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Vila Velha

Direito à educação: Seu apoio fez uma grande diferença

EM FOCO

Edenin Pontes Neto
Edenin Pontes Neto
Capixaba, natural de Vitória-ES.

Em 2013, aos 16 anos, a paquistanesa Malala Yousafzai tornou-se a maior voz mundial em defesa da educação feminina.

Direito à educação: Seu apoio fez uma grande diferença

Manuni, de 11 anos, é indiana, e compartilha do mesmo anseio que Malala: usufruir do seu direito à educação. Através da Portas Abertas, esse sonho tem sido realizado.

Mamuni é uma menina brilhante e alegre que vive em Bandabaju. Ela está na 6ª série e gosta de estudar. Ela divide seu tempo entre ir à escola e brincar com seus irmãos, Phinosh (12), Omegha (8) e sua irmã Alfa (2). Recentemente, Mamuni deixou seus pais, Panchu e Tilotama Digal, ainda mais orgulhosos: ela ficou em primeiro lugar no exame de admissão realizado pela Escola Convento em Raikia. Centenas de estudantes fizeram o exame no qual Mamuni ficou em primeira posição. Quem fica sabendo dessa história, nem desconfia que a menina quase foi forçada a desistir de seus estudos há alguns anos.

Mamuni e sua família viviam em uma pequena aldeia no distrito de Kandhamal, no estado de Orissa (agora chamado de Odisha), na Índia. Em 2008, quando ela tinha cinco anos de idade, sua aldeia foi atingida pela violência anti-cristã, que deixou cerca de 120 cristãos mortos. A situação provocou ainda o deslocamento de 50 mil cristãos por toda a Índia, o que fez com que milhares de crianças como Mamuni ficassem sem acesso à educação por mais de dois anos.

Para salvar sua vida e a vida de seus filhos, os pais de Mamuni tiveram de refugiar-se nas florestas durante dias sem comida ou água. Eles, então, mudaram-se para os campos de refugiados do governo destinado às vítimas da violência. A longa estadia nesses campos ajudou pouco em sua sobrevivência. A comida era ruim, o alojamento era formado por tendas de plástico, e havia uma ameaça constante de serem atacados novamente.

Um ano depois, os pais de Mamuni conseguiram coragem suficiente para voltar à aldeia onde estavam, mais uma vez, sujeitaram-se a humilhações e pressão para se converterem ao hinduísmo. Eles resistiram e continuaram a viver na tenda de plástico improvisada que eles chamavam de casa. Sua casa original tinha sido completamente destruída nos ataques.

Mamuni queria ir à escola, mas as coisas já não eram mais como antes. Seus pais, abalados pelo estresse financeiro da violência anti-cristã, não podiam se dar ao luxo de mandá-la para escola. De qualquer forma, a escola não era segura para as crianças cristãs pois elas eram submetidas a hostilidades diárias apenas por causa de sua fé. Então Mamuni passou a cuidar das cabras e fazer pratos de folhas para complementar a renda familiar. Sua mãe ficava muito triste por sua filha não poder estudar e ter que trabalhar, mas não parecia haver outra maneira.

A Portas Abertas adotou a comunidade em 2011. Um sorriso se abriu no rosto de Mamuni quando soube que uma das primeiras iniciativas da Portas Abertas seria abrir uma escola em Bandabaju para as crianças que não pudessem frequentar a escola local. Logo, ela estava estudando com outras crianças cristãs. Elas formaram o primeiro grupo de alunos a frequentar o que logo ficou conhecida como a escola Bridge. Quando os moradores tomaram conhecimento desta escola, onde os professores realmente vinham e ensinavam (a escola pública da vila era conhecida por ter professores ausentes), eles também começaram a enviar seus filhos. Logo, Mamuni estava falando com seus antigos amigos que ela não via há anos, e eles puderam brincar juntos.

Porque não havia lugar para as crianças como Mamuni brincar, os moradores se reuniram e ajudaram a Portas Abertas a construir um parque infantil em Bandabaju. As crianças não poderiam estar mais felizes. Todas as noites, enquanto elas iam brincar no parque, seus pais se sentavam e conversavam com seus vizinhos hindus. Mas ainda assim, o que manteve Mamuni mais feliz era poder estudar. Ela apreciava seu uniforme novo, sua mochila e o caderno que a Portas Abertas deu, mas, ainda mais, a oportunidade de estudar novamente.

Seus pais, encorajados por seu desempenho na escola e apoiados pelos projetos de geração de renda da Portas Abertas, foram finalmente capazes de incentivar Mamuni a tentar a admissão em uma escola regular. O colégio de freiras da cidade vizinha de Raikia era uma escola superior de admissão muito difícil. Mamuni teria de passar por um exame de admissão para entrar, pois as vagas são limitadas. Graças à preparação na Bridge e pela graça de Deus, Mamuni ficou em primeiro lugar no exame de admissão. Hoje, ela é uma estudante exemplar, que está indo muito bem em seus estudos.

Seus pais estão orgulhosos e gratos pelo apoio que receberam da Portas Abertas. Para Mamuni, significou conseguir o que sempre quis: a oportunidade de ter uma educação que a permita crescer. Uma pequena ajuda fez uma grande diferença.

Fonte: Portas Abertas

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