Deus está morto?
Quando escreveu “Deus está morto”, o filósofo não queria dizer que a entidade divina tinha deixado de existir — e sim questionar se ainda era razoável ter fé em Deus e basear nossas atitudes nisso. Nietzsche propunha que, recusando Deus, podemos também nos livrar de valores que nos são impostos[1].
Analisando esse excerto da revista Superinteressante, chego à conclusão de que Nietzsche estava certo, Deus de fato morreu!
Veja que o Antigo Testamento possui como mensagem principal o surgimento do Deus encarnado, do Deus que se tornaria homem, pisaria com seus pés sobre a relva desta terra, se alimentaria, teria sono, fome e sede, o Deus que viveria entre nós.
Jesus foi o cumprimento das profecias, Ele veio para cumprir sua missão de pregar o Evangelho, curar os enfermos, limpar os leprosos, abençoar as crianças, ressuscitar os mortos e revolucionar o conceito de religião e fé, religião baseada que era no ritualismo sem vida. Ele é o verbo vivo.
Após a sua vinda, o conceito de relacionamento com Deus tornou-se, não mera teoria, mas prática, estilo de vida e de conduta, baseada no amor ao Senhor e ao próximo.
Mas principalmente ele veio para morrer, sim ele veio para morrer por todos nós, pecadores e miseráveis que éramos, e nisso Nietzsche estava certo. O Deus encarnado feito homem, morreu numa sexta feira, crucificado no alto de um monte chamado Gólgota, mudando para sempre o cenário mundial, o conceito de religião, a visão de Deus e do mundo. Mudando os conceitos arcaicos construídos em regras humanas, sempre dissociados do amor fraternal.
Mostrou-nos a necessidade de promover o bem e a não violência, exaltando os mansos da terra e pregando a paz como forma de evolução e construção da sociedade.
Nietzsche na sua célebre frase, porém esqueceu de citar que ao terceiro dia Jesus ressuscitou dentre os mortos, e vive para sempre.
Quanto à frase recusando Deus podemos também nos livrar de valores impostos, a concepção do filosofo é profundamente equivocada, nada mais distante da realidade e da verdade, ninguém que se relaciona com Deus, serve a Deus, adora a Deus, o faz por imposição, o faz coagido, o faz por pressão, ele o faz por livre e espontânea vontade, e caso não seja assim, ele nunca teve um encontro verdadeiro com Deus, nunca experimentou o novo nascimento, não conhece de fato as escrituras, e muito menos conhece ao Senhor.
A frase do mestre Jesus é poderosa nesse sentido: E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Essa liberdade não coaduna com imposição, essa liberdade infere dizer que independente de qualquer condição, situação ou cenário (ideias, ensinamentos, regras, leis, etc) eu escolho adorar e servir a Deus de livre e espontânea vontade.
Servir a Deus de verdade, é ter a possibilidade de partir, e mesmo assim decidir ficar, porque o amor nos prende de maneira agradável e prazerosa, e percebemos que não há possibilidade de existência distante da pessoa que se ama.
Jesus deixa as portas abertas, se quisermos partir, se quisermos abandoná-lo. É lógico que vai sofrer, mas não fará nada para impor condições, portanto a decisão de ficar reflete a realidade de que, não me encontro em outro lugar que não seja ao lado do meu Senhor.
Sem Ele não há sentido na vida, não há paz verdadeira, não há luz, não há alegria.
Nietzsche errou em essência e na amplitude de seu pensamento acerca de Deus, simples e infelizmente porque de fato não o conhecia.
Deus está vivo, reina soberanamente e tem cuidado de todos nós.