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Vila Velha

Comprometidos com a Palavra de Deus

A Palavra de Deus é como um farol irradiando a luz da verdade, em meio à escuridão de todo tipo de engano e mentira.

EM FOCO

Aniel Ventura
Aniel Ventura
Natural de Afonso Cláudio (ES), casado com Deuzeny Ribeiro, pai de Fellipe, Evangelista da Assembleia de Deus Ministério de Cobilândia, em Vale Encantado, Vila Velha (ES), Bacharel em Teologia pelo Instituto Daniel Berg.
Comprometidos com a Palavra de Deus
Capa da Lição 8 da Escola Dominical – 1º Trim 2021 | CPAD

Escola Dominical – Comentário de apoio da Lição 8, do 1º trimestre de 2021 – Comprometidos com a Palavra de Deus – O Verdadeiro Pentecostalismo.

Aniel Ventura

Durante o ministério terreno do Senhor Jesus, as Escrituras do Antigo Testamento eram conhecidas, genericamente, como “Lei, Profetas e Escritos” (Lc 24.44). Vieram, então, as Escrituras dos apóstolos, igualmente inspiradas pelo Espírito Santo. Como denominar, pois, ambos os Testamentos? Alguns pais da igreja os chamavam de Divina Literatura. Porém, faltava, a palavra correta que viesse a dar uma visão exata do significado das Escrituras do Antigo e do Novo Testamento. Era necessário, pois, denominar o conjunto dos pequenos livros que compunham a Palavra de Deus. Foi desse modo que a palavra Bíblia, (biblioteca) veio a popularizar-se.

I – A AUTORIDADE DA BÍBLIA

Segundo o pastor Hernandes Dias Lopes, a Reforma Protestante foi o mais importante movimento da igreja após o Pentecostes. Porém não se trata de uma inovação, e sim, um retorno ao Cristianismo primitivo, à doutrina apostólica. Em 31 de outubro de 1517, o monge agostiniano Martinho Lutero, colou nas portas da igreja de Wittenberg as noventa e cinco teses contra as indulgências, deflagrando esse movimento que marcou um novo tempo na história da humanidade.

Os cinco pilares de sustentação da Reforma Protestante:

I) Sola Scriptura. Os Reformadores devolveram à Escritura o seu lugar de plena supremacia. Não é a Igreja que está acima da Escritura; mas a Escritura está acima da Igreja. A tradição não está em pé de igualdade com a Palavra de Deus. A Bíblia é a única regra de fé e conduta.

II) Sola Fide. A salvação não é alcançada pelas obras nem por uma parceria entre a fé e as obras. A salvação é recebida pela fé e pela fé somente. Pelas obras ninguém será justificado diante de Deus (Ef 2.8,9).

III) Sola Gratia. A salvação é uma dádiva de Deus. É um dom imerecido. Merecíamos o juízo, porém Deus nos oferece perdão. Mereceríamos condenação e Deus nos dá salvação (Tt 2.11).

IV) Solus Christus. A singularidade de Cristo é eloquente em toda a Bíblia. Ele não é uma verdade entre outras; ele é a verdade. Ele não é um caminho entre muitos; ele é o Caminho a Verdade e a Vida (Jo 14.6).

V) Soli Deo Gloria. A glória dada aos homens é glória vazia, é vanglória, é idolatria, é abominação para Deus. Só o Senhor é Deus. Ele é e subsiste em três pessoas da mesma essência e substância e poder: o Pai, o Filho e o Espírito Santo e é merecedor de toda honra e glória.

Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas…” (Ef 2.20). Paulo usou uma metáfora comum para descrever Jesus Cristo, como a principal pedra da esquina (Sl 118.22, Is 8.14; 28.16; Rm 9.32,33). Paulo descreveu os apóstolos e os profetas como o “fundamento”, pois, a Igreja primitiva foi estabelecida a partir dos ensinamentos e da pregação dos apóstolos e profetas, contudo Cristo é a Pedra sobre a qual a Igreja está edificada (1 Co 3.11). A pedra da esquina era a primeira pedra, a base, o alicerce, colocada no ângulo de uma construção dando firmeza e solidez. Os construtores alinhavam o restante da estrutura sobre a pedra angular, principal (1 Pe 2.1-9).

Em vez de deístas, somos teístas, um termo definido por Charles Hodge como “a doutrina de um Deus extraterreno, pessoal, criador, preservador e governador do mundo” (Systematic Theology, l, 205). O Teísmo engloba o estudo dos argumentos racionais e as razões para crenças na realidade de Deus, assim como as provas para sua existência como um Deus Trino e Uno. “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto seu eterno poder como sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis” (Rm 1.19,20).

