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Centenário da Assembleia de Deus

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Por Jocenan Firmino

O Movimento Pentecostal tem marcado a história no Brasil de forma vibrante. O que ocorreu na Rua Azuza foram manifestações reais e semelhantes a Atos cap. 2, onde um grupo seleto de cristãos desejava viver uma experiência igual ao dias apostólicos, nesta época os EUA enfrentavam o problema do preconceito racial, pois os negros viviam do lado oposto aos brancos, e somente uma atuação divina podia uni-los, então surgiu a pergunta: “o que o Sr. Seymour fez para que tal acontecimento chegasse a uni-los?” Pelo menos na igreja que ele presidia isto intrigava a muitos.

Os jornais estampavam em suas manchetes que surgia um novo povo chamado de pentecostais, que eram tidos pelos religiosos históricos como desordeiros loucos feiticeiros e “como o vômito de Satã” não foram poucas as perseguições intimidações que os acusavam, para que este movimento continuasse de pé muitas pessoas sofreram, a ponto de dar a sua vida crendo que se cumpriria Joel 2.28-29.

Não obstante à segregação racial tinha ainda as mulheres que não tinham sua vez na sociedade, mas na igreja da Rua Azuza, 312 estas mulheres tinham seu valor, a ascensão dela estava no auge foram 3 anos que duraram o avivamento Americanos tempo o suficiente para que o EUA fosse varrido pela gloria de Deus.

Foi nesta época que dois Suecos membros da igreja batista estiveram provando o pentecostalismo e de lá saíram pelo mundo atracando em solo Brasileiro, seu nomes eram: Daniel Berg e Gunnar Vingren, Missionários valente que não mediam esforços para fazer a obra de Deus, Certos dia um cristão americano por nome Olof Uldin, teve um sonho, no qual pode ver nitidamente o nome Pará. Conhecido de Vingren e Berg revelou-lhes o que havia sonhado. Ambos entenderam como uma resposta divina para as suas orações e buscaram saber onde ficava este lugar chamado Pará. Concluíram através de um mapa encontrado em uma biblioteca que Pará ficava no Brasil. Chegaram a duvidar da chamada Divina por conta da distância que encontraram no mapa. Mas e m oração e constante busca por uma resposta divina tiveram confirmação do destino e abordo do navio “Clement” desembarcam no dia 19 de novembro de 1910 no Porto de Belém do Pará os pioneiros da Assembléia de Deus esta nação nunca mais seria mesma.

Tudo era estranho para eles procuram reunir na sua igreja de origem, mas algo não estava batendo com os princípios da denominação, eles acreditavam na Glossolalia e pregavam isto, coisa que sua igreja não aceitava. Então saíram e com eles alguns nobres irmãos entre eles Henrique Albuquerque e sua esposa Celina Albuquerque a primeira mulher a ser batizada com o Espírito Santo, fundaram a “Missão apostólica da Fé” os desafios estavam traçados, como nos EUA, aqui também não foi fácil eram insultados maltratados vistos com olhares diferenciados, mas peito deles ardia uma chama pentecostal, a pregação continuava e Deus ia acrescentando os números dos que havia de se salvar. Algo semelhante à Igreja Apostólica. Muitos achavam ser uma aventura, mas veio o crescimento, até adotarem em 18 de Junho de 1918 o nome “Assembléia de Deus” chegando a atingir 6800% de crescimento coisa que as igrejas históricas não conseguiram, diziam que isto ocorreu porque os obreiros pregavam curandeirismo, falsas promessas e misticismo e alguns iam até mais longe afirmando que só cresceu por causa do alto número de leprosos. Era grande a fala da oposição a esta obra.

Não podemos negar que grandes feitos contribuíram para tal crescimento: a Lei Áurea com a libertação dos negros. A Assembléia de Deus se instalava na periferia. Onde os bolsões de pobreza se encontravam a mensagem era bem simples: “Jesus Salva, Liberta, Batiza no Espírito Santo, e Leva para o Céu”. Com isto a igreja recuperava a baixa estima destas pessoas: na sociedade ele era o Zé, mas na igreja ele era o irmão, o presbítero, o evangelista ou o pastor José. Sim, eram pessoas simples que faziam esta obra crescer, pescadores, lavradores, donas de casa, etc., que contribuíram para que hoje neste centenário tenhamos muito que comemorar.

