O jornalista, psicanalista e filósofo Fabiano de Abreu dá conselhos para saber como agir de forma racional sem sucumbir ao medo e ao pânico.
Para Fabiano de Abreu, jornalista, psicanalista e filósofo, “a primeira sensação que muitos têm ao depararem-se com o desconhecido e com a possibilidade de contágio é o pânico, seguido do medo de sair de casa por não se sentirem seguros”.
De forma a evitar o pavor coletivo, Abreu reforça que o primeiro ponto é entender o motivo, a razão e as circunstância de tudo na vida.
“Temos a obrigação racional de saber essas três coisas para que possamos iniciar o processo de autoconhecimento, que é o necessário para encontrarmos o equilíbrio e viver bem a nossa rotina. O coronavírus é menos letal que muitos outros como o H1N1 e o SARS, doenças equiparadas, tendo mortalidade abaixo dos 3,6%. Saber quais os seus sintomas, formas de contágio e procedimentos é uma ajuda para que o nosso instinto de sobrevivência, que está no nosso inconsciente, não vença o nosso consciente ou não se transforme em uma síndrome”.
O nosso instinto de sobrevivência ativa a nossa ansiedade de tal forma, que traz consequências positivas e negativas. Por exemplo: “a nossa ansiedade pode ter duas vertentes, uma boa e a outra má. A boa é que nos prepara para tomarmos medidas para lidar com os problemas. A má é que pode causar pânico quando não sabemos como agir, ou quando não temos o que fazer e ficamos apenas na expectativa”, explica o psicanalista.
Sobre este assunto que está na ordem do dia em todo mundo, siga os conselhos de Fabiano de Abreu e não deixe que o pânico causado pelo surto da doença atrapalhe o seu dia a dia.
8 dicas para evitar o pânico causado pela chegada do coronavírus
1ª: Não veja todas as notícias sobre o caso, mas apenas as essenciais para se manter informado. Procure só pelas respostas estritamente necessárias.
2ª: Esteja ciente dos sintomas, que são febre, vômito, falta de ar e diarreia. É importante identificar que não são os mesmos da gripe e que, caso os sinta, ligue para a saúde 24 (serviço telefônico e digital do Serviço Nacional de Saúde) para não correr o risco de contagiar outras pessoas.
3ª: Não frequente zonas turísticas e lugares públicos que tenham muitas pessoas. Evite multidões.
4ª: Compre comida suficiente para que não tenha de ver o pânico dos outros no supermercado. Prateleiras vazias podem impulsionar medo e pânico. Entenda que há pessoas que não conseguem controlar o pânico e isso pode não estar relacionado com a epidemia.
5ª: Use a ansiedade a seu favor. Ocupe o seu tempo e preocupe-se menos. E não se esqueça que as chances de viver são bem maiores do que as de morrer, e que o estresse baixa a imunidade.
6ª: Aumente o consumo de vitamina C e chás que aumentem a imunidade como limão, gengibre e chá verde. Alimente-se bem.
7ª: O medo provoca uma sensação de prazer quando é com o outro e não consigo mesmo. Não se sinta mal por isso, pois é uma defesa do nosso organismo que está em alerta através do instinto de sobrevivência.
8ª: Tenha fé nas suas convicções e pense que a pandemia é mais uma crise que vamos ultrapassar.
Com informações da MF Press Global
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