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Vila Velha

Despertamento Espiritual, um Milagre

O cativeiro do povo Judeu trouxe tristeza e desespero, mas a libertação do cativeiro trouxe extrema alegria despertamento e renovação.

EM FOCO

Aniel Ventura
Aniel Ventura
Natural de Afonso Cláudio (ES), casado com Deuzeny Ribeiro, pai de Fellipe, Evangelista da Assembleia de Deus Ministério de Cobilândia, em Vale Encantado, Vila Velha (ES), Bacharel em Teologia pelo Instituto Daniel Berg.
Despertamento Espiritual, um Milagre
Escola Dominical – Lição 2, do 3º trimestre de 2020 – Despertamento Espiritual, um Milagre. | Foto: Reprodução

Escola Dominical – Comentário de apoio da Lição 2, do 3º trimestre de 2020 – Despertamento Espiritual, um Milagre.

Por Aniel Ventura

O cativeiro do povo Judeu trouxe tristeza e desespero, mas a libertação do cativeiro trouxe extrema alegria despertamento e renovação. Os muitos anos de servidão contribuiu para discipliná-los e os curar da idolatria, impregnando em seus corações uma atitude de adorar somente ao Deus Jeová. A Palavra de Deus quando observada atentamente sempre trará despertamento para a vida dos que o servem (Sl 126.1-3).

I – O DESPERTAMENTO ESPIRITUAL EMANA DO PRÓPRIO DEUS

1. O milagre do despertamento de Ciro

“…No primeiro ano de Ciro…” “…despertou o Senhor o espírito de Ciro…” (Ed 1:1).

Os medo-persas conquistaram a grande capital da Babilônia, sem destruí-la, levando-os a substituírem os babilônios como reino liderante do Oriente Próximo, no entanto isso não foi surpresa para Daniel, ele já havia falado claramente a Nabucodonosor que outros impérios viriam após ele (Dn 2.38-49).

Embora o texto bíblico não mencione, Daniel pode ter tido conhecimento sobre Ciro nos escritos de Isaías (Is 44.28; 45.1). Esse monarca é mencionado aqui como o pastor a quem Deus iria despertar, retornando os judeus à Jerusalém.

É admirável o poder onisciente do Todo-Poderoso em predizer o futuro, como o nascimento de Ciro, o conquistador da Babilônia, o qual ele chamou pelo nome, cerca de 160 anos antes do seu nascimento (Is 44.28).

No tempo de Daniel, Ciro já compunha a política internacional por diversas décadas, no entanto o édito para o retorno dos judeus ainda não havia sido publicado. Deus despertou o espírito de Ciro, a pôr em prática uma política beneficente, permitindo os exilados retornar às suas terras.

2. O Retorno dos exilados

O livro de Esdras registra duas das três ocasiões em que os israelitas exilados voltaram a Judá.

A primeira ocorreu em 538 a.C., sob a liderança de Zorobabel (Ag 1.1,14; Zc 4.9), onde 50.000 exilados voltaram (Ed 2. 64,65) iniciando a reedificação do templo vindo a concluí-lo somente em 516 a.C.

A segunda ocasião foi por volta de 457 a.C. liderados por Esdras (Ed 7-10). Esdras como bom líder, empenhou em promover a vida espiritual do povo e orientá-los à obediência à Lei de Deus (Ed 10.1-6).

A terceiro aconteceu em 444 a.C. na liderança de Neemias, que foi a Jerusalém para reedificar os muros da cidade (Ne 2.17).

Em todas essas ocasiões houve um despertamento aos judeus, crendo que o retorno à sua terra era um sinal de que ainda tinham um papel redentor a desempenhar.

II – AS FINALIDADES DO DESPERTAMENTO

1. A restauração nacional de Israel

Cerca de dois anos depois que o império babilônico foi derrotado pelo império persa, iniciou-se o retorno dos judeus à sua terra. No Livro de Esdras encontramos o relato do primeiro e do segundo grupo de repatriados envolvendo três reis persas (Ciro, Dario e Artaxerxes) e cinco líderes espirituais de destaque:

(1) Zorobabel, foi quem conduziu os primeiros exilados;
(2) Jesua, um sumo sacerdote muito piedoso, auxiliou a Zorobabel;
(3) O profeta Ageu animou o povo falando sobre a glória da última casa;
(4) Zacarias, um profeta de Deus, também encorajou o povo a concluir a reconstrução do templo;
(5) Esdras, conduziu o segundo grupo de exilados de volta a Jerusalém, a quem Deus usou para restaurar o povo, espiritual e moralmente.

Muitos judeus ricos permaneceram no exílio (Ed 1. 4-6); o objetivo desses era animar, apoiar os que agora voltavam à terra de Judá.

2. A restauração espiritual de Israel

Os judeus chegaram em Jerusalém, reconstruíram o templo, edificaram o altar e restauraram a adoração contínua ao Senhor. Ao lançar os alicerces do templo, entoaram louvores a Deus, presenciaram a resposta às suas orações, bem como a sua bondade, para com eles. Os que tinham visto a glória do templo de Salomão derramaram lágrimas, e outros expressavam brados de alegria aliviados pelo fim do terror que tinham vivido. Nossa adoração ao Senhor deve ser sempre espontânea, pois Deus fez todos diferentes, portanto é de se esperar que haja variedade de expressões quando o povo de Deus se rende ao Espírito Santo. Quando nos entregamos de corpo, alma e espírito a Deus, somos também restaurados por ele.

