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Vila Velha

Daniel Ora por um Despertamento

O contexto do livro de Daniel, dá-nos a informação de que segundo o profeta Jeremias, o tempo do cativeiro tinha chegado ao fim

EM FOCO

Aniel Ventura
Aniel Ventura
Natural de Afonso Cláudio (ES), casado com Deuzeny Ribeiro, pai de Fellipe, Evangelista da Assembleia de Deus Ministério de Cobilândia, em Vale Encantado, Vila Velha (ES), Bacharel em Teologia pelo Instituto Daniel Berg.
Daniel Ora por um Despertamento
Capa da Licao 1 do 3º Trimestre de 2020 – Daniel Ora por um Despertamento

Escola Dominical – Comentário de apoio da Lição 1, do 3º trimestre de 2020 – Daniel Ora por um Despertamento.

Por Aniel Ventura

Devido às constantes desobediências do povo de Israel e consequentemente o seu afastamento do Deus que os libertou da escravidão do Egito, foi revelado ao profeta Jeremias que seriam cativos na Babilônia por um período de setenta anos (Jr 25.11-13). O contexto do livro de Daniel, dá-nos a informação de que segundo o profeta Jeremias, o tempo do cativeiro tinha chegado ao fim, Daniel então começa a orar para obter uma informação da parte de Deus, sobre o retorno do seu povo à pátria amada (Dn 9.2-21).

I. DANIEL FOI DESPERTADO PARA ORAR

1. Daniel vivia uma vida consagrada a Deus

O jovem Daniel, ainda em sua tenra idade, viveu uma vida de fidelidade a Deus, mesmo estando em terra estranha, seu nome significa (Daniel heb. דָּנִיּאֵל – Deus é meu juiz). Este jovem viveu em meio ao paganismo, a idolatria e o ocultismo babilônico, no entanto foi semelhante a José no Egito, vivendo uma vida de piedade e pureza, foi detido e levado para Babilônia na primeira leva de exilados de Judá, em 606 a.C., é possível que tinha entre 14 e 16 anos de idade, vivendo ali até ao início do Império Persa, sob o governo de Ciro (Dn 6.28; 10.1). Prestando excelente serviço a Deus e ao próximo, por cerca de setenta e dois anos de muita dedicação e trabalho!

“…No ano primeiro de Dario, filho de Assuero …” O assunto principal do capítulo nove de Daniel, mostra o alcance da oração do profeta Daniel, em favor do regresso de seu povo. Daniel, com uma firme confiança no poder e na misericórdia de Jeová e com inteireza de fé, implorou que mudasse o cativeiro do seu povo “…como as correntes do sul…” (SI 126.4.)

2. A estatura espiritual de Daniel capacitava-o para enfrentar verdadeiros combates em oração

Daniel era um autêntico servo de Deus. No que tange à santidade pessoal, vivia uma vida ilibada em meio a sensualidade de uma corte oriental; quanto à sua sabedoria e conhecimento, ele superava os mais sábios homens da Babilônia; referente à sua posição, ocupava um dos postos mais elevados do reino. A narrativa do livro mostra o segredo de seu êxito: “…Mas Daniel propôs em seu coração de não se contaminar…” (Dn 1.8). A oração de Daniel mostra perseverança e reconhecimento do passado pecaminoso de Israel. Também é uma oração de esperança, pois Deus iria permitir a queda da Babilônia para que os judeus pudessem retornar à sua terra natal para restaurá-la, cumprindo assim a palavra de Deus (Jr 25.13).

3. Coincidindo com o período de oração de Daniel, profundas mudanças estavam para acontecer na Babilônia

O fim da Babilônia ocorreu em 539 a.C., (Dn 5.30). Daniel já estava com idade avançada, provavelmente com 80 anos. A política Babilônica vinha decrescendo nessa época, o povo revoltado, o rei Nabonido estava na Arábia em busca de expansão do reino, Belsazar era o seu vice regente.

Mesmo com a cidade cercada pelo exército Medo-Persa, Belsazar fez uma grande festa e afrontou a Deus usando os vasos sagrados do templo de Jerusalém em uma orgia, constituindo uma blasfêmia e um sacrilégio de sua parte (Dn 5.23).

Louvaram aos muitos deuses, entretanto, as ações de Belsazar demonstravam afronta deliberada ao Deus vivo, culminando no juízo mostrado nas palavras escritas na parede do palácio real: “MENE, TEQUEL, PARSIM” – contado, pesado e dividido – pondo fim ao empolgante império babilônico (Dn 5. 25-28).

E naquela mesma noite” (12 de outubro de 539 a.C.), a Babilônia foi derrotada pelo exército persa, sob o comando de Gubaru (Dn 5.30,31).

