deus quanto à grande tribulação (Ap 6 a 19): a conversão dos Judeus(Zc 12:10; Ap 12), e juízo sobre os pecadores (Is 13:9-18). A grande tribulação é referenciada várias vezes no A.T como o “Dia do Senhor” (Am 5:18-20; Jl 1:15; Sf 1:14). É tida profeticamente como o tempo da angústia de Jacó ou Israel (Jr 30.7).  O dia do Senhor em sua aplicação escatológica está sempre relacionado ao juízo, ao tratamento com os ímpios e escuridão em todos os sentidos. Esses quadros, nada tem a ver com as promessas de Jesus para seus seguidores (Jo 14.1-3). As posições da vinda de Cristo no fim da tribulação, precisam considerar a atualidade dos apelos bíblicos para a iminente volta de Jesus para buscar sua igreja (Ap 3:11; 22:12, 20; Hb 10:37; Tg 5:9).

A história sagrada ensina que em todos os tempos de juízos Divinos sobre civilizações e populações inteiras, Deus sempre livrou seus fiéis. Livrou a Noé e sua família do dilúvio (Gn 6:17,18); livrou a Ló da destruição de Sodoma (Gn 19:17-22); livrou a Israel das dez pragas que atribularam ao Egito (Ex 12.12,13); Livrou Jerusalém da invasão da Assíria (2 Re 19:32-34) e prometeu livrar sua igreja militante e fiel da hora da tentação que há de vir sobre toda a terra (Ap: 3.10). O arrebatamento antes da grande tribulação será a forma de Cristo Jesus livrar sua noiva das agruras daquela última semana profética (Dn 9:24-27); galardoar os crentes por meio de suas obras (2 Co 5:10) e celebrar as bodas de seu figurado relacionamento com a sua igreja (Mt 26:29; Ap 19:7-9).

A idéia em torno do termo original “arrebatamento” denota em rapto, em evento abrupto, não anunciado ou alardeado; diferente das citações de Ap 1.7; 19:11-16), que são totalmente públicos e visíveis e referem-se à manifestação de Jesus em Glória; evento ligado ao fim da grande tribulação – e essa realização é diferente do arrebatamento. A concatenação bíblica para a primeira fase da segunda vinda de Cristo (1 Ts 4.13-18), parece ter sentido acontecer na abertura do parêntese dispensacional entre graça e milênio, ou seja: na abertura da grande tribulação da qual a igreja de Cristo não passará – pelo menos na visão pré-tribulacionista (Ap 3.10; 1 Ts 5.9).

Os indícios apocalípticos da pregação e da salvação durante a tribulação parecem não indicar a presença da Igreja da era da graça pregando lá, mas sim de um grupo de 144 mil Israelitas (Ap 7:4-8; 14:1-5). O Evangelho do Reino de Mateus 24:14, que também foi pregado por nosso Salvador (Lc 4:43) terá sua continuidade na grande tribulação antes do julgamento das nações e instauração do milênio na terra (Mt 25:31-34; Ap 20:4-6).

A pregação do Evangelho do Reino no contexto apocalíptico parece não fazer alusão a uma missão cristã, e sim ao citado grupo de pregadores israelitas escolhidos e a princípio dirigidos aos judeus (Mt 10:23). A evangelização mundial parece alcançar seu ápice na pregação do Evangelho Eterno (Ap 14: 6,7). Vale ressaltar que mesmo assim, a igreja de Cristo nesta dispensação, recebeu a incumbência de evangelizar o mundo inteiro e não pode negligenciar sua missão tarefa (Mc 16.15; Mt 28:18-20).

Pra terminar, quero dizer que a última trombeta citada por Paulo em 1 Coríntios 15:52, nada tem a ver com última trombeta de Apocalipse 11:15, por razões claras: as menções retratam cenários escatológicos distintos: a primeira a convocação dos salvos vivos e mortos para o arrebatamento e a segunda para o anúncio do reino eterno de Cristo. Ademais, em João 14:1-3, Atos 1:11, 1 Coríntios 15:52-58, Filipenses 3:20, Colossenses 3:4, entre outras passagens, os apóstolos ensinaram que Cristo poderia retornar a qualquer momento. Sem tal expectativa, a Igreja perde o foco espiritual e tem a tendência de se tornar morta. Eu acredito num tipo de “igreja” ou de “salvos mortos na tribulação” (Ap 7:13-16), mas não sendo integrantes desta igreja promotora do Evangelho e da dispensação da graça (Ef 3.5-6; 2:8).

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5 COMENTÁRIOS

  1. Bem, de tudo o que falou só tenho uma coisa a dizer com relação a “Era da Igreja”; O Messias jamais, nunca, “NEVER”, mandou que criássemos “igrejas”; O Messias, os dicípulos e demais jamais foram todos os dias na “igreja”; Existe uma passagem nas escrituras sagradas que diz que o Criador não habita em Templos feitos por mãos de homens, assim como imagens de barro e esculpidas pelos mesmos homens; Enfim; Deturpam demais o que a palavra diz; Assim como dízimo não é 10%; Dízimo não é dinheiro; Pesquisem historicamente, busquem na Bíblia de Jerusalém, pois foi a Vulgata mais antiga, e verás como a “bíblia” foi deturpada; Se a bíblia é o certo, QUAL BÍBLIA? Existem milhões de bíblias diferentes no planeta; A mais fiel, é a bíblia de Jerusalém, ainda assim você tem que estudar hebraico para não ser enganado; Pare um pouco para refletir; QUE DEUS SERIA ESSE PEDIR 10% DO SEU DINHEIRO? Isso é tudo história, balela; O Criador jamais pediu para que você fosse para uma igreja; Não misture o que é do velho testamento com o novo.. e mais; O NOVO TESTAMENTO NA BÍBLIA ESTA INDUZINDO AS PESSOAS AO ERRO. Pois o novo testamento só se faz presente após a MORTE do Messias no madeiro.;… Enquanto o Messias estava vivo, era tempo da velha aliança ainda, pois o cordeiro ainda não tinha sido imolado. PESQUISEM UM POUCO. Padres e pastores e líderes religiosos estão com medo, pois muitas ovelhinhas estão saindo do aprisco. TEM QUE SAIR MESMO. SAI DELA POVO MEU DIZIA PAULO! (O Messias criou as ovelhas em um pasto verdejante sem aprisco, não tinha cerca, era liberdade completa. Outra mentira que os religiosos contam para o povo; Basta ler, leia a escritura sagrada, sabe como? Pega a bíblia e ignora os capítulos; Quando estiver lendo e tiver capítulo 1 e 2, leia tudo para você perceber que colocaram capítulo para atrapalhar seu entendimento. Veras o que estou falando.

    • Eu entendo sua frustração com as Igrejas no geral, porém proponho que você estude com afinco o que de fato é a Igreja que Deus espera que sejamos, o proposito, os princípios. Difícil hoje em meio a esse “histeria” da teologia da prosperidade, mas você ainda encontra e encontra bastante se faro souberes o que é a igreja que Deus planejou.

  2. Só tenho uma questão. Durante 1800 anos nunca se falou na volta do Cristo em partes. Este ensino pré tribulacionista surgiu por volta de 1830 através de uma profecia de uma menina de 15 anos e depois foi disseminado por John Darby. A pergunta é: Como uma teoria que possui inúmeras contradições pode ser mais importante do que 1800 anos da história da igreja que sempre entendeu o arrebatamento no final da grande tribulação? Se as visões da irmã Margareth são válidas para se alterar o entendimento das escrituras então as visões das crianças de Fátima também são!

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