III – DEUS CUMPRE SUAS PROMESSAS

1. A fidelidade de Deus em suas promessas

Deus despertou o espírito de Ciro, para ser benevolente para com os vencidos e exilados, Deus estava cumprindo a sua promessa feita através de Jeremias (Jr 25.12,13). Em Provérbios está declarado que o coração do rei é como ribeiros de águas na mão do SENHOR; a tudo quanto quer o inclina, a fim de garantir a marcha contínua da redenção e desfecho da história (Pv 21.1). Segundo a história, a cidade da Babilônia tinha cem portas de bronze e os portões conectados ao seu fosso de defesa, não foram fechados no dia em que Ciro cap­turou a Babilônia (Is 44.27). Xenofonte, historiador grego, diz que os matadores de Belsazar foram Gobrias e Gadatas.

2. Deus renova suas promessas de bênçãos

O livro de Isaías, do capítulo 40 ao 55 dirige-se aos exilados babilônicos de forma profética. Essa profecia confortadora, escrita a mais de um século antes do retorno, promete aos exilados Judeus, que eles voltariam para Jerusalém (Is 40.1,2) e ali encontrariam o Messias na forma do Servo So­fredor (Is 42.1-4) — o mesmo que será o grande Rei futuro no reino messiânico (Is 7.14; 9.6,7; 11.1-5).

Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus”. (Is 40.1).

Consolai é dito a todo o povo do Sião (Is 1.9) referindo-se à misericórdia e o amor de Deus. Esse verbo, repetido de forma enfática, proclama o fim do sofrimento do povo e esta mensagem põe fim às queixas dos exilados (Lm 1.2). Esse consolo teve realmente seu cumprimento quando Cristo nasceu (Lc 2.25). O retorno do cativeiro babilônico havia sido ansiado por tanto tempo que parecia um sonho àqueles que voltavam. Alguns haviam esperado a vida inteira. A alegria do povo era incontida; não parava mais de louvar a Deus. O clima era de riso e alegria, de deleite na salvação de Deus que é rico em bençãos (Is 12; Sl 126).

3. Deus renova a fé dos abatidos

No salmo 13, Davi lamenta se sentindo distante de Deus e abandonado, pressentindo a morte ele roga a Deus que intervenha antes que morra. Para que o meu inimigo não se alegre, pois seria uma alegria contra Deus, em quem o salmista confiou (Sl 35.19; 13.5,6). O tom do salmo muda abruptamente, de desespero para esperança. No versículo, 5, Davi se lembra de seu compromisso de confiar completamente em Deus, Sua fidelidade e seu comprometimento de cuidar de Seu povo. Nesse momento suas forças se renovam e certo de que Deus o livraria, Davi decide falar ao povo como ele se sente e louva a Deus pela renovação e livramento. “…tirou-me de um lugar horrível …” (Sl 40.1-3).

IV – O DESPERTAMENTO TORNA OS HOMENS OBEDIENTES À PALAVRA

1. O culto que foi restabelecido em Jerusalém, foi exatamente aquele que a lei de Deus determinava (Ne 12.44-47).

 Os capítulos 8-10 de Neemias, relata um dos maiores avivamentos do A.T. O verdadeiro avivamento e a renovação, emanam exclusivamente de Deus e os meios para isso são: a Palavra de Deus, a oração, a confissão de pecados, um coração quebrantado e contrito, a renúncia às práticas pecaminosas da sociedade contemporânea e a renovação do compromisso de andar segundo a vontade de Deus e de fazer da sua Palavra o nosso viver diário (Ne 8.1-8; 9.2; 10.29).

2. O despertamento dado pelo Espírito Santo faz com que os crentes desejem intensamente ser fiéis à Palavra de Deus

Pelos teus mandamentos me fazes mais sábio…” (Sl 119.98). O cristão em sua dedicação à Palavra de Deus, aprende a ver na perspectiva que ele vê, a valorizar o que ele valoriza e amar o que ele ama. Enfim, passamos a viver em sintonia com os pensamentos de Deus (1 Co 2.16).

Vivendo a palavra de Deus, os princípios espirituais nos evitarão tristezas, ciladas e tragédias causadas por decisões e escolhas erradas. O Espírito Santo em sua sabedoria, nos despertará a sermos mais fiéis a Deus em todos os momentos da nossa vida (Sl 119.105,106,112).

Conclusão

O livro de Esdras e Neemias, foi escrito para mostrar a fidelidade e a providência de Deus na restauração do remanescente judaico que voltou do exílio Babilônico. Deus moveu os corações de três diferentes reis persas (Ciro, Dario e Xerxes), para ajudarem o povo de Deus a regressar à sua pátria a repovoar Jerusalém e reedificar o templo. Levantou líderes espirituais capazes para conduzir o remanescente a cultuar a Deus e ter um avivamento espiritual, com dedicação à sua palavra e arrependimento dos pecados e da infidelidade a Deus. Podemos concluir com uma pequena frase, porém poderosa: “Deus é fiel”. Aleluia.

Comentário de apoio da Lição 2, do 2º trimestre de 2020 – Carta aos Efésios – A SUBLIMIDADE DAS BÊNÇÃOS ESPIRITUAIS EM CRISTO.

Bibliografia
A história de Israel no Antigo Testamento – Samuel J. Schultz – S.R. Edições Vida Nova

Panorama Histórico de Israel – Antônio Renato Gusso – A.D. Santos Editora
O Novo Comentário Bíblico A.T. Earl D. Radmacher, Ronald B. Allen e H
História de Israel no Antigo Testamento – Eugene H. Merrill – CPAD
Daniel e Apocalipse – Antônio Gilberto – CPAD
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

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