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Atributos da Unidade da Fé: Humildade, Mansidão, Longanimidade

Atributos da Unidade da Fé - A conduta geral e o progresso na vida espiritual do cristão, são salientados no capítulo 4 da Epístola aos Efésios.

EM FOCO

Aniel Ventura
Aniel Ventura
Natural de Afonso Cláudio (ES), casado com Deuzeny Ribeiro, pai de Fellipe, Evangelista da Assembleia de Deus Ministério de Cobilândia, em Vale Encantado, Vila Velha (ES), Bacharel em Teologia pelo Instituto Daniel Berg.
Atributos da Unidade da Fé: Humildade, Mansidão, Longanimidade
Capa da Lição | Foto: Reprodução

Escola Dominical – Comentário de apoio da Lição 11, do 2º trimestre de 2020 – Atributos da Unidade da Fé: Humildade, Mansidão, Longanimidade.

Por Aniel Ventura

Atributos da Unidade da Fé – A conduta geral e o progresso na vida espiritual do cristão, são salientados no capítulo 4 da Epístola aos Efésios. O andar do crente pode ser mau ou bom, conforme sua orientação totalmente humana ou inspirada pelo Espírito do Senhor. Nesse caso Paulo recomenda aos crentes que andem “dignamente”, à altura da elevada chamada para a salvação que há em Cristo Jesus, por motivo de gratidão e temor a Deus.

A conduta diária dos cristãos deve corresponder à sua profissão de fé, isso os torna dignos e beneficiários de tão elevadas bênçãos. Dessa forma toda vida cristã deve ser uma constante ação de graças.

I – PARA HAVER UNIDADE É PRECISO HUMILDADE

1. O modo digno do viver cristão

Paulo, realça a conduta cristã como evidência das doutrinas e crenças expressas na primeira metade da carta. A vida cristã não é comparada a necessidade de correr ou simplesmente ficar parado, mas ao ato de andar.  Essa expressão andeis como é digno define que a vida do cristão deve condizer com a excelência do chamado recebido de Cristo.

2. A humildade

“Andeis… com toda a humildade e mansidão” (Ef 4.2a). Entre os cristãos existem diferenças, a alguns assuntos importantes. Porém se nos concentrarmos nas diferenças, convencidos de que estamos certos e que os demais estão errados, nos tornarmos orgulhosos e críticos. Somente um espírito humilde pode nos libertar para amarmos sem sentir a necessidade de debater essas possíveis diferenças. Somente com um espírito humilde haverá paz e o nome de Deus é glorificado.

3. A verdadeira humildade

A revelação de Cristo por meio dos discípulos é o caminho para a verdadeira uni­dade. Essa unidade inicia com a fé e a compreensão correta de Jesus e de Deus Pai, ou seja, dos seus ensinamentos. Não obstante, a fé correta precisa dar frutos – uma vida que expressa o amor de Deus e gera unidade entre todos os cristãos.

II – PARA HAVER UNIDADE É PRECISO MANSIDÃO

1. Mansidão: um fruto do Espírito

A palavra mansidão no grego é “praótes” (gr. πραóτης) gentileza, humildade, cortesia, consideração, amabilidade (1 Co 4.21; Gl 5.22).

O fruto está no singular, indica que as características encontradas aqui são vistas como uma unidade harmoniosa. Trata-se de um prisma multifacetado que exibe sua beleza de formas diversas, e integradas. Portanto, ha­verá temperança na mesma medida em que houver caridade. Uma vez que a caridade foi mencionada em Gálatas 5.6,13,14 de um modo que resume a qualidade da vida cristã.

2. Grandes exemplos de mansidão: Moisés e Jesus Cristo

As murmurações descritas no capítulo 11 de Números devem ter causado enorme sofrimento a Moisés. Este capítulo pode representar o completo sentimento de ruína que se apoderaram de Moisés no momento em que ele sentiu a deslealdade de seus irmãos. Mesmo assim no capítulo 12, ele é considerado o homem mais manso de toda terra.

O profeta Isaías apresenta Jesus, como cordeiro de Deus.