II. AS RESPOSTAS ÀS ORAÇÕES DE DANIEL

1. A Bíblia relata o que realmente aconteceu

“…No primeiro ano de Ciro…” (Ed 1.1). Faz referência ao primeiro ano do reinado de Ciro na Babilônia. Em 539 a.C., Ciro, o fundador do império persa, conquistou a Babilônia praticamente sem lutas. Ele foi rei da Pérsia de 559 – 530 a.C., isto para que se cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias (Jr 25.12). A frase, “…o Senhor, Deus dos céus…” indica que o Altíssimo não é apenas mais um Deus, e sim, que apenas ele é Deus (Ed 1.1,2).

O fato de ter usado esta designação para o Senhor, indica que Ciro era as­sistido por conselheiros judeus. …”Deus me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém”… (Ed 1.2). Mais de um século antes de Ciro emitir este decreto, Isaías havia profetizado que tal rei ordenaria a volta dos judeus à sua terra (Is 44.28; 45.1).

3. Conforme esta declaração de Ciro, estava cumprida a promessa divina dada através do profeta Jeremias

Pela primeira vez, em centenas de anos, um rei permitiu que um povo subjugado regressasse à sua terra de origem. O propósito das Escrituras, no entanto, é afirmar que Deus estava agindo por intermédio de um poderoso rei do mundo antigo. Ele falou com Ciro mediante a sua palavra e moveu-o em seu íntimo (Ed 1.1,2).

Através de Ciro, o Senhor cumprira sua vontade libertando seu povo do cativeiro (Jr 25.11-13).

III. O RESULTADO DE UM DESPERTAMENTO PROVENIENTE DE DEUS

1. O rei Ciro foi despertado em seu espírito

…”Despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia…” (Ed 1.1). A história de Esdras e Neemias começa com Ciro, o primeiro rei persa. O império Persa foi o segundo dos reinos gentios mencionados nas profecias de Daniel (Dn 2.39; 7.5), o objetivo era disciplinar o povo de Israel.

A política Persa, era inteiramente radical acerca dos povos cativos, procurou repatriá-los e tratá-los com respeito em vez de continuar a servidão, alinhando-se com o programa di­vino da restauração do seu povo. Os judeus foram tratados com boa vontade em todos os últimos dias do Antigo Testamento, evidentemente, auxiliados por grandes líderes como Daniel, Ester e Mordecai.

2. O rei Ciro recebeu bênçãos espirituais

Foi Ciro, rei da Pérsia, quem Deus suscitou do Oriente (Is 46.11), chamando-o de meu “Ungido” A palavra ungido significa “Messias” – (heb. מָשִׁיחַ)  e indica a nomeação para o cargo de rei (Is 61.1). Esse títu­lo glorioso foi dado ao rei Persa e igualmen­te em Israel, aos patriarcas (SI 105.15), a Davi (SI 2.2) e a Cristo o Messias vindouro (Dn 9.25).

O fato de Ciro ter atendido a determinação divina repatriando os judeus, mostra que ele agiu com temor a Deus, isso com certeza lhe conferiu grandes bênçãos espirituais, pois, “Bem-aventurado é aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos” (Sl 128.1).

O mesmo não ocorreu com Faraó, quando desprezou o apelo de Jeová, para que seu povo fosse libertado do cativeiro egípcio, por isso foi alvejado com pragas e a morte no mar vermelho (Ex 14. 27,28; Dt 11.26-28).

CONCLUSÃO

O império babilônico alcançou o seu apogeu de riqueza e fama, eventualmente tirando muitos judeus de sua terra. Não sabemos exatamente o impacto que Daniel causou na comunidade dos exilados, mas temos evidências de que foi influente e trabalhou em favor do bem, tanto dos judeus como aos babilônicos.

Daniel tornou-se alguém de extrema confiança de Nabucodonosor durante o seu reinado (605—562 a.C.), servindo também na corte de Ciro, o governante persa. Uma das primeiras atividades de Ciro após subjugar Babilônia foi permitir aos judeus retornar à sua terra e retomar seu estilo de vida.

É muito provável que Daniel tenha influen­ciado a decisão do monarca e o seu livro serve como testemunho do modo como Deus opera seus propó­sitos através de seus servos, ainda que estes estejam servindo na corte de governantes pagãos (Dn 2.21; 4.18).

Daniel é um exemplo a ser seguido nos dias atuais, servindo a Deus fielmente independente das circunstâncias, e trabalhando em prol do reino de Deus.

Comentário de apoio da Lição 1, do 2º trimestre de 2020 – Carta aos Efésios – SAUDAÇÃO AOS DESTINATÁRIOS.

Bibliografia
– Daniel e Apocalipse – Antônio Gilberto – CPAD

– Daniel Versículo por Versículo – Severino Pedro da Silva – CPAD
– Através da Bíblia Livro por Livro – Myer Pearlman – Editora Vida
– O Novo Comentário Bíblico A.T. Earl D. Radmacher, Ronald B. Allen e H
– Panorama Histórico de Israel – Antônio Renato Gusso – A.D. Santos Editora
– A história de Israel no Antigo Testamento – Samuel J. Schultz – S.R. Edições Vida Nova
– Conheça Melhor o Antigo Testamento – Stanley Ellisen – Editora Vida

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