Recebemos suecos, finlandeses, poloneses, portugueses e americanos, que muito nos ajudaram a expandir esta obra. Era como um efeito formiguinha a evangelização. Francisco Dubu um paraibano que morava no Pará, foi quem implantou a igreja na sua terra natal. Estamos mais firme do que nunca, graças ao ensino evangelístico de nossos pais, por que assim era a igreja no Pará, e assim foi em todo Brasil. Com seu crescimento e não podemos perder este foco.

Outro fator importante que ocorreu foi a construção de Brasília-DF, onde um número grande de homens que migravam para lá em busca de serviço. Alguns já evangelizados em suas capitais vinham trabalhar e anunciar Jesus ao seu companheiro de trabalho. Foram anos de trabalho, vidas conquistadas! Este é o ardor dos pentecostais, é algo que precisamos mais e mais. Frida Vingren cantava o hino 515 da HC: “se Cristo comigo vai eu irei e não temerei com gozo irei, comigo vai…” – onde ele nos enviar iremos.

No cenário surgiram pessoas como Samuel Nystron, Otto Nelson, N. Lawrence Olson com o marcante programa “A voz das Assembléias de Deus” e com seus livros publicados pela CPAD, Bernard Johnson, inclusive este último responsável pelo seminário Teológico “EETAD” (Escola de Educação Teológica das Assembléias de Deus) órgão responsável pela formação de obreiros. Quem não se lembra das cruzadas evangelísticas de Bernard Johnson? Bênção para esta nação!

Chega para nós a CPAD (Casa Publicadora das Assembléias de Deus) a editora da denominação, com livros de excelente cunho teológico, também para EBD no ensino e formação de crianças da sociedade, chegamos a ter o nosso hinário a “Harpa Cristã” da qual se destaca o “Pr. Paulo Leivas Macalão” com um excelente compositor e interprete dos cânticos espirituais. No inicio de sua fé ele foi expulso de casa pelo próprio pai, que não admitia sua nova fé de estar ao lado de Cristo, suas melodias até hoje marcam nossas vidas quando se dá a abertura de nossos cultos são cantados acompanhados com orquestras e um coro da membresia, quem de nós nunca foi tocado ao ouvir hinos de adoração ao Senhor nosso Deus, da “harpa cristã”? Frida Vingren em uma de suas composições declara que “Os mais belos hinos e poesias foram escritos em tribulação” e diga-se de passagem que destas coisas ela tinha experiência do campo missionário.

A evolução da Membresia

Se no inicio nossa igreja era marcada por pessoas simples, hoje a Assembléia de Deus deixa o status de igreja muito pobre e alça vôos neste centenário. A situação sócio-econômica e cultural já não e a mesma. A igreja abriu os olhos de seus membros para os estudos e os membros desfrutam de situações melhores hoje temos uma gama de formados que antes não era assim. As igrejas históricas saíram na frente, mas mudamos esta situação, e temos no rol de membros e obreiros: juízes, desembargadores, médicos, jornalistas, engenheiros, psicólogos, doutores, pedagogos, etc. Lugares e posições que jamais imaginávamos que chegaríamos, ocupamos. Temos representantes no Senado da República e na Câmara dos Deputados em Brasília (DF), nas Assembléias Legislativas Estaduais, e nas Câmaras de Vereadores em todos os municípios dos estados da federação. Resumindo, temos uma bancada evangélica composta por pentecostais, povo este descriminado a décadas atrás, menciono isto porque quando alguém se identificava como “assembleiano” parece que tudo estava errado com aquela pessoa. Mas a historia agora é outra. Entramos nos países de 1º e 3º mundo, estamos na Europa, na Ásia, na África, nas Américas, na Oceania… Faço uso de uma frase que diz “Onde tem Bradesco, Coca-Cola e Correios tem Assembléia de Deus”.Foi perguntado aos lideres do Belém do Pará: “O que esta denominação tem que atrai mais gente ao Estádio do mangueirão do que um Clássico futebolístico entre Remo x Paysandu?”, – isto e uma resposta àsorações de pentecostais espalhados pelo mundo.

Neste centenário temos muito o que comemorar, afinal de contas, o Brasil nunca mais foi o mesmo após a experiência pentecostal. É como diz a letra do hino cantado pela querida irmã Guiomar Victor “A Porta que abriu nunca mais fechou, e Deus multiplicou o seu rebanho”.

Neste centenário desejo a todos os Membros e lideres da querida Assembléia de Deus muita alegria e festa, parabéns povo assembleiano!

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