“Ele foi oprimido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Is 53:7). Durante todo o seu julgamento e sua crucificação, Jesus foi o único que não agiu por medo, inveja ou pelos próprios interesses. Estava ali humilde e manso para cumprir o propósito de morrer em prol do pecador (Mt 11.28, 29).

3. A verdadeira mansidão

O cristão orando sem cessar (1 Ts 5.17) certamente se alegra na esperança e exerce a paci­ência (gr. υπομονή – ypomoné), ou seja, tem condições de suportar provas quando passar por tribulação. Nós, cristãos, nos relacionamos com não-cristãos, precisamos responder em amor aos que nos perseguem, e procurar viver em paz com os incrédulos. Abençoai, isto é, falar bem a respeito de alguém.

4. Mansidão pressupõe conciliação

A palavra perdoar deriva da palavra grega para “graça”(gr. χαριζ). Paulo, defende o perdão como ponto central do Evangelho. Somente por meio da graça de Deus – isto é, o seu favor imerecido é que alguém pode se salvar (Ef 2.5,8). Assim, o perdão dos coríntios ao ofensor entre eles estava fundamentalmente baseado no perdão concedido por Cristo a eles (Ef 4.32; Cl 3.13).

III – PARA HAVER UNIDADE É PRECISO LONGANIMIDADE PARA O EXERCÍCIO DO PERDÃO

1. Longanimidade: um fruto do Espírito

Ser longânimo é sofrer com paciência e tolerar as pessoas que nos irritam. Abdicar do direito de retaliar e escolher, em vez disso, a paciência. A operação do Espírito Santo em nós aumenta a nossa resistência visando acima de tudo a glória de Deus.

2. Suportando uns aos outros

Paulo convidou os crentes a suportarem-se uns aos outros. “Perdoando-vos” sugere o perdão contínuo e mútuo em meio aos problemas, irritações e queixas.  No tempo de Paulo, a chave para perdoar os outros era: (1) ter em mente o quanto Cristo os perdoou; e (2) perceberem a presunção de se recusar a perdoar alguém a quem Deus já perdoou. Lembrar do grande amor e do infinito perdão de Deus deveria levar os crentes colossenses a se amarem e a perdoarem uns aos outros com mais facilidades.

3. O perdão como premissa do amor

Todas as virtudes que Paulo levou aos crentes em Colossos a desenvolverem estavam estreitamente ligadas pelo amor. Ao se vestirem com estas virtudes, a última veste a ser colocada era o amor, que, como um cinto, é o vínculo que une a todas as demais. O amor une as outras graças em uma ação perfeita e unificada (1 Co 13.1-8).

CONCLUSÃO

A vida cristã tem de ser radical­mente distinta da vida do mundo. Paulo esperava mudança dos efésios e para isso fez três recomendações: “despojeis” (Ef 4. 22-23); “revistais” (v. 24) e “deixando a mentira” (vv. 25ss). Romanos 6 afirma que, à medida que reconhe­cemos como verdade que o velho homem foi crucificado e sepultado, nos “despojamos” da velha natureza. Cabe a nós crermos na palavra de Deus e “vestirmos a nova roupa”. A instrução que Jesus deu em relação a Lázaro pode ser aplicado a cada cristão: “Desatai-o – tirar as vestes funerárias – e deixe-o ir”! Não é tão simples morrer para o mundo, mas é necessário haver ressurreição e manifestação da nova vida. Livramo-nos da “veste fune­rária” da velha vida e vestimo-nos das “vestes de graça” da nova vida. Somos a nova criação de Deus e, por isso, precisamos viver em novidade de vida (Rm 6:4).

Bibliografia
– Champlin – Novo Testamento Interpretado – Vol 4 – Hagnos

– O Novo Comentário Bíblico N.T. Earl D. Radmacher, Ronald B. Allen e H
– O Novo Comentário Bíblico A.T. Earl D. Radmacher, Ronald B. Allen e H
– Comentário devocional da Bíblia – Lawrence O. Richards – CPAD
– Léxico do Novo Testamento – Grego/Português – F. Wilbur Gingrich
– Novo Testamento Interlinear Analitico Grego-Português – Cultura Cristã
– Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal Vol 2 – CPAD

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