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Diferença entre homeschooling, educação à distância e ensino remoto

EM FOCO

Janaína Spolidorio
Janaína Spolidorio
Especialista em educação, formada em Letras, com pós-graduação em consciência fonológica e tecnologias aplicadas à educação e MBA em Marketing Digital. Ela atua no segmento educacional há mais de 20 anos e atualmente desenvolve materiais pedagógicos digitais que complementam o ensino dos professores em sala de aula, proporcionando uma melhor aprendizagem por parte dos alunos e atua como influenciadora digital na formação dos profissionais ligados à área de educação.
Diferença entre homeschooling, educação à distância e ensino remoto
Homeschooling | Foto: Reprodução

Em nosso país, nenhuma das três formas tem uma popularidade enorme, sendo que a mais utilizada, na atualidade, é a educação à distância.

Janaína Spolidorio

Em tempos de pandemia muito se fala de educação à distância, mas será que esta é realmente a nomenclatura correta a ser utilizada quando queremos falar sobre o tipo de educação que estamos praticando atualmente?

A educação que acontece em casa pode ser dividida, basicamente, em três modalidades: homeschooling, educação à distância e ensino remoto.

Homeschooling

O homeschooling, também chamado de ensino domiciliar, é aquele no qual a família opta por retirar a criança da escola e dar continuidade aos estudos em casa. Ele não é feito necessariamente pelos pais, mas estes devem providenciar todos os recursos possíveis para conseguir cumprir as normas estabelecidas e o currículo adequado ao ano letivo da criança.

Esta modalidade de ensino coloca sobre a família a total responsabilidade pela educação acadêmica, o que inclui gastos consideráveis em material didático e recursos, além, é claro, de muita pesquisa e estudo sobre as melhores formas da criança ter sucesso quando estuda em casa. É uma modalidade na qual a família tem total empenho e dedicação por ter sido a escolhida por eles.

Educação à distância

A educação à distância, também chamada de EAD, é uma modalidade na qual os professores e os alunos escolhem participar de aulas que são planejadas para esta finalidade. Isso significa que, ao planejar a aula, o professor deve ter domínio não apenas do conteúdo, mas também da tecnologia que será utilizada para transmitir as aulas.

Esta modalidade de ensino não é recente. Antes do advento da internet ela era praticada com aulas enviadas via Correios. Eram os chamados “cursos por correspondência” no qual o aluno se inscrevia e recebia em sua casa o material didático com instruções de uso e avaliações que deveriam ser enviadas para a instituição responsável para que fosse possível analisar o avanço do aluno.

Com a tecnologia, atualmente as aulas de educação à distância são ministradas pela internet, em sua maioria, em plataformas próprias para esta finalidade. O material didático deve estar de acordo com a plataforma, portanto são materiais baseados nos tradicionais, mas que sofrem adaptações para ir de encontro ao esperado para este tipo de ensino. As apostilas tradicionais devem ganhar interatividade, com espaço para o aluno fazer intervenções como caixas de texto para as respostas e setor de comunicação entre professor e aluno para troca de mensagens e plantão de dúvidas.

Ensino remoto

Já o ensino remoto é um subtipo da educação à distância, mas com menor estrutura. Nesta modalidade, os professores devem ter a consciência de que os alunos irão aprender em casa e que as lições devem ser de fácil compreensão para seu entendimento. Como não há uma comunicação mais frequente, porque são aulas planejadas para serem inseridas em uma rotina de estudo, mas sem intervenção direta do professor, as atividades devem conter conceitos básicos a serem estudados para somente depois o professor inserir novos tipos de atividades. Começa-se do básico, com atividades de repetição e treino, para melhor apreensão de conhecimento e, gradualmente, o professor eleva o nível de dificuldade, conforme o aluno tem sucesso no que lhe foi atribuído para fazer.

Considerando que tivemos uma parada abrupta da escola, muitos meios teimam em chamar a educação que passamos a ter como “educação à distância”, mas na verdade é um ensino remoto, no qual o professor deve fazer o planejamento para facilitar a intervenção do familiar, caso seja necessário, e ao mesmo tempo dar condições à criança de realizar com certo sucesso as atividades.

Não se encaixa na educação domiciliar porque não é algo escolhido pelas famílias e nem na educação à distância porque neste caso haveria uma estrutura prévia e professores formados para esta modalidade de ensino, com conhecimentos específicos de plataforma e estratégias de ensino próprias para facilitar o estudo à distância.

Em nosso país, nenhuma das três formas tem uma popularidade enorme, sendo que a mais utilizada, na atualidade, é a educação à distância. Temos uma grande oferta de cursos à distância, mas este tipo de educação requer que o aluno tenha disponibilidade de tempo e saiba estudar com maior autonomia. Nossa escola regular não nos ensina a ter a autonomia necessária para este estudo, então grande parte dos alunos que têm sucesso na educação à distância possuem facilidade de estudo em casa e se propõem a dedicar tempo para tanto.

O ensino remoto é o menos utilizado, portanto temos enfrentado grandes dificuldades de colocar em prática esta modalidade de ensino. Para um melhor aproveitamento seria necessário termos orientação formativa para que os professores, alunos e famílias pudessem compreender melhor quais seus papéis nesta modalidade de ensino e como podem aproveitar ao máximo e de forma adequada o que deve oferecer ao aluno.

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