O patriarca copta-ortodoxo, Tawadros II, chorou pela morte de Nabil Habashy Salama, considerado “um filho e servo fiel que testemunhou sua fé com sacrifício de sangue.
O comerciante e cristão copta Nabil Habashy Salama, de 62 anos, foi executado pelo Estado Islâmico (SI, ex-Isis), com um tiro na cabeça no último domingo (18). A morte foi documentada em vídeo e divulgada nas redes sociais.
Nabil Habashy Salama, foi sequestrado na frente de sua casa, no dia 8 de novembro de 2019 pelo autodenominado Estado Islâmico. As buscas se deram por 5 meses, porém sem sucesso algum.
Nabil Habashy Salama pertencia a uma das famílias mais antigas da comunidade copta da região, ativa no comércio de ouro, roupas e nas revendas de telefones celulares. Dono de uma joalheria, Salama era muito estimado por sua filantropia e teria financiado a construção da única igreja cristã na cidade de Bir Al-Abd. Esse seu gesto pode ter contribuído para acabar na mira dos terroristas.
Segundo com o site Egypt Today, Nabil Habashy Salama disse que esteve no cativeiro do SI por mais de três meses; que estabeleceu uma igreja no Sinai do Norte, e que a Igreja Ortodoxa no Egito colabora com o exército e a inteligência para lutar contra o Estado Islâmico.
Os ortodoxos do país consideram Nabil Habashy Salama um “novo mártir”.
A Igreja Copta Está Em Luto
A morte de Nabil Habashy Salama, causou dor e comoção na comunidade copta egípcia, cujo líder o patriarca Tawadros II, emitiu uma nota de consternação dizendo: “A Igreja chora por um filho e servo fiel que agora se encontra na glória celestial de Cristo por ter testemunhado a sua fé até o sacrifício de sangue”.
A igreja, prossegue a nota confirmando o apoio da comunidade copta ortodoxa aos esforços do Estado egípcio para conter esses atos odiosos de terrorismo e para preservar nossa querida unidade nacional por um futuro de paz e prosperidade.
De acordo com a Portas Abertas, o Egito ocupa o 16º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2021, onde os cristãos são pressionados para abandonar a fé e enfrentam perseguição vinda de familiares, amigos, comunidades e autoridades do país. Os grupos extremistas também são responsáveis pela perseguição, com sequestros e violência.