II – ZELO PELA DOUTRINA

A Igreja só irá crescer através do ensino genuíno da Palavra de Deus e da instrução na boa doutrina. Entretanto a sã doutrina é a base de um ministério saudável e de seu correto exercício. Paulo recomendou a Timóteo a exercitar, referindo-se ao treinamento físico dos atletas gregos, pois a verdadeira espiritualidade exige que os crentes se exercitem na piedade em sua caminhada com o Senhor (1 Tm 4.6).

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor…” (1 Co 13.13). A fé, a esperança e o amor são virtudes cristãs permanentes, porém o amor, claramente, vem antes. A fé é o firme fundamento (Hb 11.6), e o amor é a pedra principal. A doutrina é o fundamento (1 Co 3.10; Jd 3), e a experiência, a expressão prática que nos dá esperança e não traz confusão (Rm 5.4; Jo 13.35).

Todo cristão precisa aprender a defender aquilo que crê. O credo, a confissão de fé, regra de fé ou declaração de fé, são interpretações autorizadas das Escrituras, aceitas e reconhecidas por uma igreja ou denominação. A Bíblia é a Palavra de Deus a única autoridade inerrante para a nossa vida. Não é um credo, mas, sim, sua fonte primária. A Bíblia revela a verdade em forma popular de vida e fato; o credo declara a verdade em forma lógica de doutrina. A Bíblia é para ser crida e obedecida; o Credo é para ser professado e ensinado. A Bíblia precisa ser corretamente interpretada e compreendida para uma adoração consciente a Deus (Rm 12.1).

III – CUIDADO QUANTO AOS MODISMOS

Muitas denominações fundamentam-se na Teologia da Prosperidade, na Confissão Positiva ou na Palavra da Fé. Suas crenças e práticas são aberrações e perigosas heresias. A Teologia da Prosperidade oriunda da América do Norte, é um movimento que se alastra principalmente nas igrejas pentecostais. A Confissão Positiva é uma adaptação, com roupagem cristã, das ideias do hipnotizador e curandeiro Finéias Parkhurst Quimby (1802-1866). Os quimbistas criam no poder da mente, e negavam a existência da matéria, do sofrimento, do pecado e da enfermidade. Deles surgiram vários movimentos ocultistas como o Novo Pensamento, as seitas Ciência da Mente e Ciência Cristã, de Mary Baker Eddy. O pior é que procuram se passar por cristãos evangélicos.

Encontramos na Bíblia muitos homens que fizeram proezas e destacaram como homens aprovados por Deus tais como: Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi, Samuel entre outros. As conquistas destes líderes foram para o povo de Deus, não para deleite pessoal da liderança (Tg 4.3). É inadmissível alguém usar as passagens bíblicas como (Hb 11.32-37), para prometer ao povo carros importados, mansões e outras benesses materiais, contrariando a recomendação de Paulo, assim jamais se apresentarão aprovados diante de Deus (2 Tm 2.15).

No tempo de Timóteo a igreja era atacada pelos falsos mestres, assim como a igreja é atacada hoje. Então, o que fazer? Lembrar aos crentes a se fixarem nas coisas essenciais, e não debaterem palavras e filosofias vãs (Cl 2.8). Certificar-se de transmitir bem a Palavra, ser diligente para manejá-la com cuidado. “Manejar bem” implica “examinar” com cuidado, para que as pessoas entendam o projeto de Deus para todas as eras. Paulo adverte que as falsas doutrinas “corroem como câncer,” porém, a cura é a “sã doutrina” da Palavra Deus (2 Tm 2.17).

CONCLUSÃO

A palavra da verdade é que define a natureza das Escrituras. A Palavra de Deus é como um farol irradiando a luz da verdade, em meio à escuridão de todo tipo de engano e mentira. Por isso, o mestre ou instrutor da Palavra de Deus deve fazer o possível para saber utilizar a verdade de Deus com toda a exatidão. Não o fazer com prudência e discerni­mento é arriscar ser levado a juízo (Tg 3.1). A palavra de Deus é o padrão de medida que Cristo usará no juízo (2 Co 5.10). A mensagem de Deus é viva e eficaz, penetrando as partes mais íntimas do coração, diferenciando o que é natural do que é espiritual, assim como os pensamentos e as intenções de cada indivíduo. Enfim, a palavra de Deus expõe as motivações naturais e as espirituais do coração do homem (Hb 4.7; 3.8,10,12,15; 8.10; 10.16,22; 13.9).

Leia também:
+ Santificação: Comprometidos com a Ética do Espírito Santo
+ O deplorável e frustrante mercado da fé

Bibliografia
– O Novo Comentário Bíblico N.T. Earl D. Radmacher, Ronald B. Allen e H

– Comentário Bíblico Wiersbe – Novo Testamento – Vol II – Geográfica
– Dicionário Bíblico Wycliffe Charles F. Pfeiffer – CPAD
– Declaração de fé das Assembleias de Deus – CPAD
– Heresias e Modismos – Esequias Soares – CPAD
– Teologia Sistemática Pentecostal – CPAD
– Hernandes Dias Lopes (site)

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